The Princess Soldier, Jenlisa

Your Royal Highness

Boa leitura! Amo vcs ♡

Jennie já havia ganhado seu posto de diretora do hospital infantil de Union, junto com outras pessoas, gente que investiu dinheiro com Lalisa que formavam o conselho e agora estavam na fase de contratação de novos médicos. Os que já haviam sido convidados, aqueles que trouxeram grandes inovações para a medicina, já estavam contratados, mas ainda faltavam os demais médicos. Jennie era responsável por isso, ela quem os entrevistava e decidia qual currículo era melhor.

Nesse exato momento, pelo hospital, que estava em fase de finalização de construção, tinham guardas disfarçados.

— Não posso ter guardas me seguindo no meu emprego! Vai criar uma distância entre mim e eles, e eu já sou diretora, terei guardas também? Não, Lalisa.- Jennie dissera quando tiveram a conversa, elas já tinham passado o dia inteiro discutindo sobre isso.

— Meu amor, você vai ter guardas. Eu não vou deixar você andar por aí sozinha. Impossível. Não há motivo para termos essa conversa, quando eu sei que não irei concordar com o que você quer. Você pode me pedir o mundo, eu vou lhe dar, mas eu jamais vou deixar você insegura por ai, me deixando impotente se algo acontecer com você. Isso não tem acordo, Jennie.- Lalisa respondeu séria, encarando a morena na sua frente.

— Pelo menos, põe eles disfarçados, pacientes ou médicos. Ou melhor, deixe eles soltos ao redor do hospita, se algo vir a acontecer comigo, eu mando um alerta pelo meu relógio.- Jennie ainda tentava, mesmo sabendo que Lisa estava irredutível.

— Meu bem, eu já fiz seu esquema de segurança, ok? A cada dois seguranças do hospital, um vai ser seu, irão proteger todos, mas se a sua segurança estiver em risco, é de você que irão tomar conta. Não vão ficar seguindo você por lá.- Lisa informou, fazendo Jennie relaxar.

Por mais que Jennie estivesse pedindo a Lisa por algo que sabia que não iria ganhar, ela estava com o coração quentinho, sabendo que aquilo tudo era apenas a mulher tomando conta de si. No final, Jennie havia simplesmente aceitado que quando sua segurança estivesse a mesa, Lisa não iria fazer negociações, iria fazer o que achasse melhor para garantir que ela voltasse para casa no final do dia, agradando alguém ou não.

Nesse seu dia de expediente, a morena usava um conjunto de roupas formais, com saltos e uma bolsa preta, estava magnífica, não eram roupas de médica, mas ainda estava apenas se situando e conhecendo sua equipe, antes do hospital começar a funcionar de fato. Ela estava sentada a frente de um médico recém formado, e sentia que ele estava lhe jogando farpas desde que entrou na sala.

— Uau, eu achei que fosse mentira que você estaria a aqui, a namorada da Rainha.

Jennie tentou ser cordial, sorriu e negou com a cabeça.

— Aqui eu sou apenas a Srta. Kim, senhor. Entrei na faculdade aos dezesseis anos e me formei cedo, e trabalhei em quantos hospitais tive chance, incluindo na guerra contra os rebeldes, na base militar e tenho uma vaga no hospital militar do reino. Mais alguma pergunta?

Aquilo havia sido o suficiente para ele calar a boca e prosseguir a entrevista. Mesmo que Jennie tivesse colocado seu currículo na pilha de negados por conta da sua falta de ética.

Trabalhar estava sendo bom, seu corpo e mente estavam marcados pelo resto da sua vida com os traumas do sequestro e das torturas que havia sofrido nas mãos de Alice, mas ela havia escolhido ser corajosa. Então estava enfrentando tudo com a cabeça erguida. Tinham dias que a morena se via no mesmo lugar novamente, naquele local frio, sozinha, sem roupas e fraca, com Alice lhe humilhando de todas as formas que conseguia. Seus sonhos lhe levavam de volta para lá e tinham dias que ela chegava a ter crises de pânico silenciosas, desconfiando de que todos a sua volta tentariam lhe matar e sequestrar, assim como Alice havia feito. Já haviam três meses do sequestro, entrando no quarto mês, e Jennie desconfiava que não importava o tempo que passasse, essa sempre seria uma cicatriz que vez ou outra abriria. Sua pele agora tinha algumas marcas, pequenas, mas tinha, que faziam Jennie relembrar de tudo, então a médica não se olhava no espelho nua. Apesar de que quando ela estava na cama com sua namorada, ela continuava lhe olhando e adorando como se seu corpo fosse um pedaço enviado pelos deuses para si, ela ainda não conseguia se olhar assim.