O pedido

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Eugene

Depois de escutar os pais de Rapunzel negando sua relação comigo, fico esperando ela voltar para seu quarto, mas não fiquei chocado, eu sabia que eles não aceitariam.

Eu te avisei ratinha.

Nenhum Reino quer um ladrão assassino como genro, como marido de suas filhas, como príncipe, como futuro Rei.

Depois que ela desapareceu aquele dia eu percebi o que estava acontecendo.

Os Reis vieram buscar ela.

Tive que fazer tudo desaparecer rápido, nao podia deixar vestígios para eles virem atrás de mim novamente.

Deixei apenas Pascal para trás porque sei que Rapunzel iria sofrer sozinha, ela ia precisar daquele lagarto, não podia desaparecer com ele.

E eu tinha razão.

Ele a confortou durante a noite anterior.

Eu entrei em seu quarto, deslizando meus dedos por seu cabelo, sentindo o cheiro de seu perfume conforme meu nariz tocou a pele suave de seu pescoço, sussurrando "vim te reivindicar" em sua orelha.

Seu corpo estremeceu com o meu toque, deixando visivel o arrepio, achei que a tinha acordado, mas ela continuou dormindo, parecia um anjo de tão linda que é.

Como a primeira vez que a vi, me lembro que pensei que tinha visto um anjo, seus cabelos brilhavam com uma cor que eu nunca tinha visto, e seus enormes olhos verdes demonstravam toda a sua doçura, uma criança linda que se tornou uma linda mulher.

Saí de seu quarto voltando a meu posto, tem uma passagem secreta por esse castelo que dá visão e acesso a todos os cômodos.

Apenas os Reis sabem, mais ninguém, mas eles nao usam, é para ser usado em caso de emergência, para sair do castelo no caso de eles perderem uma guerra, para conseguirem fugir.

Por isso, como nao esta havendo guerra nenhuma, apenas eu estou utilizando.

A porta se abre, Rapunzel entra, com a sua carinha triste, olhando para o relógio, está esperando a hora de me encontrar.

Também estou esperando, e enquanto ela caminha para seu espelho eu não posso fazer nada, além de esperar esse momento.

Ela está confusa, assustada e timida.

Ela não sabe que estou aqui, logo acima dela, ela não sabe que meus olhos estão sobre ela agora, ela não sabe que eu poderia correr para ela, pegar nela à força e foder ela contra o chão antes que ela sequer soubesse o que aconteceu.

Poder e controle são viciantes.

A hora está chegando, começo a respirar mais forte e aperto meus punhos ficando cada vez mais feroz.

Ela sai do quarto e eu vou direto para o local combinado por entre os túneis.

Chegando à biblioteca ela esta lá, me esperando.

Coloco meu capuz, e saio, deixando ela ver minha figura sombria, hoje coloquei a roupa toda de preto para esse momento.

-- Eugene... é você?

Ela tropeça em algo no chão, desviando o olhar para encontrar o seu apoio mas rapidamente volta a olhar para mim, que fico apenas enraizado em meu lugar, a observando.

-- Não vai me responder? -- ela pergunta recuando de frente para mim, com medo de me dar as costas.

Então eu dou um passo.

-- O que está fazendo? -- ela suga uma respiração curta.

Eu dou outro passo.

-- dando-lhe uma vantagem.

Rapunzel (+18)Onde histórias criam vida. Descubra agora