Capítulo 7

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No dia seguinte Lucas acordou com uma dor de cabeça horrível, se sentia péssimo, que tipo de pessoa fica bêbado com champanhe? Mas pelo que lembrava, não tinha bebido só champanhe. Ele se mexeu na cama, e percebeu que estava com a cabeça em algo que se mexia, e não era seu travesseiro, então se lembrou de Téo.

- Téo, eu já te disse para dormir na sua cama.

Mas ele se assustou quando olhou para frente da cama e viu o cachorro deitado na ponta. Só faltava essa, ele ter vindo para casa com qualquer homem, como já tinha acontecido algumas vezes. Precisava parar de beber.

Aos poucos ele foi levantando a cabeça, torcendo para que fosse qualquer pessoa, menos o Gregório.

Mas não era o Gregório, era o jogador que estava ali. O que o deixava ainda mais confuso.

Não e possível que ele tenha transado com o jogador, assustado ele levantou o lençol e respirou aliviado quando viu que ambos estavam ainda vestidos. Então eles só poderiam ter ficado bêbados demais e vindo para casa, apesar de que quem tinha bebido demais era apenas Lucas para afogar as magoas por ter encontrado com o ex que ainda mexia com ele.

Mexendo-se devagar ele se levantou da cama e fez sinal para que Téo o seguisse. O cachorro pulou todo serelepe e veio atrás do dono. Chegando à cozinha, Lucas pegou o saco de ração que deixava no armário e colocou para o cachorro que se sentou no chão e começou a comer enquanto abanava o rabo para o dono, que por sua vez pegou uma caneca, encheu de chá e se sentou na bancada tentando clarear as idéias. Então começou a falar baixinho para o cachorro como se o mesmo entendesse tudo o que ele dizia.

- Téo, ontem eu bebi demais, não me lembro de quase nada, eu sei que não transei com o jogador, mas isso não explica como fomos parar na minha cama juntos.

- Simples. Você estava caindo de bêbado, eu trouxe você para casa e te coloquei na cama, mas você por algum motivo que eu desconheço, não quis me soltar. Então eu tive que deitar com você e acabei dormindo também.

Lucas se engasgou com o chá e quase teve um infarto quando olhou para trás e viu o jogador parado na porta com os braços cruzados.

- Você quase me mata do coração.

- Não exagera, você vai ficar bem.

Diego se aproximou da bancada e se sentou de frente para Lucas.

- Se sente bem?

- Estou com uma dor de cabeça horrível.

- Normal, não devia misturar champanhe com uísque.

- Isso explica muita coisa, estava começando a sentir vergonha da possibilidade de ter ficado bêbado só com champanhe.

- Pra ser sincero, você já estava bem pra lá só com o champanhe.

- Dá pra você pelo menos fingir que não sou tão patético?

- Dá pra você fazer algo para comermos? To morrendo de fome. E depois de ontem, acho que mereço.

Lucas sorriu, nunca admitiria, mas ele merecia mesmo. Levantou-se e foi até o armário.

- Ovos com bacon e leite?

- Bem americano não acha?

- Dizem que um pouco de gordura faz bem de manhã para jogadores.

- Tem lido revistas esportivas?

- Não, meu pai me disse algo parecido uma vez.

- Ele está certo. Eu aceito.

Lucas começou a preparar, e minutos depois a cozinha se encheu com o cheiro de gordura do bacon. Ele fez um prato para cada e se sentou para que pudessem comer. Alguns minutos depois, Diego quebrou o silêncio.

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