39. Não Devo!

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Louis Tomlinson




- Olha só, meu enteado escondeu o alpha no armário, meio... Irônico, hum? - Debochou.



- Louis! - Me chamou. - Pegue suas coisas e vamos! - Assenti sem contestar.



- Você não vai a lugar nenhum, Louis Tomlinson! - Troy me encarou com frieza. - Você ainda deve respeito a sua mãe, e se for, não vou deixar que volte nunca mais.



- Mãe? - A chamei mas a mesma abaixou a cabeça. - Vai fazer a mesma coisa que o vovô? Vai me proibir de ver alguém que amo? Não se lembra do sufoco que passou longe do papai?



- Lembro, e fugir com ele foi a pior escolha da minha vida. Harry é igual a ele, não vale a pena. Não irei deixar que estrague sua vida como fiz com a minha. Mark é exatamente igual a Harry.



- Meu pai não fez nada para você. Ele foi a vítima desta história, porque enquanto ele trabalhava você colocava este daí dentro de casa. - A acusei.



- Não fale assim com sua mãe, a deve respeito. - Troy ralhou.



- Não devo! - Os três me olharam em espanto.



- Como? - Minha mãe perguntou em um tom magoado. - Eu te dei a vida e te coloquei em um bom internato. Você estragou tudo em apenas um mês e meio e eu ainda estou te dando uma chance de consertar tudo.



- Você não se deu o respeito no passado e está privando o próprio filho. Fui para o internato para ajudá-los e isso não é levado em consideração. Eu estou apaixonado por Harry e eu vou com ele, vocês querendo ou não. - Aumentei o tom de voz. - Não vou ficar sofrendo só porque vocês não podem entender que agora não é o momento.



- Não grite comigo, moleque! - Troy me deu um tapa estalado no rosto e segurou meus pulsos. - Entendeu? - Senti suas mãos me soltarem e ele cambalear para trás.



- Eu disse para soltá-lo! - Harry rosnou e o deu um soco.



- Solte-o! Seu bruto! Criminoso! - Minha mãe gritava.



- Você é apenas um garoto mimado, fraco e inexperiente. - Troy cuspiu e puxou a gola da camisa de Harry o jogando contra a parede. - Se acha um alpha imponente? - Desferiu um soco em seu estômago e bateu suas costas com força. - Se acha forte o bastante? Você não serve nem para proteger seu ômega. - O prensou ainda mais. - Mark, Des e você são tolos. E um dia a casa vai cair para vocês.



- Você não sabe nem da metade da história. Você não sabe quem eu sou ou o que eu sou capaz. Eu não sei o porquê você tem ódio dos Styles, mas tenho minhas suspeitas. Está claro que você sabe que Mark tem ligação com os Styles, mas está errado do porquê. Me acha criminoso? O problema é todo seu. Mas o que eu faço não está em questão aqui. - Harry disse com certa dificuldade.



- Largue ele! Solte já! - Em um ato sem pensar pulei em suas costas, mas no instante seguinte me vi jogado no chão.



Minhas costas doíam e a minha cabeça latejava.



- Vá embora daqui, Harry! Você não é bem vindo aqui. Não vou deixar que meu filho se machuque por sua culpa! - Minha mãe gritou.



- Louis! - Harry me olhou com pesar e preocupação.



- Eu estou bem. - Gemi de dor.



O teto do quarto girava e de repente tudo escureceu.




Harry Styles




- Louis! - Gritei quando seus olhos se fecharam. - Seu filho da puta! - Gritei e o joguei contra o chão.



Meu sangue fervia de raiva e adrenalina. A raiva consumia o meu corpo, assim como o instinto de proteção. Eu conseguia sentir que Louis apenas havia desmaiado de dor.



O instinto de proteção é o mais forte que existe, por conta da ligação.



Minhas mãos coçaram para tirar a seringa da minha bota. Minhas mãos coçaram para incapacitá-lo.



Estava cego.



Eu poderia matá-lo.



...


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