Sana e Dahyun estava sentadas na última fileira do auditoria. Preferiram assim para caso houve interação com a plateia elas não fossem escolhidas. Não que estivesse realmente disfarçadas como em uma missão secreta tal qual a fantasia de Dahyun, apenas tentando não chamar a atenção.
Não demorou muito para que a apresentação começasse, o lugar estava relativamente cheio, mas as duas não sabiam se era por um interesse genuíno dos alunos pela palestra ou se era apenas para fugir da aula.
Primeiro falou uma senhora que se apresentou como professora de história, logo em seguida ela chamou um homem um tanto novo que se apresentou como coordenador pedagógico. Depois de um pequeno discursos dos dois, Catarina foi chamada. Houve aplauso, muito mais calorosos pelos professores do que dos alunos.
Aquela palestra foi literalmente chocante para Sana e Dahyun, elas estavam desacreditadas no que ouviram. Catarina não só teve coragem de contar a história do passado de Momo como ao invés de revelar que ela foi a agressora, como simplicidade assumiu o papel de vítima, não citou nenhum nome, mas se colocou como a vítima sofredora, até chorou ao contar.
Incrível como existia uma forma de mentir descaradamente contando uma verdade, uma verdade não, meia verdade e dessa forma, uma mentira inteira. Catarina estava se colocando no lugar de Momo como vítima para receber aplausos e dinheiro, aquilo era um absurdo. Sana teve que segurar Dahyun para ela não ir até o palco socar a cara daquela mulher.
As coisas só ficaram piores com mais dois relatos contados por Catarina. Sana e Dahyun não podiam ter certeza, mas era quase certo que eles também eram de outras pessoas e também era bem provável que a agressora emocional e física fosse novamente Catarina.
O segundo relato era do ensino médio, aonde Catarina contou que tinha sido agredida fisicamente apenas por ser uma garota orgulhosamente assumida, relatou que aquilo incomodava os populares o que fez com que ela fosse agredida verbalmente e até fisicamente por eles.
No terceiro e último relato já era da época da faculdade, ela contou que se tornou uma ativista naquela época pois foi excluída de tudo, quando tentou entrar em uma irmandade foi humilhada publicamente em uma festa.
Ao fim de todos os relatos, que provavelmente tinha um fundo de verdade, mas estavam sendo contados de forma mentirosa, ela recebeu aplausos, agora sim os alunos estavam empolgados, como se eles tivessem sido encantados por uma naja.
– Sana a gente pega ela no estacionamento, você segura ela enquanto eu soco a cara dela. – Dahyun disse revoltada. As duas já estavam fora do auditório. – Primeiro eu vou a na sala de segurança e vejo se consigo desligar o sistema de câmeras.
– Nem nos seus sonhos, você nem devia tá me contanto um plano assim, tudo que disse é crime e eu sou uma policial. – Sana disse de forma óbvia. – Dahyun não vê o que temos aqui? Nós vamos sim acabar com essa mulher, mas não dando um soco nela, o que isso de fato afetaria a vida dela?
– Afetaria aquela cara de sonsa mentirosa dela. – Dahyun disse ainda com muita raiva.
– Isso, mas depois de umas duas semanas ela iria usar isso como mais uma mentira ao seu favor para conseguir mais aplausos, ela é uma narcisista. – Sana estava tentando ser racional, ela também estava explodindo de raiva, mas elas tinha que fazer algo que fosse realmente destruir a vida daquela mulher. – Você consegue rastrear os lugares que ela estudou? Podemos tentar achar as pessoas que com certeza são as verdadeiras vítimas das histórias que ela contou. Mesmo que Momo não queira denunciar ao mundo o que ela tá fazendo, essas pessoas podem querer e aí a gente desmascara ela. Esta palestra foi gravada e pelo que a professora de história disse estará disponível em breve no YouTube. Não é um plano melhor?
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Aprendendo a amar - Dahmo - Twice.
Romanzi rosa / ChickLitMomo era uma investigadora de cidade pequena, gostava de seu trabalho, pois era na maior parte tranquilo e ela gostava de saber que ajudava a dá justiça para pessoas que não conseguiam se defender sozinhas. A única coisa fora de ordem para ela, era...