capítulo 11 : À Flor da Pele

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Raquel Martinez

Observei Valentina sumir no corredor, seus passos leves ecoando pela casa. Suspirei, tocando o curativo no canto da boca, tentando entender comportamento inesperado Valentina.

Balancei a cabeça inúmeras vezes até senti-la dar indícios de dor, foi o exato momento em que meu celular começou a tocar, deslizei o dedo pela tela do celular para atender a chamada.

Raquel: -̶  Alô?

-̶  Senhora, tem um homem aqui fora, ele está completamente descontrolado ele disse que precisa falar com você. -  a voz do segurança soou em meus ouvidos.

Raquel: -̶  Pode mandar entrar. - meu tom de voz frio.

A campainha tocou, segui até a porta e dei de cara com algo inesperado, deparei-me com José pai de Valentina, estava ali, pálido e trêmulo.

Raquel: -̶  Ora, ora, o que temos aqui! - murmurei, meu sarcasmo evidente na voz.

José: -̶  P-Preciso falar com você. - Disse com queixo batendo.

Raquel: -̶  Entra, então vamos lá para dentro - Falo, abrindo caminho para José entrar.

José entra na casa e conduzo até o meu escritório. Fechei a porta atrás de nós.

Fui até as minhas bebidas e coloquei um pouco de whisky no copo.

Raquel: -̶  Quer beber alguma coisa? para você tenho barrage, detergente e gasolina - disse, minha ironia cortante.

Álvaro: -̶  Eu aceito apenas uma água. - respondeu ele, sua voz fraca.

Raquel: -̶  Beba na sua casa. - rebati, meu olhar frio.

Dei a volta na mesa e me sentei na minha cadeira, cruzando os braços e encarando-o com frieza. Ele permanecia de pé, seus olhos fixos no chão. Eu sabia que ele estava tremendo de medo, e isso me trazia um certo prazer.

Raquel: -̶  O que o traz até aqui? O que você quer falar comigo? Fale rápido, antes que eu mude de ideia, Eu estou extremamente cansada e estaria dormindo se não fosse você me atrapalhando, então acho bom que o motivo seja algo importante. - minha voz carregada de desprezo ecoou pela sala.

Ele sentou-se na cadeira à minha frente e respirou fundo, visivelmente nervoso, ele roeu o lábio inferior, sua mão tremia sobre a mesa.

José: -̶  C-Como está minha filha? - Falou com a voz trêmula.

Ri debochadamente, meu riso ecoando pela sala.

Raquel: -̶  Sua filha? Hahaha! Não se faça de tolo. Eu não tenho tempo para joguinhos infantis. Agora diga logo o que você quer ou saia daqui antes que eu perca a paciência e te arranque os olhos. - lhe disse, bebendo um pouco de whisky, meu olhar fixo em seus olhos.

José: -̶  E-eu... eu queria... queria saber sobre o pagamento... que eu deveria receber pela Valentina. -  disse ele, sua voz quase inaudível.

Raquel: -̶  O dinheiro vai chegar em suas mãos quando e se eu quiser. Se mais uma vez vier até mim com a cara de pau de perguntar pelo dinheiro da venda da sua filha eu juro que te mato sem nem pensar duas vezes. Estamos entendidos? -  ameacei, meu olhar gélido.

José engoliu em seco, visivelmente assustado com a minha ameaça. Ele balançou a cabeça rapidamente, concordando com o que eu disse.

José: -̶  S-Sim senhora - Balançou a cabeça inúmeras vezes em sinal positivo. - Desculpe... Eu não queria incomodar, foi um erro vir até aqui...

Raquel: -̶  Certamente foi um grande erro. O casamento está agendado. Não quero mais ninguém aqui além das irmãs de Valentina, a mãe e meus irmãos. -  disse, meu tom de voz implacável.

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