SEDUÇÃO - RAPHAEL VEIGA

026. Eu prometo.

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RAPHAEL VEIGA

Depois que Bruna vai embora, Alana e Mari entraram pra dentro, Alana coloca Mari sentada no sofá. Mari está com duas chiquinhas no cabelo, com presilha de laços e um coração no meio, uma blusa de panda, uma jaqueta, uma calça de moletom, e um tênis, ela balança as perninhas enquanto vê desenho no celular de Alana.

Meu coração aperta só de saber que eu nunca vou poder ter filhos de sangue. Meu olhos enchem de lágrimas. Alana olha para mim, vem até mim e me abraça, eu retribuo o abraço, fecho meus olhos, apoio meu rosto em seu ombro e choro. Choro igual um desgraçado, o que é um peido pra quem já tá cagado?

- Tá tudo bem Rapha, você vai passar por essa. - Alana fala com sua voz tranquila, pera aí, como ela sabe?

- Alana? - Contenho um pouco o choro, e olho pra ela. - Como você sabe?

- Bem... Sua cunhada me ligou, pedindo pra mim conversar com você um pouco, aí ela me contou. - Ela me olha com aqueles pequenos olhos azuis, que em outra pessoa seria fácil de decifrar quais são os sentimentos, mas ela não... - Rapha, que tal uma festa do pijama? - Ela faz uma pausa e eu volto a realidade. - Pra você esquecer um pouco disso.

- Acho uma ótima ideia. - Ela abre um sorriso, e olhamos para Mari que automaticamente pula do sofá, vai até a bolsa dela e tira um pijama de ursinhos de dentro. - Ah eu quero um desse também. - Mari faz um biquinho e faz não com o dedinho.

- Não não, só eu e a mamãe podemos.

- Aé? - Começo a correr atrás dela pela casa, ela grita por socorro, da risada, eu e Alana rimos junto.

"QUEBRA DE TEMPO"

Alana volta com Mari, as duas vestindo um conjunto de pijama de ursinhos rosas, elas estão muito bonitas com esse pijama, elas sorriem enquanto se sentam na cama.

- E ai, o que a pequena vai querer ver? - Mari se ajeita no meio de mim e da Alana.

- Enrolados. - Mari disparam.

- É o nosso filme favorito de mãe e filha. - Sorrio, e só de pensar que eu não posso ter um filme favorito de pai e filho meus olhos enchem de lágrimas. - Rapha não fica assim. - Mari olha pra mim, se levanta na cama, sobe em cima de mim, me abraça e apoia a cabeça no meu ombro.

- Tá tudo bem tio Rapha.

- Obrigada princesa. - Faço carinho nas costas da menina.

- Se você quiser, eu posso ser sua filha. - Eu e Alana soltamos uma gargalhada ao ouvir a fala de Mari. - Eu tô falando sério, quero ser sua filha. - Mari levanta a cabeça e olha pra Alana. - Eu posso ser filha do Tio Rapha mamãe. - Alana sorri.

- Fica a vontade. - Alana da uma gargalhada.

- EBAAAA. - A Menina solta esse grito de alegria, e eu começo a rir descontroladamente. - Agora eu sou sua filha também.

- Beleza então, tenho que passar meu sobrenome pra você então. - Mari faz sim com a cabeça, e eu sorrio pra pequena. - Agora vamos ver o filme.

Ela desce do meu colo, senta no seu lugar, come um pouco da pipoca que eu tinha preparado, eu ligo a TV e coloco o filme. É tão bom ter companhia, eu estou sempre tão sozinho aqui no apartamento. Mari fica com a mãozinha na minha. Ela é a criança mais fofa que eu conheço, Alana soube educar ela muito bem.

Depois de um tempo, Alana acaba adormendo e Mari pega as maquiagens dela escondidas, vem até mim, e a gente começa a brincar de maquiagem, ela fica sentada no meu colo passando sombra ROSA no meu olho.

- Tá ficando bonito? - Tento abrir o olho.

- Não abre o olho. - Mari dispara, e eu mantenho meus olhos fechados. - Tá lindo. - Sorrio. - Agora é o batom.

Eu abro os olhos, Mari pega um batom vermelho. SOCORRO DEUS. Ela começa a passar na minha boca com a maior felicidade, e derrepente...

- O que vocês dois estão aprontando? - Olhamos pra Alana que está com cara de brava.

- Tô maquiando o pai. - Mari fala, meu coração quebra, Alana olha pra mim preocupada.

- Filha... - Alana pega Mari do meu colo e coloca ela sentada em seu colo. - O Rapha é seu titio, não seu papai.

- Mas eu quero ele como papai, não meu pai de verdade. - Mari faz bico. Antes que Alana fale alguma coisa, eu me intrometo.

- Por favor Alana. - Faço uma pausa. - Eu preciso disso. Preciso ser chamado de pai. - Alana olha para mim, com um pouco de pena.

- Tudo bem Rapha... Só não confunde as coisas entre eu e você por causa disso. Por favor. - Dou um sorriso fraco ao ver o rosto de felicidade de Mari.

- Eu Prometo.

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AUTORA: Gente que capítulo fofo. Mari uma peça kkk Espero que tenham gostado. E a, guardem essa última fala do Rapha. Votem e comentem bastante. Precisa ser com essa música 🫶🏻😶‍🌫️