19. Verdadeiro Harry Styles

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Harry Styles




- Okay, que história é essa de que eu não posso sair do seu lado?



- É só por uns dias, Louis. - Revirei os olhos. - Podemos não falar sobre isso agora? - Passei as mãos pelos cabelos.



- Sim, mas não pense que estou aqui porque eu quero, e logo que essa maldita mordida estiver cicatrizada eu vou sair daqui. - Se deitou de bruços e agarrou o travesseiro.



- Também não estou contente em te ter no meu quarto. - Grunhi.



- Okay.



- Okay. - Bufei.



- Eu estou com fome. - Reclamou com o rosto afundado no travesseiro.



- Eu também. Vou lá no refeitório ver se eu consigo algo para comer.



- Vou com você!



- Nada disso, se minha mãe ver você caminhando vai interpretar que já está bem e você vai ter que ir para casa.



- Como assim para casa?



- Todos foram liberados para voltar para casa ou para o hospital, dependendo da situação, então é claro que ela exigiria que você também fosse.



- E você?



- Eu o que?



- Voltaria para casa?



- Não. - Ri sem humor. - Eu moro aqui no colégio. Apenas Gemma e Lucy voltam para a casa dos pais.



- Mas eles também são seus pais e consequentemente aquela casa também te pertence.



- Você não sabe o quanto é insuportável conviver com o meu pai, porque se soubesse entenderia o porquê eu não gosto de voltar para lá. - Suspirei derrotado.



E também porque eu não quero voltar ao trabalho...



- Eu não sei, mas você pode me contar. - Sorriu e sentou na cama.



Encantador.



- Não tem muito o que falar. - Dei de ombros.



- Também não tem muito o que fazer aqui nesse quarto. - Fez bico.



- Meu pai não aceita que eu tenha preferência por ômegas homens, é meio complicado, e ele sempre joga na minha cara que eu troco de função com a Gemma, já que ela prefere betas. É insuportável ouvir o tempo todo uma indireta e também tem outras coisas, como o negócio da família. - Sentei ao lado dele. - E eu nem sei porque estou te contando isso. - Ri fraco e neguei com a cabeça.



- Porque eu sou seu ômega agora e não temos nada para fazer. - O encarei e ele corou me fazendo rir. - Durante um mês, apenas um mês. - Me coloquei sobre ele e beijei o local marcado pela mordida. - Você está muito diferente. - Fez careta.



- Diferente como?



- Um diferente meloso. - Riu.



-Me desculpe, nem eu sei porque estou assim. - Rolei para o lado e encarei o teto.



- Carência? - O olhei e sorri.



- Harry Styles nunca fica carente, ele não precisa, afinal, ele pode ter todos os ômegas que quiser. - Ri sem humor e voltei a encarar o teto.



- E o Harry?



- Como assim?



- E você? Tipo, você se referiu ao Harry Styles que conhecem aqui no colégio, mas não mencionou o Harry de verdade.



- Por que acredita que existe o Harry de verdade?



- Porque se eu estivesse conversando com o Harry Styles ele provavelmente seria um estúpido como sempre, e eu seria enxotado daqui. - Riu.



- Mas eu sou Harry Styles!



- Você entendeu. - Deu um tapa no meu braço.



- Nem eu mesmo entendo porque estou assim ou porque ainda não te coloquei para fora daqui. - Zombei.



- Harry!



- O que é? Estou mostrando meu verdadeiro eu. - Ri. - Mas agora falando sério.



- Ah! Então você estava brincando? - Estreitou os olhos.



- De te enxotar daqui? Nunca. - Ri e o mesmo me empurrou. - Mais fácil você me enxotar daqui.



- Fala o que você ia falar.



- Eu nunca trouxe ninguém para cá, a não ser meus amigos.



- E por que me trouxe?



- Era o local mais perto. - Me deu mais um tapa. - Ai! Calma! - Ri.



- Esse era o momento que você seria romântico e falaria que é porque eu sou especial. - Me virei de lado.



- Precisa que eu fale? - Ele corou.



Adorável...



- Por que está fazendo isso?



- Isso o que?



- Sendo o Harry de verdade.



- Como sabe que eu não estou te enrolando?



- Porque você já me levou para cama durante uma semana e me deu uma mordida de alpha. Já não tenho mais nada a oferecer. - Sorri de lado.



- Tem certeza que não? - Encarei seus lábios e o mesmo se afastou.



- S-Sim? - Foi se afastando a medida que eu ia me aproximando. - Ai! Droga! - Gritou quando caiu da cama.



- É a segunda vez que isso acontece. Você é tão desastrado! - Gargalhei.



- Não é engraçado! - Esfregou a bunda.



- A bunda amorteceu a queda pelo visto. - Deu a língua. - Muita maturidade da sua parte, Lou.



...

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