CAPÍTULO 44

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03/08/2024SERENITY PEARK, EUA

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03/08/2024
SERENITY PEARK, EUA

Desço as escadas da minha casa, completamente inerte aos meus pensamentos.

Porra, ela está aqui.

Emily está dormindo no quarto ao lado do meu, tão perto que ouvi o choramingo de Helena a chamando durante a madrugada.

Maldita hora em que não coloquei isolamento acústico em cada parede.

Sua voz doce ninava a criança e lhe falava palavras de conforto em meio ao choro, mas, ao mesmo tempo em que foi tão doce, foi "grosseira" ao mandar Martins calar a boca e não atrapalhá-la, o que me fez formar um grande sorriso, lembrando do passado.

Emily continua a mesma.

Ela está mais bonita, seu corpo parece mais curvilíneo, sua voz está mais doce e seu rosto mais maduro, mas isso não muda o fato de que ela continua sendo a minha garotinha irritante.

Termino de descer o último degrau das escadas e percebo uma luz fraca vindo da cozinha.

Franzo o cenho e me aproximo em silêncio, ouvindo o som abafado de sua voz, como se estivesse ouvindo um áudio.

Me encosto no batente da grande parede da cozinha.

Emily está sentada em uma das minhas banquetas. Vejo que a bancada está tomada por papéis, mas o que mais me chama atenção, além da hora, é ela digitando rapidamente no notebook, enquanto parece descrente das palavras na filmagem que aparece na tela do tablet.

Ainda não tinha visto isso...

A observo com mais atenção, notando seu corpo coberto por apenas uma camisola de seda branca, seus cabelos agora loiros presos em um coque bagunçado e, em seu rosto, vejo o brilho dos óculos.

Interessante.

— Como pode ser tão burra de falar isso, Emily! — Ela se recrimina, parando seus movimentos. Por um momento, penso que ela me viu, mas apenas apoia o rosto no punho e continua a assistir o vídeo, e eu faço o mesmo.

A moça que a entrevista pergunta se alguns dos sentimentos listados anteriormente têm a ver comigo e, mesmo de longe, consigo ver o rubor em sua pele pela tela do tablet.

Ela afirma que sim, meio sem graça, e eu sinto meu estômago revirar, completamente em êxtase.

Merda.

Ela nega com a cabeça e desliga o aparelho, virando-o com a tela para baixo e voltando a digitar com uma agilidade tremenda.

Gostosa, mesmo estando uma bagunça.

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