29.

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— Bom dia, Amber. — Lucca surgiu no corredor, dando passos largos na direção de sua irmã mais velha.

— Oi, maninho. — Respondeu sorridente, sua energia alegre transpareceu bem mais. — Você dormiu bem?

— Não muito, fiquei ansioso. — Lucca encolheu os ombros. — Será que a família do Matheus irá gostar de mim?

— Matheus?! — Amber franziu a testa, mas logo se recordou. — Oh, sim! — Ela estalou a língua no céu da boca. — Não se preocupe com isso, eles irão adorar você.

— Por que acha isso? — Lucca semicerrou os olhos.

— Por que você é um menino bom. — Amber bagunçou seu cabelo levemente. — E você é meu irmão, puxou tudo de bom por causa de mim.

— Sai fora! — Lucca riu, dando um tapa fraco na mão da morena. — Você está muito convencida.

— Apenas seja você mesmo. — Amber sorriu de canto. — Sei que é um conselho brega, mas funciona.

— Você provavelmente está certa.

— Eu sempre estou certa. — Amber puxou a sua jaqueta jeans do braço do sofá. — Vou ir na casa da Tara, te vejo mais tarde antes de ir?

— Claro.

Antes mesmo que Amber pudesse se mover para a porta, o celular no bolso da calça começou a tocar. A morena esticou as mãos, atendendo a tal ligação e erguendo o aparelho ao ouvido.

— Alô? — Amber levantou a sobrancelha.

— Amber! — Tara respondeu do outro lado da linha, sua voz ofegante. — Preciso que venha ao hospital, Sam está tendo o bebê!

O coração da jovem Amber acelerou no mesmo segundo, sem dizer uma palavra, arrastou as chaves do carro de sua tia e correu para o hospital.

Amber não demorou nem mesmo vinte minutos para conseguir chegar, ela adentrou a recepção depressa, examinando os pacientes um por um.

— Puta merda, você está aqui! — Tara abriu os braços, aumentando os passos e alcançando a garota mais alta parada na recepção.

— Ei! — Amber enrolou os braços ao redor, puxando-a para mais perto. — Você está bem? Sam está bem?

— Sim, estamos todos bem, menos Danny, sinto que ele irá desmaiar a qualquer momento.

Amber soltou uma pequena risada, caminhando com Tara para um dos corredores. Sam já estava pronta para o parto, apenas Danny teve a permissão de ficar dentro da sala enquanto seguia o procedimento.

— Vamos tomar um café enquanto isso, é por minha conta. — A morena deu tapinhas nas costas de Tara. As duas garotas foram para a lanchonete em frente ao hospital, pedindo dois copos de cafés.

Amber se sentou em uma das mesas, olhando ao redor do estabelecimento. — E aí? Qual é a sensação de saber que será titia daqui algumas horas?

— Loucura. — Tara riu nervosa. — Quero dizer, estou tão ansiosa que parece que irei explodir!

— Eu posso imaginar. — Amber acompanhou sua risada. — Você será uma ótima tia. — Freeman remexeu no bolso da jaqueta jeans, seus dedos roçando nas alianças guardadas.

— Obrigada. — Tara sorriu. — E você será uma ótima tia também, Sam disse que você faz parte da família e eu não posso negar, ela está certa.

Amber sentiu seu coração se aquecer com a declaração, uma leve vermelhidão surgindo nas suas bochechas.

O futuro casal permaneceu na mesa, mantendo uma conversa por um tempo. É claro que não receberiam notícias por agora e resolveram voltar para casa, em específico, a casa de Tara.

question...? (tamber)Onde histórias criam vida. Descubra agora