Estou perdida.
No instante em que nossas bocas se tocam e uma corrente de emoções deixa todo o meu corpo eletrizado, me dou conta de que não tenho cura, não tenho salvação e tampouco sei se quero. Já não posso voltar atrás.
Estou perdidamente apaixonada por Ares Hidalgo.
O que começou como uma obsessão nem um pouco saudável acabou se transformando num sentimento tão forte que mal consigo suportar. Ele me desestabiliza, me faz perder o controle, desperta em mim sensações que jamais pensei experimentar. O que sinto por ele me deixa tão exposta, vulnerável, uma presa fácil… e me assusta.
Ares me beija suavemente, e esse ritmo me permite sentir com detalhes cada toque de nossos lábios úmidos e ansiosos. Ponho as mãos ao redor do seu pescoço e o puxo para perto. Seu peitoral nu encosta em mim e, embora eu esteja com a camisa dele, consigo sentir o calor emanando de sua pele. Ele intensifica o beijo, acelerando a boca sobre a minha e me deixando sem fôlego. Meu Deus, como ele beija bem!
Nossos movimentos fazem a toalha se soltar da cintura de Ares, e eu não reclamo. Sinto o quanto está duro junto à minha coxa, pois ele levantou minha saia até quase tirá-la.
Ares passa os dedos pela parte de trás da minha perna, acariciando com delicadeza, e quando chega à minha cintura, me aperta com desejo.
Ele se afasta por um instante, me encarando.
— Eu te desejo tanto, Raquel… E eu te amo.
Mas não digo isso, apenas sorrio e acaricio seu rosto.
Ele me beija de novo, desta vez num ritmo selvagem, brutal, implacável, aqueles beijos apaixonados de que me lembro tão bem e que me deixam louca. Minhas mãos sobem e eu agarro os cabelos dele enquanto meu corpo começa a arder. Ares se afasta novamente da minha boca e vai dando beijos e mordidas no meu pescoço.
Definitivamente, esse é meu ponto fraco.
Arqueio o corpo, soltando um suspiro. A mão dele desliza por dentro da minha camisa, e seus dedos ágeis se movem pelos meus peitos, apertando-os e acariciando-os, o que me leva à loucura. Arfando, deixo escapar um gemido quando sua mão explora o interior da minha saia. Estou sem calcinha, então o contato é direto.
Na cama, Ares interrompe o ataque ao meu pescoço e ergue o rosto para me olhar enquanto enfia o dedo em mim.
— Ai, meu Deus! — exclamo, fechando os olhos.
Quero senti-lo dentro de mim, não consigo esperar mais.
Ares me puxa pelos calcanhares até que minhas pernas fiquem para fora da cama, mas eu continuo deitada.
Eu me abro para Ares, que observa cada detalhe do meu corpo, a luxúria vibrando em seus olhos lindos. Ele roça seu membro entre minhas pernas. Estou molhada e solto um gemido suave, esperando a sensação que nunca chega.
Olho suplicante para ele.
— Ares, por favor.
Ele abre um sorriso malicioso.
— O que você quer?
Não respondo, e ele se inclina sobre mim para me beijar cheio de paixão. Roça o membro duro em mim outra vez, provocando-me, mas nunca me preenchendo como eu quero.
Interrompo o beijo.
— Por favor, Ares.
— Quer que eu te coma? — sussurra em meu ouvido com tesão.
Faço que sim com a cabeça, mas ele não reage.
Decidida, eu o empurro pelos ombros e o jogo na cama.