Capítulo 2: Prisioneira do Poder

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Valentina Gonzalez

Ainda tonta e com a respiração ofegante, eu tentava manter a calma dentro daquele carro luxuoso. Observavo ao redor, notando cada detalhe daquele veículo que parecia saído de um filme. A mulher à minha frente, Raquel Martinez, exalava poder e perigo. Seus olhos castanhos escuros me encaravam com intensidade, deixando claro que eu estava completamente sob seu controle.

Durante o trajeto, só conseguia pensar em como cheguei até ali. O que fiz para merecer tudo isso? Por que estou recebendo tantos castigos? Agora, nada mais será o mesmo e nem sei Será que continuarei viva por muito tempo? Olho pela janela do carro, pensando nas minhas irmãs e nos momentos que compartilhamos juntas. Meu coração se enche de saudade e preocupação. Eu queria pelo menos viver o bastante para ver minha irmã se formando. Minhas irmãs fazem tanta falta quanto imagino... Antonella provavelmente estaria agora pulando na minha cama ao mesmo tempo em que fala sobre seus planos para o futuro. Sofia estaria cantando pela casa enquanto Selena reclama com ela pela bagunça do quarto. E Lucas estaria me irritando como sempre faz questão de fazer.

Olho para a paisagem que passa pela janela do carro, com lágrimas nos olhos. Me pergunto se verei minhas irmãs novamente e como elas reagirão quando souberem o que aconteceu. Quando irei vê-las novamente? Acho que a pergunta certa seria: irei vê-las novamente? Estarei viva para isso? Ou elas só me verão novamente dentro de um caixão com um buraco no crânio? Já posso imaginar elas chorando, enquanto Lucas se culpa por não ter conseguido me proteger como prometeu.

Enquanto a velocidade aumentava, senti o frio percorrer minha espinha. O irmão de Raquel estava ao meu lado com uma expressão séria, parecendo estar acostumado com aquela situação. O segurança, silencioso e imponente, não desviava o olhar da estrada.

O carro finalmente parou em um local desconhecido para mim. Fui puxada bruscamente para fora do carro pelo segurança. Raquel olhou feio para ele, que tremeu de medo. Eu contive o riso, sabendo que sua vida estava por um triz, ainda atordoada com tudo o que havia acontecido.

Minhas pernas tremiam, mas eu sabia que não tinha escolha. Eu tinha sido arrancada da minha vida comum e jogada em um perigoso jogo de poder. Agora, teria que aprender a jogar e a sobreviver.

Um enorme portão de ferro se abriu. Ali estava a enorme mansão de Raquel Martinez. Fiquei impressionada com a imponente mansão de Raquel. Era um lugar luxuoso e moderno, mas ao mesmo tempo rústico. Meus olhos brilharam diante da beleza do local.

Até chegar à porta, passamos por um extenso jardim, onde caminhamos pela larga faixa de cerâmica que se sobrepunha à grama. Ao lado da faixa no chão, havia árvores perfeitamente moldadas em círculos. Fui puxada para dentro da casa por Raquel e seus seguranças, sem ter tempo para apreciar completamente o jardim.

Se o meu queixo já estava caído apenas com a fachada da casa e o jardim, ele chegou ao chão com o interior. A mistura de modernismo e rústico se estendia do teto até os móveis espalhados pela enorme sala de estar. Admirando todo o espaço, nem percebi quando os seguranças e o Robert sumiram. Engoli em seco ao perceber que estava sozinha com Raquel. Seus olhos encontraram o meu olhar sombrio da chefe da Máfia, e me senti pequena diante dela.

Raquel:- Me acompanhe, Gonzalez. - Sua voz, fria e seca, ecoou pela mansão.

Ela subia as escadas com passos firmes, e eu a seguia, meu corpo tremia, mas a  força de vontade me mantinha andando.  Cada degrau que subia, me  levava mais para  um  abismo.

Raquel virou-se, conferindo se eu a estava seguindo, como bem ordenou, estreitou os olhos quando me viu logo atrás de seu corpo e manteve a cabeça erguida.

Ao terminar de subir a escada, chegamos a um corredor cheio de portas. Eu olhei ao redor, curiosa para descobrir o que havia por trás de cada porta.

Raquel  parou  em  frente  a  uma  porta  maciça,  de madeira escura, semelhante ao material da escada, e abriu a porta, revelando o que parecia ser o meu novo quarto.

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