•Capítulo 21

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Oh, não! Jimin se arrependeu de suas palavras no mesmo instante

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Oh, não! Jimin se arrependeu de suas palavras no mesmo instante.

— Não seja ridículo.

— Não vou ser ridículo. Pretendo ser Incendiário.

Jimin queria pensar em uma resposta mordaz, sofisticada, para colocá-lo em seu lugar e se livrar daquela situação. Mas o vento forte que agitava seus cabelos parecia ter também espantado
sua astúcia. Então, em vez de uma resposta sofisticada, ele deu uma juvenil. Jimin gaguejou coisas sem sentido, depois entrou em pânico e fugiu.

A trilha tortuosa até o castelo de repente pareceu longa demais. Jimin precisava estar em casa naquele instante, em sua cama, dentro de uma tenda aconchegante de travesseiros e cobertores, com Jeon do lado de fora da porta trancada. Levantando as mangas da camisa, ele saiu da trilha e pegou um caminho reto até o castelo, andando o
mais rápido que o chão irregular e lamacento lhe permitia.

— Não vá por aí — Jungkook disse atrás dele.

Jimin o ignorou. Vou andar por onde eu bem quiser, muito obrigada. Não sou um dos seus soldados. Você não manda em
mim.

— Ah!

Jimin quase tropeçou na própria bainha. Ele olhou para baixo. Com a pressa de provar sua independência, tinha dado um passo em falso, perigoso e sozinho. Seu pé tinha desaparecido na lama preta e fibrosa. Quando tentou puxá-lo, a outra perna também
afundou, até o joelho. O que era aquele lodo? Parecia areia movediça, que a puxava para baixo cada vez mais.

— Jeon ? — ele chamou. — Jungkook, por favor, venha logo. Não
consigo mexer os pés.

Ele parou a alguns passos de distância e examinou a situação.

— Você pisou em um atoleiro. Acontece o tempo todo.

— Já aconteceu com você?

— Ah, não. Eu não sou assim tão burro.

É claro que não, Jimin pensou com amargura. É claro que isso só poderia acontecer com ele.

— Mas eu já desatolei muitas vacas e ovelhas — ele continuou.

— Que maravilha. Você poderia fazer a gentileza de me desatolar também? E rápido?

Uma fagulha de divertimento brilhou nos olhos dele. Aquela expressão lhe contou algo terrível. Ele iria ajudá-lo, mas primeiro iria aproveitar cada minuto da situação.

Jimin virou e puxou a perna, sem sucesso. Ele estava muito bem preso, e seu coração martelava furiosamente em seu peito.

Jeon estalou a língua.

— Primeira regra dos atoleiros: não entre em pânico.

— Qual é a segunda regra? Acho melhor pularmos para ela.

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