13.

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Tara Carpenter
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A única coisa que peguei antes de sair de casa foi uma maçã. Eu já estava atrasada e, finalmente, posso dizer que meu joelho melhorou.

Arrastei minha bicicleta pelo gramado de casa, sentando no banco e começando a pedalar pelas ruas.

Conferi meu relógio preso no pulso de cinco em cinco minutos, tendo certeza que poderia chegar a tempo.

Por incrível que pareça, consegui me sentir em 'Velozes e Furiosos', considerando a velocidade que eu pedalava na bicicleta.

O vento fresco da manhã batia contra meu rosto, alguns fios do meu cabelo agoniavam um pouco os meus olhos.

Comecei a enxergar de longe, alguns estudantes entrando no prédio. Deixei a minha bicicleta no bicicletário do local, colocando o cadeado em volta, apenas por precaução.

Adentrei o corredor, mergulhando entre os alunos. Eu pensei que fosse mais um dia normal, acho que me enganei por cogitar isso.

— Oh, olhe, é ela! — Escutei uma das garotas dizer baixinho, apontando para mim.

Ela não deveria ter feito questão de falar baixo, já que quase encostou o dedo na minha cara de tão perto que apontou.

Os olhares foram para mim, realmente não sabia o que tinha acontecido. Franzi a testa, dando uma olhada discreta ao redor.

— Bom soco, Carpenter! — Uma outra garota gritou, seus cabelos curtos e ondulados, batendo na altura do ombro. Os olhos azuis fortes como o oceano, eram muito bonitos, entretanto, pareciam frios demais.

Acho que entendi o motivo dos dedos apontados para mim, os olhares e os cochichos em minha direção.

— Apenas ignore! — Um braço passou ao redor do meu pescoço, virei o meu rosto para o lado, vendo Amber sorrindo para mim.

— Ei! — Sorri de volta. — Você não chegou atrasada.

— E você acha que eu iria perder isso? — Amber olhou para o pessoal. — Eles estão te achando super fodona. — Ela sussurrou.

— Eu não sou super fodona. — Levantei a sobrancelha ao dizer a palavra.

— Sim, você é.

Reparei que eu e Amber estávamos muito próximas, tipo, muito. Antes que eu pudesse fazer qualquer coisa, ela se afastou de mim, enfiando as mãos cheias de anéis no bolso da calça.

— Então... — Limpei a garganta. — Isso tudo é sobre o que aconteceu no boliche?

— Aparentemente, sim. — Amber estava achando isso a coisa mais divertida do mundo.

Tudo bem, eu também acharia divertido todo mundo ficar sabendo que Enid levou uma surra, quem não acharia divertido?

O sinal tocou e a maioria começou a se afastar para entrar em suas respectivas salas. Eu agarrei a alça da minha mochila e olhei para Amber.

— Te vejo depois. — Amber piscou para mim e saiu andando na frente, juntamente de outros alunos.

Caminhei pelo corredor, sentindo um olhar forte em mim. Não demorou nem dois minutos para que eu notasse Enid rodeada com o seu grupo de amigos, me encarando seriamente.

question...? (tamber)Onde histórias criam vida. Descubra agora