Capítulo 19: O preço da traição

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Raquel Martinez

O cheiro de comida recém-feita pairava no ar, misturado com o aroma doce do perfume de Valentina. A casa, estava silenciosa.

Subi as escadas, fui para o quarto para me trocar. O dia havia sido longo e cansativo, as decisões, as negociações, a tensão constante. Eu só queria jantar e ter uma boa noite de sono.

Retornei à cozinha Valentina estava sentada à mesa, a cabeça baixa, e Angelina, com as mãos trêmulas, tentava disfarçar o nervosismo, servindo um jantar.

Raquel: - Você está bem, Angelina? - Perguntei, observando seus passos. - Está parecendo que está preocupada com alguma coisa. - Falo com a voz seca.

Angelina engoliu em seco, os olhos fixos no copo de suco.

Angelina: - Estou bem, senhora. - Ela respondeu, forçando um sorriso. - Só estou um pouco... cansada.

Permaneci desconfiada sempre atenta a cada minucioso movimento de qualquer uma das duas. Vi algo diferente em meu suco, algo borbulhando como se estivesse dissolvendo.

"Xeque-mate, Gonzalez."

Estou sempre um passo à frente, Valentina pode ser esperta, mas nunca capaz de me superar. Admirei sua ingenuidade por um momento, sério mesmo, droga no suco? Essa já é tão velha que nem mesmo lembrava da existência. Esse método virou passado para mim faz tempo.

Seguir com o papel para ver até onde aquela brincadeira iria. Fingi estar sendo dominada pelo efeito da droga, terminei o jantar, segui para o quarto e ouvi os passos de Valentina atrás de mim. Deitei-me na cama cambaleando um pouco para realmente parecer real e fechei os olhos fingindo ter apagado. O fraco suspiro aliviado de Valentina foi ouvido por mim, seus passos foram se distanciando e assim que não pude mais os ouvi-los levantei rapidamente e em passos silenciosos segui as duas até o jardim. Observei o local vazio, sem indício de nenhum segurança.

Raquel: - Eu deveria estar dormindo, não é? - Minha voz soou mais rouca do que o esperado. - E bem fuleira essa droga que vocês colocaram no meu suco. - Minha foz está fria como um aço.

Os dois corpos pararam automaticamente assim que ouviram minha voz. Valentina virou-se em minha direção segundos depois e Angelina a acompanhou logo em seguida com a cabeça baixa e olhos fechados. Valentina estava com seus lábios tão pressionados que formava uma linha branca. Ela me encarou no fundo dos meus olhos e suspirou, suas pernas vacilando.

Valentina: - Raquel, você... você me assustou. - tentou disfarçar o pânico.

Raquel: - Acho que você deveria estar mais preocupada com o que pode acontecer com você agora. - disse, aproximando-me vagarosamente, cada passo carregava uma ameaça.

Valentina: - E-Eu... - Engoliu seco.

Raquel: - Cala a boca eu tô falando. - voz soou como um trovão - Você realmente tentou dar o golpe em quem vive de golpe? Você acha que pode desafiar a minha autoridade?

Valentina: - Raquel..... mim..... - sua voz tremendo.

O meu corpo tremia, sem paciência e sem pensar muito, minha mão se ergueu, rápida, atingiu sua bochecha esquerda fortemente o impacto do tapa ecoou, a marca dos meus dedos logo apareceram.

Ela cambaleou, a mão levando ao rosto machucado, os olhos marejados de lágrimas. Um fio de sangue escorrendo pelo canto da boca. O olhar de Valentina era de puro terror.

Raquel: - CALAR O CARALHO DA SUA BOCA ANTES QUE EU PERCA O RESTO DA PACIÊNCIA QUE ME RESTA É META UMA BALA NO MEIO DA SUA TESTA. - Grito exaltada, o sangue-frio corre em minhas veias.

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