CAPÍTULO 5

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08/01/2019MERCITYR, BR

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08/01/2019
MERCITYR, BR


O cacete que está tudo bem com a Emily.

O CACETE!

Por que eu fiz isso?

Por que eu estou me perguntando se ela está bem, o que está acontecendo, porque ela anda tão estranha, apesar de sempre transparecer para todos, até para Maddy e Noah que está ótima?

Não sei como notei isso, mas normal ela não está.

Óbvio, mudou, mudou para um cacete desde a última vez que nos vimos e não só fisicamente, mas tem algo a mais e ninguém está percebendo isso.

Eu não posso estar louco. Não devo estar imaginando algo que não existe.

Ela é linda. Amulher mais bonita que eu já tive o prazer só de ver, mas ela não tem mais aquele brilho nos olhos. Na verdade, faz anos que não vejo o brilho em seus olhos.

Eu nunca imaginei que estaria aqui, com ela deitada sobre o meu peito.

Nunca imaginei que estaria com qualquer mulher deitada sobre meu peito e também, nunca imaginei que estaria tão bem, tão confortável com alguém dormindo comigo.

Tiro, devagar, o cabelo de seu rosto deixando que eu olhe cada traço.

Seus cabelos são um castanho médio, seus fios são tão lisos - provavelmente ela fez algo, porque tem cabelos ondulados - que meus dedos deslizam com uma facilidade incrível.

Ela tem algumas sardas em cima do nariz e na maçã do rosto, suas sobrancelhas são bem desenhadas, nariz arrebitado com um piercing bem delicado na aba nasal, algo tão pequeno que de longe é praticamente impossível de se ver. Sua boca é tão desenhadinha...  Não é das maiores, algo bem sutil, que combina perfeitamente com ela.

Tudo foi feito na proporção certa.

Ela é baixa, não passa de um e sessenta, seu corpo é magro com várias curvas. Não sei se ela está fazendo academia, mas possivelmente, porque quando ela foi embora, seu corpo era bem diferente, mas isso é normal, ela só tinha quatorze anos.

Ela só tinha quatorze anos quando toda aquelas merdas aconteceram e eu não fiz porra nenhuma. Fiquei parado, vendo ela chorar na frente de todo mundo. Vendo ela me encarar, esperando que eu fizesse algo.

Todas às vezes, todas as provocações, insinuações, palavras duras... Ela sempre me olhava, esperando que eu fizesse algo, que eu a defendesse, como sempre fiz.

Ninguém mexia com ela quando eu ainda era seu amigo. Me envolvi em dezenas de brigar com os amigos de Gabrieli por causa dela, mas um dia, me juntei a eles.

Um pouco antes dela ir embora, ela já não me olhava mais. Ele não me encarava. Apenas ficava com uma expressão neutra em seu rosto, olhando com tédio para Gabrieli. Ela nunca abaixou a cabeça, mas nunca revidou. Nunca desceu de nível.

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