Park Jimin possui muitas habilidades preciosas: é um excelente desenhista, escrever cartas como ninguém e tem uma criatividade fora do comum.
Mas se tem algo em que ele nunca consegue obter sucesso, por mais que tente, é em se sentir confortável qua...
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Jungkook sabia que seu noivo não esperava receber meia dúzia de soldados para o jantar. Contudo, ele não pediria desculpa por incluí-los. Ele precisava mostrar para seus homens que o casamento era real, independente do que tinha acontecido, ou não, dentro do quarto na noite passada.
O salão de jantar do castelo era largo o bastante para acomodar aquele clã improvisado. Mesmo Jungkook, com seus cinco homens, Jimin e a tia dele não bastavam para ocupar toda a mesa. Acima de tudo, os homens mereciam aquilo — sentar-se em uma mesa de verdade, posta com porcelana e prata, e serem servidos cortes de carne assada, gelatina de frutas, ostras, molhos deliciosos e muito mais. Aquelaera a recepção farta que ele tinha lhes prometido no campo de batalha. E Jungkook não fazia promessas que não poderia cumprir. Aqueles homens — ainda que esgotados e desanimados — eram a coisa mais próxima de uma família que Jungkook tinha conhecido. Ele não os decepcionaria.
Durante os primeiros dois pratos, eles apenas comeram, mantendo um silêncio maravilhado. Hoseok, claro, arruinou aquilo assim que a fome aguda assou.
— Devo dizer, Sr. Jeon Jimin, que o que o capitão nos disse sobre você... bem, não lhe faz justiça.
Jimin lançou um olhar preocupado para o soldado.
— Oh? — tia TaeYeon fez. — O que foi que o Capitão Jeon disse a respeito dele?
— Muito pouco, madame. Mas, se eu tivesse a mesma sorte, todos os homens do regimento ficariam cansados de ouvir eu me gabar.
SeokJin bufou.
— Mesmo assim — ele disse —, todos os homens do regimento se cansaram de ouvir você se gabando
Com um sorriso envergonhado, Jimin depositou sua taça de vinho sobre a mesa. Ele levou a ponta de um dedo à clavícula, onde ficou deslizando para cima e para baixo pelo osso delgado.
Jungkook tinha percebido que ele fazia aquilo quando estava nervoso. Infelizmente, esse pequeno gesto que era calmante para Jimin não tinha efeito similar nele. Pelo contrário, inflamava cada um de seus desejos mais guardados.
Ele engoliu em seco, incapaz de tirar os olhos daquele dedo solitário e delicado que subia e descia. E subia e descia. Era como se ele pudesse sentir quele toque leve e provocador em sua própria pele. Ou em seu...
— Então, capitão — Taehyung disse, cortando uma fatia de carneiro. — Agora que estamos todos juntos, conte a história completa. Comece do começo. Como você o cortejou?
Jungkook se chacoalhou e se voltou para o prato.
— Do modo usual.
— Como eu lhe disse, madame — Hoseok disse —, ele é um homem de poucas palavras
— Um homem de poucas palavras? — disse a tia TaeYeon. — Mas não é possível. Este é o mesmo homem que escreveu tantas cartas lindas para o nosso Minie?
