𝓐 𝓬𝓪ç𝓪𝓭𝓪 𝓶𝓸𝓻𝓽𝓪𝓵

02: Não era verdade?

A luz do dia clareou o pequeno quarto pela janela de madeira. Olhei para o meu lado Hellen ainda dormia como um bebê antes mesmo que ela acordasse eu levantei tinha que falar com ele. Ele deveria saber, ele tinha que saber!

Pessoas normais iria fazer sua rotina de higiene pela manhã, mas eu não poderia mais esperar. James trabalhava em uma fazenda não muito longe daqui e eu tinha que chegar lá antes dele sair.

Calcei minhas botas o mais rápido que conseguir deveria arrumar o cabelo ou trocar de roupa mas eu não queria chegar lá e ele já ter ido. Não iria aguentar esperar até ele voltar, que era só a tardinha.

Abrir a porta e sair a fechando devagar não queria acordá-lá. Segui o pequeno corredor e desci as escadas tentando não fazer barulho. Olhei para o andar de baixo vendo se Benjamin o dono do Saloon estava. E pra minha felicidade não. Então desci às pressas.

Olhei para trás assim que passei da porta, não tinha ninguém então continuei a andar pela rua de SMILLICK. Todos olharam para mim _ devia está se perguntando de onde eu sair. Eu estava ainda de pijama, era um vestido branco de mangas longas, não era transparente, mas chamava atenção ainda mais dos homens. Me xinguei mentalmente por não ter trocado de roupa, mas não importava eu já estava no meio do caminho. Aceno para algumas mulheres e sorriu simpática algumas retribui outras juntas as sobrancelhas confusa.

Subo os dois degraus da casa de James e bato na porta, mas não abriu. E continuou a bater sem parar. A porta se abriu e para minha tristeza não era o James e sim o irmão mais novo dele.

Garth olhou para mim, e fez uma expressão confusa. Eu acho.

_ o que devo a visita da srta First? Perguntou e sorriu de lado

_ cadê James!? Ele cruzou os braços e abriu mais o sorriso.

_ eu meio que estou confuso agora _ seu olhar percorreu o meu corpo mas parou em meu rosto _ você saiu da taverna? Que eu saiba meu irmão não passou a noite por lá

O olho incrédula para ele, que riu da minha expressão, dei um passo em sua direção. Ele não se mexeu ficou parado na onde estava.

_ olha para mim eu tenho cara que frequenta aquilo!

_ Não sei, você poderia me dizer? Inclinou o corpo em minha direção.

Aperto as duas mãos em punhos, tento me controlar, não queria fazer um escândalo na frente da casa dos Garner's então suspirei.

_ cadê o seu irmão Garth? Tento falar em um tom mais calmo.

_ nos fundos _ respondeu sem fazer uma das suas brincadeirinhas sem graça.

Então dei para os fundos com passos largos. Escutei o cavalo relincha ele já deveria está quase indo. Então apressei.

E lá estava James pegando algumas cordas no pequeno celeiro.

_ James! O chamo, trazendo toda sua atenção para mim. Seus olhos estreitaram em mim, sua expressão era indecifrável. Me aproximei aos poucos passando pela enorme porta do celeiro _ preciso te falar algo

Sua boca abrir mais não saiu nada, poderia ser um: O que?

_ eu vi algo ontem a noite _ ele pisca os olhos algumas vezes parecia que estava em transe ele franziu a testa tentando entender o que eu havia dito antes.

_ era alguém James! Ele continua com a mesma expressão _ e matou uma mulher _ falo tão rápido que não sei se ele havia entendido. Olho para os lados, vai que aquilo que eu vi ontem aparecesse e eu seria a próxima!

_ Você deve ter visto coisa, Bárbara _ diz e volta sua atenção para o que fazia. Não falei nada. E aproximei mais entrando no pequeno celeiro, olho para o seu cavalo que tentou sair andando mais o mesmo volta para o mesmo canto.

