18.

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Amber Freeman
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Acordei mais cedo do que o esperado, talvez eu estivesse muito preocupada com Tara. Ontem, apenas me deitei e desabei no sono, não vi o desfecho de como tudo se encerrou na festa.

Tara não estava mais apoiada com a cabeça no meu peito, entretanto, notei os seus dedos fortemente entrelaçados com os meus.

— Bom dia. — Sussurrei, desferindo um beijo em sua testa. Me aproximei, encostando a cabeça nas costas da Carpenter e, sem pensar duas vezes, eu dormi novamente.

Pela segunda vez, eu acordei. A culpa não foi da claridade invadindo o quarto, não foi de Mindy abrindo a porta e causando um enorme barulho.

Era apenas Chad gritando pela casa, cantando a letra de uma música que colocou nas alturas, ecoando por todos os cômodos. Eu acho que ele se esquece que não mora sozinho.

Tara se remexeu na cama, mas não acordou apesar da barulheira. Suspirou pesado, se ajustando na cama.

A Carpenter permaneceu segurando minha mão e virou para minha direção, enterrando o rosto em meu pescoço.

Eu gostaria de me levantar e xingar até os antepassados de Chad por estar fazendo tanto barulho, porém, simplesmente não conseguiria largar Tara assim.

Para acomodar melhor a garota, passei o meu braço por baixo da sua cabeça, agora me servindo de travesseiro humano.

Talvez, só talvez, me deu uma pequena vontade de dormir pela terceira vez. Quase fui tomada pela ideia, mas a porta do quarto foi aberta.

O que me surpreendeu foi que, a pessoa que entrou, era nada mais e nada menos que a irmã de Tara.

— Eu atrapalhei algo? — Sam presenciou a cena no cômodo. — Desculpe, deveria ter batido na porta.

— Está tudo bem. — Sorri fraco. — Aconteceu alguma coisa? Está tudo bem?

— Sim, sim! — Samantha balançou a cabeça e me olhou. — Apenas fiquei preocupada com Tara. Ontem, depois de umas nove horas, ela não me respondeu mais, pensei que algo tinha acontecido.

— Oh, aconteceram algumas coisas que eu realmente gostaria de apagar da memória — Eu suspirei pesado. — Mas ela está bem, eu prometo, talvez acorde com uma leve ressaca.

— Você cuidou dela? — Sam sorriu. — Eu aprecio a amizade de vocês, é sério.

— Eu sempre irei cuidar dela. — Beijei o topo da cabeça de Tara. — Mesmo que ela queira me socar todos os dias.

— Acredite, ela gosta de você. — Sam enfiou as mãos no bolso, estava um pouco frio lá fora.

Tara se remexeu novamente, afastando o rosto e se espreguiçando. Ela passou as mãos pelos olhos e finalmente despertou do sono.

— Bom dia. — Respondeu com a voz completamente rouca. — Que horas são?

— Acredito que esteja na hora de você parar de dormir e se levantar da cama. — Sam olhou para o pulso, fingindo estar com um relógio.

— Espere, o que você está fazendo aqui? — Tara reparou somente agora. — O que aconteceu?

— Bem, alguém não respondeu minhas mensagens e eu vim conferir se estava tudo bem.

question...? (tamber)Onde histórias criam vida. Descubra agora