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Eu: O que você quer comer?

Thayla: Qualquer coisa, o que você quer?

Eu: Eu quero comer você -digo sendo óbvio e ela me olha espantada com tanta naturalidade- pizza?

Thayla: Por que você não cozinha?

Eu: Você jura? Eu não sei, eu só sei me virar pra sobreviver quando fico sozinho

Thayla: Nossa, que negação!

Eu: Faz você então, uma janta pra gente!

Thayla: Você não está merecendo, pode pedir qualquer coisa

Eu: Pizza? -ela assentiu e eu dei meu celular para que ela escolhesse os sabores- Quer tomar um vinho?

Thayla: Vai me embebedar pra me comer?

Eu: Só se você quiser! -nós rimos-

Seguimos para a cozinha, peguei duas taças e abri o vinho que tinha colocado pra gelar mais cedo. Ela se sentou e eu fiz questão de me sentar de frente pra ela.

Eu: Posso te fazer uma pergunta?

Thayla: Duas né, porque a primeira você acabou de fazer

Eu: Sempre afiadinha, nossa! -ela deu um sorrisinho sem mostrar os dentes- Por que me odeia tanto?

Thayla: Eu não te odeio! -ela deu de ombros-

Eu: Como não? Olha como me trata! Vou reformular a pergunta então. Por que você não gosta de mim?

Thayla: Eu gosto do Gabigol, gosto pra caralho inclusive. Eu só não gosto desse teu jeito Gabriel ignorante, broncudo, marrento e debochado.

Eu: Nossa, vai com calma! -nós rimos- Até que não tá tão ruim, pelo jeito que me trata, pensei que me odiasse muito.

Thayla: Eu não te trato mal, eu te trato normal.

Eu: Porra, esse é teu normal? Puta que pariu. Por que nunca me disse que pelo menos gostava do Gabigol jogador?

Thayla: Porque você nunca perguntou! Cara, eu já me meti em várias brigas nesses estádios da vida, por sua causa! -ela sorri e dá um gole no vinho-

Eu: Por minha causa?

Thayla: Sim, odiava vê alguém falando mal de você, ainda mais na fase atual, onde sabemos que não é uma das melhores

Eu: Uau, não sabia que tinha uma defensora na arquibancada!

Thayla: Teu mal é o deboche, tá vendo! -rimos- Agora sou eu quem quero perguntar! -assenti- Por que você teve a ideia tosca desse contrato?

Eu: No início era porque eu queria transar com você mesmo -respirei fundo- mas agora, eu estou gostando de ter você comigo, digo profissionalmente...

Thayla: Mesmo você me chamando pra trabalhar e não tendo absolutamente nada pra eu fazer? -ela me interrompe-

Eu: Confesso que errei, reconheço. Perdão!

O interfone tocou e era o entregador, peguei as pizzas e levei pra cozinha. Começamos a comer e ainda assim a conversa continuou.

Thayla: E depois que conseguisse me levar pra cama, o que você faria com o contrato?

Eu: Nada ué, ia continuar rolando! Mas enfim, esquece isso, eu já desisti e não tenho orgulho quando lembro que você foi obrigada a assinar.

Thayla: Desistiu de?

Eu: Ficar em cima de você Thayla! Eu não sou filha da puta ao ponto de ficar atrás e fissurado em uma pessoa que eu sei que não tem interesse, pô. Você nunca me disse que não queria, pelo contrário, todas as vezes que eu perguntei, você nunca respondeu. Mas, pra um bom entendedor não precisa de muito

Thayla: Entendi! -ficamos em silêncio por um tempo e ela continuou- Eu nunca disse não porque eu estaria mentido, te acho sim atraente, te acho lindo, estiloso, talvez gostoso...

Eu: Talvez gostoso? -interrompo ela- Olha meu porte! -me gabo e nós rimos-

Thayla: Não posso falar que é uma coisa que não tenho certeza! -nossos olhos se encontram e a gente se encara- Eu iria ceder, até porque eu tive vontade, mas logo você veio com aquela merda de contrato e eu fiquei possessa de raiva Gabriel

Eu: Esquece o contrato e me perdoa por isso?

Thayla: Tudo bem! -ela desvia o olhar-

Eu: Da boca pra fora?

Thayla: Se você ficar perguntando muito eu vou lembrar e ficar com raiva de novo! -nós rimos-

Eu: Selamos a paz? -pergunto animado-

Thayla: Por enquanto, sim né!

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Temos um minuto de paz, será?

PREDESTINADOOnde histórias criam vida. Descubra agora