Capítulo 22: Presente de Aniversário

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Valentina Gonzalez

Fecho os olhos e deixo o calor de seu corpo me envolver. Sinto a sensação de paz e conforto, o dia de está sendo no mínimo peculiar. A mudança drástica no humor de Raquel, o fato de ser meu aniversário e ela ter me dado um dia longe de sua fúria... ou talvez fosse apenas sorte.

Eu quero acreditar que seja o primeiro motivo. Afinal, não pedi para ser comprada como um objeto de leilão. Mas quem sabe? Talvez Raquel estivesse tentando me agradar hoje...

Apesar de Raquel ter saído ontem a noite e volto só hoje pela manhã com
um cheiro diferente...nós fizemos um sexo incrivelmente maravilhoso que tive Raquel, considerei aquilo como um presente, e que presente... Depois de tudo, ela não me deixou no quarto sozinha, como sempre fazia após nossas transas. E para coroar, ainda me fez um cafuné incrível. Aquele calor ainda percorria meu corpo.

Sinto um sorriso bobo se espalhando pelo meu rosto. Essa sensação era completamente nova. Seus dedos acariciavam meu rosto com delicadeza, até que um barulho me tirou dos meus devaneios.

Alguém batia na porta. Continuei de olhos fechados, com preguiça de abri-los. Ouvi a voz rouca de Raquel autorizando a entrada. O barulho da porta abrindo e a voz de Joaquín invadiram o quarto antes silencioso.

Joaquin: - Péssimas notícias, mani... aí meu Deus! Vocês...?

A voz de Joaquín me fez abrir os olhos. Automaticamente puxei o lençol para cobrir meu corpo, me sentindo completamente exposta e constrangida.

Raquel: - Acho que você já tem a resposta, não sei para quê, diabos, pergunta. - resmungou, voltando ao seu humor habitualmente péssimo.

Joaquín: - Grossa, - murmurou, mas Raquel o interrompeu.

Raquel: - Continua, o que você veio falar?

Joaquín: - Homens atacaram a favela por ordens de Shō. Agora está uma zona, tem muita coisa pegando fogo e pessoas correndo desesperadas por todos os lados.

Raquel: - Puta que pariu, eu não tenho um dia de paz. Vai tirando meu carro da garagem, já estou a caminho. - Ela se levantou da cama de um salto, puxando o roupão para cobrir seu corpo.

Eu me sentei na beira da cama, puxando o lençol para me cobrir. Raquel se aproximou de mim, seus dedos tocando meu rosto com delicadeza.

Raquel: - Vou resolver isso e volto para você o mais rápido possível. - Ela me deu um beijo rápido.

Levantei da cama e caminhei até a janela, observando a movimentação lá fora. O jardineiro cuidava das flores. O céu estava nublado.

Caminhei até o banheiro e parei de frente ao espelho. Arregalei os olhos com a visão que me encarava de volta. Minha barriga estava cheia de marcas vermelhas que estavam começando a arroxear, meus seios sensíveis e levemente marcados, minha bunda cheia de arranhões ardentes.

"Meu Deus, o que Raquel fez comigo?"

Não me segurei e comecei a rir pelo meu estado. Desse jeito, não tinha água que daria conta de fazer gelo suficiente. E pedir pomadas para Angelina seria muito constrangedor.

Decidi tomar um banho, a água quente relaxou meu corpo dolorido. Fechei os olhos, deixando a água escorrer pelo meu rosto, relaxando os músculos da minha nuca. Deixei minha mente vagar enquanto a lembrança do calor do sexo com Raquel ainda ecoava em meus pensamentos.

Quando senti meus dedos enrugarem, percebi que já era hora de sair. Me enrolei na toalha branca e coloquei outra menor no cabelo úmido para evitar molhar o chão. Angelina iria pirar se visse isso acontecer.

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