_ James eu vi…eu vi ele ou ela estava tudo no preto e _ suspiro fundo para falar _ e matou aquela mulher James!

_ você bebeu demais Bárbara viu coisas _ falou sem olhar para mim. E isso me irritava muito.

_ sim eu bebi mas não muito você viu! Altero a voz ele parar o que estava fazendo e se vira para mim. _ eu vi algo James, e eu estou quase enlouquecendo _ olho para cima e suspiro jogando os braços para os lados.

Ele deveria já ter percebido.

_ Bárbara, não foi nada _ suas mãos vieram para o meu rosto trazendo meu olhar para o seu  _ você bebeu e viu algo que não era verdade _ faço uma expressão triste. Eu não estava mentindo e também não poderia ser bebida Hellen também viu, mas ela nem lembrará hoje. E se ela lembra! Eu preciso perguntar para ela. Eu não posso ser a única que viu eu vou parecer uma louca por conta isso? _ agora volte para o Saloon e troque de roupa.

_ James eu vi… ele me interrompeu

_ você viu algo que não aconteceu _ isso fazia sentido _ foi sua imaginação só isso _ ele retirou suas mãos de meu rosto mas ainda continua no mesmo lugar.

_ Eu vou perguntar para os outros vai que eles viram algo ou escutaram _ eu não iria desistir.

_ Não! Ele quase gritou _ não é uma boa conta isso _ seu tom voltou ao normal _ eles irão achar que você é um pouco louca _ suas mãos vieram para os meus ombros. Desci meu olhar para baixo. Até ele está achando que estou endoidando.

_ Você acha? Olho por cima dos cílios, ele balançou a cabeça para os lados.

_ Não, nunca _ negou com a cabeça, fazendo seu colar aparecer, era um verde esmeralda tão lindo e atraente que fazia eu hipnotizar _ agora me prometa que não irá contar para ninguém o que você viu? _ olho para ele, e com alguns segundos pensando assenti.

_ prometo _ ele sorriu e depositou um beijo em minha testa.

_ agora tenho que ir _ se afastou de mim ainda com o sorriso no rosto.

_ Tchau _ falo assim que vi ele subir no cavalo. Ele balança a cabeça em um gesto de despedida.

Vejo o mesmo sumir pelo o deserto de SMILLICK. E respiro fundo voltando para o Saloon.

A volta para o Saloon demorou muito, nem tão longe era. Eu estava desapontada comigo mesma, será que tudo o que eu vi não passou de uma imaginação por causa do álcool? Eu não sabia mais e aquilo estava me matando. Fujo dos meus pensamentos assim que escuto uma voz doce de criança me chamar me viro para trás vendo uma garotinha de cabelos loiros longos correndo em minha direção.

_ tia Bárbara! Dizia correndo até para em minha frente, abrir um sorriso para a garota que sorria para mim e abriu os braços. Agachei para abraça-lá.

_ oi pequena Layla _ falo ainda no abraço.

Layla Hardin, uma menina de oito anos que eu cuidava desde quando era uma bebê. Ela sempre me chamava de tia, e dizia para mim que eu iria casar com seu irmão mais velho, Barry. Um rapaz alto cabelos loiros batendo no ombro sempre sorrindo e uma boa pessoa _ às vezes chato mas um bom rapaz _ 

_ dormiu fora, Bárbara? Desvio meu olhar de Layla, para cima. E lá estava Barry com um sorrisinho de sempre  no rosto, reviro os olhos.

_ Nem comece _ digo, eu conhecia muito bem ele e suas brincadeirinhas. Ele levanta as mãos em defesa, retirando um pequeno sorriso de mim.

_ bora Layla _ a chamo levantando e vejo seus pulos de alegria que era contagiante.

_ o que iremos fazer hoje tia Bárbara? Antes que eu respondesse ela se virou _ tchau Barry! Gritou para o irmão que ainda estava parado no mesmo lugar olhando para nós, balançou a mão assim como a irmã. Sorri para ele e seguimos para o Saloon.

[...]