CAPÍTULO 42

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02/08/2024SERENITY PEARK, EUA

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02/08/2024
SERENITY PEARK, EUA

Já faz dez minutos que Sarah me ligou.

Dez minutos desde que soube que ela está de volta.

Dez minutos em que estou em completo choque, parado no carro, olhando através do portão de barras pretas para a casa que eu desenhei e mandei construir do zero.

Droga, eu não consigo me mexer.

Minha garganta arde, minhas mãos tremem e suam no volante.

Estou segurando com tanta força que vejo meus dedos embranquecidos pela falta de circulação e agora roxos pelo mesmo motivo, mas de forma mais extrema.

Consigo ouvir meus batimentos no ouvido, o calafrio percorrendo minha coluna, e a dor crescente na área frontal da cabeça — só um dos sintomas da enxaqueca que está por vir.

Eu a desenvolvi por causa do estresse e da privação de sono.

Merda, eu nunca imaginei que esse dia chegaria.

Droga, pelo que eu sabia, a empresa que se tornaria a matriz era em Solaris, capital de Miami, onde Sarah disse que ela estava da última vez.

Merda, merda, merda.

Eu não consigo fazer isso.

Não consigo ligar o carro e entrar.

Não consigo abrir esse maldito portão e entrar na minha própria casa.

Minha atenção está fixa na movimentação na tenda branca, enorme, cobrindo parte dos fundos do meu terreno.

Droga, Madellyn... Por que não me avisou disso?

— Ei... — Eu me assusto quando alguém bate três vezes na janela do carro.

Sarah.

Olho para trás dela e vejo Lucas saindo do carro e indo para o banco do motorista.

Desde que ele a ensinou a dirigir, ela não o deixa mais tocar no carro.

— Vai para o banco do passageiro. — Tento me mover, mas não consigo. Então ela toma a iniciativa e abre a porta para mim. — Vamos, Jack. Se quiser, podemos ir caminhando. O que acha?

— E-eu... — Balbucio, falhando em formar uma palavra.

— Vamos, Jack. — Ela segura minha mão, e eu fixo meus olhos ardendo nos dela.

Eles não demonstram pena de mim ou raiva de Emily. Só pura compreensão.

Droga, por que a cena do carro batendo nela não sai da minha cabeça?

Ou a cena em que entro na ambulância e, três minutos antes de chegarmos, ela tem uma parada.

O socorrista em cima dela, o outro a intubando, e depois seu corpo dando um salto na maca.

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