28.

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Amber Freeman
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Eu despertei, mais uma vez, com a garota pela qual eu sou apaixonada com a mão enfiada por baixo da minha blusa, descansando em um dos meus seios. Sendo sincera, aquilo se tornou uma posição confortável para nós duas.

Me espreguicei, desferindo um beijo rápido na testa de Tara e me levantando. Mesmo que fosse oito horas da manhã, a casa não parecia tão silenciosa.

— Flor, devolva o meu pão! — Ouvi a voz de Samantha ecoando pelos cômodos. — Devolva, agora!

Soltei uma risada baixinha, definitivamente aquele grito fez Tara se remexer nos lençóis. Não pude deixar de reparar em sua expressão suave, o seu rosto calmo e como aquilo era a coisa mais fofa do mundo para mim.

— Para de me encarar! — Resmungou ela, levantando o edredom para tapar um pouco do rosto.

— Como você sabia que eu estava te encarando? — Franzi a testa, realmente curiosa.

— Você sempre faz isso!

— Eu gosto de te admirar! — Mordi o meu lábio inferior, saltando na cama. Tara rapidamente se enrolou em mim, os seus braços contornando o meu estômago e a cabeça pousando em meu peito.

— Eu te amo. — Sussurrou, erguendo o queixo e bicando os meus lábios. Um sorriso largo enfeitou o meu rosto, enquanto meus olhos brilhavam ao vê-la tão de perto.

— Quem não ama? — Brinquei, dando uma leve risada. — Eu te amo, esquisita.

— Oh, esquisita? — Tara ficou boquiaberta, fingindo estar ofendida com o comentário. — Eu sou a esquisita? Você, Amber Freeman, me chamou de esquisita?!

— Sim, eu chamei!

Tara semicerrou os olhos, antes de me atacar como um urso feroz. Seus dentes entraram em contato com a minha pele; recebi uma mordida na bochecha.

Não fiz questão de me mexer, somente sorri de canto e arrastei a minha mão por suas costas enquanto me mordia.

— Vamos, levante! — Tara me deu um selinho rápido e pulou da cama, soltando um bocejo alto.

Nós finalmente deixamos a cama, acordando completamente para um novo dia. Eu e Tara disputamos na pia do banheiro para ver quem dividiria mais espaço para escovar os dentes.

Às nove horas, descemos as escadas e encontramos Samantha no sofá da sala, assistindo a um programa de televisão. O que mais me deixou intrigada é o fato de Sam ter conquistado sua própria casa, mas ainda se sentir confortável e apegada a sua antiga com sua família.

— Bom dia, garotas. — Nos cumprimentou, um sorriso caminhando em seu rosto. — Tem café pronto, caso queiram.

— Obrigada, chatinha. — Tara se dirigiu à cozinha, despejando um pouco de café em uma das xícaras.

Eu aguardei pacientemente por um tempo, o meu turno começaria mais tarde do que o de Tara, então, resolvi levá-la para o trabalho quando estava pronta.

Dessa vez, fomos andando lado a lado com as mãos entrelaçadas. A manhã em Woodsboro é linda, apesar de eu não gostar de acordar tão cedo.

question...? (tamber)Onde histórias criam vida. Descubra agora