question...? (tamber)

07.

Amber Freeman
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— Eu namorei com ela.

As palavras que saíram da boca de Enid fizeram meu estômago embrulhar. Não estava brava com Tara, e sim com essa loira do banheiro que não tem zíper na boca.

— O que? — Arregalei os olhos, relembrando do momento em que Tara me disse.

(flashback)
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“— Hum, não. — Tara deu de ombros. — Quero dizer, eu me envolvi com uma garota um tempo atrás, foi um dos meus maiores erros.

— Ela era idiota?

— Com toda a certeza. — Tara deitou na cama, encarando o teto. — Pelo menos serviu de lição.”

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— Puta merda, é você. — Finalmente juntei as peças, voltando minha atenção para a garota parada na minha frente.

— Que? — Enid levantou a sobrancelha, sem me entender.

— A garota idiota, eu aposto. — Disse com firmeza.

Olhei para o lado, vendo que Tara parecia extremamente desconfortável. Meu coração quebrou em mil pedaços, não sabia que era tão doloroso vê-la dessa forma.

— Garota idiota? Não sabe o que ela fez no relacionamento!

— Eu acredito nela. — Dei de ombros. — Você não é a vítima aqui. 

— Se você quer que essa garota arruine sua vida, vá em frente, depois não diz que eu não te avisei. — Enid disse a sua última frase, antes de se retirar do banheiro feminino.

Restou somente eu e a Carpenter, juntas em um silêncio completamente agoniante. Eu relaxei meus ombros, me aproximando dela e pegando em suas mãos.

— Vem, Chad deve estar nos esperando lá fora com o carro. — Falei tranquilamente, mudando completamente meu comportamento.

— Me desculpe, Amber, eu sei que eu deveria ter te contado — Tara não me olhava de volta, pela primeira vez na vida, ela parecia com medo e afetada.

— Como eu disse, não acredito em nenhuma palavra que saia da boca dela. — Afirmei, continuando segurando suas mãos. — Se você quiser me contar a história, ótimo, se não quiser, ótimo também.

Tara respirou fundo, soltando as minhas mãos e caminhando para perto da porta. Sem dizer nada uma para a outra, nós fomos para o lado de fora do curso.

— E aí, garotas! — Chad sorriu, pressionando a buzina do carro. — Que caras são essas, hein?

— A única que nós temos. — Respondi, me sentando no banco da frente.

Tara não soltou uma única palavra, nem sequer mexeu os músculos. Boatos ou não, aquilo afetou realmente ela.

Nós paramos em frente a sua casa e eu deixei o carro, abrindo a porta para Tara sair também pacientemente.

Eu não forçaria ela a contar sobre o tal namoro, seria estúpido da minha parte. Apenas resolvi deixar de canto, talvez fosse melhor assim.