CAPÍTULO 28

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06/05/2019PINNACLECITY, EUA

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06/05/2019
PINNACLECITY, EUA

Cinco meses.

Cinco meses podem parecer pouco tempo se pensar bem, mas, considerando tudo o que aconteceu neste começo de ano, cinco meses agora me parecem anos.

Os anos mais felizes da minha vida.

Tê-la agora, com seus olhinhos vermelhos e brilhantes me olhando com uma expectativa gigantesca, não tem preço.

Eu neguei por muito tempo meu amor por ela. Por anos, neguei o que estava sentindo e, por anos, neguei me lembrar da sua existência. Mas, quando estava sozinho, chapado ou não, era a sua imagem que vinha automaticamente à minha mente. Ela era quem aparecia.

Perdi as contas de quantas vezes a procurei nas redes sociais, apenas para ver uma mísera foto e nunca encontrei nada. Nada que eu pudesse ver para saber como ela estava, que eu pudesse imaginar ao meu lado durante a noite, e nada que pudesse me fazer esquecer o que Gabrieli tinha feito comigo.

Aquilo me corroeu dia após dia.

Eu dizia para mim mesmo que gostava, que era isso que eu queria, que se eu não tivesse gostado, não teria gozado, não é mesmo?

Por muitos anos, pensei nisso.

Por muitos anos, sexo era só sexo para mim.

Comer alguém, fazer o mínimo da minha parte, que era a outra gozar, e ir embora. Apenas.

Sem beijo, sem carinho, sem preliminares.

Apenas foder.

— O que disse? — Sorrio.

Acho que nunca sorri tanto quanto quando estou com ela.

Com ela é tudo menos complicado.

É tudo tão calmo e tranquilo.

Seus olhos azuis brilham através das lágrimas que brotam e eu seguro seu rosto com delicadeza. Eu tentei tanto ser ruim, afastá-la, não queria trazê-la para a minha vida.

Tinha tanto medo de machucá-la sem querer. De ferir seu corpo. De não conseguir controlar minhas crises. Mas desde que ela apareceu na minha vida, a única briga que eu me meti foi com o filha da puta que ousou encostar a sua mão podre na minha garota.

Eu a quebrei.

Emily não sabe, mas eu quebrei as duas mãos do Diogo e, antes dele desmaiar, deixei bem claro que, na próxima vez que ele chegasse perto da minha garota, seria um cara morto.

E não me arrependo.

— Eu te amo. — Repito, sem vergonha alguma.

Sempre tive dificuldade de expressar meus sentimentos.

Depois dos treze anos, tudo complicou.

Não me expressava com palavras, mas sim com agressões.

E agora me vejo aqui, apenas querendo paz. Apenas querendo uma vida tranquila ao seu lado, sem incomodação. Apenas eu e ela por alguns anos, até que ela engravide e comece a correr uma mini Emily de cabelos loiros e olhos azuis pela casa.

Além das EstrelasOnde histórias criam vida. Descubra agora