Suor…
Margaritas…
Risadas…
Música…
Essa combinação tomou conta da noite, e eu nunca pensei que poderia suar tanto assim, mas pelo visto é o que acontece quando se dança no meio de muita gente.
Prendo o cabelo enquanto procuro um lugar para me sentar à mesa. Àquela altura, todos já estão alegres, beberam demais para restar alguém sóbrio.
Já estou um pouco tonta, então paro de beber. Marco aparece, e os olhos dele encontram os meus.
— Por que você não dança comigo, Raquel?
Meu olhar vai até Ares, que está conversando com os amigos, mas ainda assim fica me lançando olhares com certa frequência. Ares e eu estamos em um momento muito delicado. Embora ache que ele tem que lutar para merecer meu coração, não quero tomar nenhuma atitude que leve a um mal-entendido ou a situações desconfortáveis. Além do mais, Marco não tem sido tão legal comigo.
Marco espera a resposta, e eu fecho a cara.
— Valeu, não é minha praia dançar com gente amargurada.
Marco não responde nada, apenas pega seu copo e sem tirar os olhos de mim, toma um longo gole.
Gregory levanta a mão para me dar um high-five.
— O que vai fazer no Halloween? Tem planos?
— Na verdade, não, ainda faltam duas semanas.
— Acho que a gente vai a uma festa na cidade, provavelmente você vai junto.
Ares não disse nada a respeito.
— Pode ser.
Gregory suspira.
— Acha que eu deveria ser um vampiro ou um policial sexy?
Começo a gargalhar.
Por que duas opções tão diferentes?
Gregory dá um soquinho de leve no meu ombro.
— É sério, preciso de uma opinião feminina.
— Hum… — Olho para ele e imagino as duas fantasias. — Acho que você daria um vampiro muito sexy.
— Sabia! — Ele parece orgulhoso, e eu dou um sorriso.
Sinto alguém me olhando e procuro ao redor. Andrea está me fuzilando com o olhar.
— Sua namorada não parece muito feliz — comento e bebo um gole da minha margarita.
Gregory olha para ela rapidamente.
— Ela não é minha namorada.
Não respondo, não quero parecer intrometida, mas Gregory continua:
— Eu gostava muito dela, mas… — A expressão dele se torna melancólica. — Ela é igual às amigas dela.
— Como assim?
— Todos os caras nessa mesa são de famílias ricas. — Meus olhos passam por cada um deles: Ares, Zahid, Óscar, Luis, Marco, e por último, Gregory. — Eles são a futura geração de gestores e CEOs de grandes empresas e corporações.
— Ah.
Gregory aponta para vários homens com roupas escuras ao redor do bar.
— Tá vendo esses caras? — Faço que sim com a cabeça.
— São guarda-costas. Mesmo que pareça, nunca estamos sozinhos.
Mas o que isso tem a ver com Andrea?