CAPÍTULO 26

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06/05/2019PINNACLECITY, EUA

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06/05/2019
PINNACLECITY, EUA

Caminho pelo campus, sentindo uma sensação estranha se acomodar em meu peito. Desde que voltamos para PinnacleCity, Jackson e eu não temos conversado muito, e menos ainda nos visto.

Minha rotina está, no mínimo, caótica. Chegaram as provas, e estou enlouquecendo com a quantidade de livros que tenho que ler e trabalhos que tenho que entregar.

Quem em sã consciência manda alguém ler um capítulo de cem páginas sobre direito civil? Mas isso não vem ao caso. Ler é tranquilo; agora, resumir cem páginas em trinta linhas já é outra história. Esses professores não têm nada melhor para fazer, então inventam essas coisas. A professora Rodrigues deve ter tirado essa ideia do cu dela, porque não é possível. Com todo o respeito, dá vontade de pegar na mãozinha e levá-la a um psiquiatra.

Caminho em direção à biblioteca C, que fica no prédio de engenharia civil. Cada prédio tem sua biblioteca, e o livro que eu preciso não está disponível na de Direito, mas tem em engenharia. O pessoal de lá não costuma pegar muitos livros, então sempre encontro o que procuro.

Enquanto caminho pelo campus, vejo Gabrieli mais à frente, em um canto afastado, com o celular na orelha. Ela nunca mais falou comigo ou fez algum comentário desnecessário. Jackson também disse que ela não o procurou mais, mas me contou que ela e Lucas estavam ficando. Duvido que ainda estejam juntos.

Lucas Carter nunca repete uma mulher.

Essa história dela ter finalmente desistido ainda me dá um frio na barriga. Ela queria infernizar minha vida até dois meses atrás; o que mudou? Por que ela parou de nos incomodar do nada? Não que eu esteja reclamando, mas, não sei...

Diogo é outro que nunca mais vi ou ouvi falar, exceto pelo advogado. Diz ele que, após eu voltar a ser notícia, não tem mais nada contra mim, mas ainda assim, não consigo me sentir tranquila.

Essa de ter voltado também atrapalhou muito minha rotina. O pessoal do jornalismo, responsável pelo "Jornalismo Apex" – o jornal da faculdade – ficou me perseguindo, querendo notícias de primeira mão sobre meu relacionamento com Jackson, do qual eu nem sei como está, e na empresa também foi estranho.

Eu sabia que geraria fofoca, mas não esperava ser tão julgada por tudo o que faço. Cada passo, cada pergunta e cada dúvida que tento tirar, todo mundo me olha como se eu tivesse que saber de tudo. Eles esperam que eu seja perfeita e nunca erre. Mas não é assim que funciona.

— Emily, querida. No que posso te ajudar hoje? — Sorrio para a bibliotecária.

— Marise, preciso de um livro de direito.

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