Vou ter um infarto.
Consigo sentir meu pobre coração bater desesperadamente e tenho certeza de que Ares também sente. Ele ainda está colado em mim, o calor que emana de seu corpo aquecendo minhas costas. Sua mão está no meu quadril, e o nervosismo faz meus músculos se tensionarem e minha respiração acelerar.
Você me deve uma… As palavras de Ares ecoam em minha mente. Só eu mesma para ficar na cama com ele depois de tê-lo deixado daquele jeito na boate.
O hálito quente de Ares toca a lateral do meu pescoço, e arrepios percorrerem minha pele. Lentamente, a mão dele sobe por cima do meu vestido até chegar às minhas costelas. Paro de respirar. A mão para abaixo do meu seio esquerdo.
— Seu coração vai sair pela boca. — A voz dele é um sussurro em meu ouvido.
Umedeço os lábios.
— Deve ser o álcool.
Ares roça os lábios na minha orelha.
— Não é, não.
Ele começa a dar beijos molhados em meu pescoço, subindo para lamber o lóbulo da orelha. Sinto minhas pernas enfraqueceram com essa sensação numa parte tão sensível do meu corpo.
— Gostou?
A pergunta me deixa confusa.
— Do quê?
— De me deixar duro.
Essas palavras indecentes me tiram o fôlego, e para enfatizar o que estava falando, a mão de Ares desce do meu peito até o quadril e ele me aperta. É quando sinto a ereção proeminente através da calça, tocando a parte inferior das minhas costas. Sei que deveria me afastar, mas sua língua me lambe, seus lábios me sugam, seus dentes mordem a pele do meu pescoço e me deixam louca.
Não caia no jogo dele, Raquel.
— Eu sei que você só quer se vingar — murmuro, pensando que talvez isso faça ele se dar por vencido.
— Me vingar?
Ele sorri, a mão subindo até meus peitos mais uma vez, só que agora Ares os massageia descaradamente. Tremo nos braços dele, é a primeira vez que um cara me toca assim.
— É, eu sei que é isso que você quer — digo, mordendo o lábio para conter um gemido.
— Não é isso que eu quero.
— Então o que é?
Sua mão deixa meu peito e desce, os dedos traçando minha barriga por cima do vestido. Levo um susto quando a mão dele toca minha virilha.
— É isso que eu quero.
Ok, isso explica tudo.
Ares segura a barra do meu vestido e a desliza para cima em uma velocidade dolorosamente lenta. Meu coração já sofreu dois infartos, mas continuo viva. Não faço ideia de por que estou deixando ele me tocar assim. Ou melhor, talvez eu saiba, já que sempre me senti atraída por ele de uma forma inexplicável.
Solto um leve murmúrio de negação quando Ares coloca a mão por baixo do vestido, seus dedos se movendo para cima e para baixo por cima da minha calcinha. A tortura lenta continua enquanto, inconscientemente, começo a mover meu quadril em direção a ele, querendo senti-lo por inteiro me pressionando.
Ares grunhe baixinho, e é o som mais sexy que já ouvi.
— Raquel, consigo sentir você molhada pela calcinha. — A forma como ele diz meu nome faz a pressão na minha barriga aumentar.