Capítulo 11

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Lucas estava no sofá de sua sala assistindo um filme quando a campainha tocou, Téo começou a latir como se soubesse quem estava do outro lado e correu para arranhar a porta enquanto Lucas se levantava para abrir.

- Não sei porque esse fogo todo. Até parece que do outro lado tem o rei dos cachorros.

Ele riu sozinho da piada que fez e quando abriu a porta deu de cara com Diego segurando uma caixa de pizza.

- Boa noite. Estava passando por perto e pensei em te ver, então trouxe uma pizza.

- Passando por perto? Seu apartamento e quase do outro lado da cidade.

- Mas o estádio do palmeiras e perto, acabei de sair de um treino.

- Isso quer dizer que você está todo suado e cansado?

Diego entrou e se abaixou para fazer carinho em Téo.

- Suado não, porque tomei banho quando terminei o treino. Mas cansado sim.

Lucas fechou a porta e pegou a caixa de pizza indo em direção a cozinha, Diego pegou Téo no colo e o seguiu.

- Não sei se gosta, mas comprei de mussarela. E a minha preferida.

- Não e a minha preferida, mas eu gosto sim.

-Qual e a sua preferida?

- Calabresa.

Enquanto Lucas tirava um pedaço para comer, Diego se aproximou por trás dele e beijou seu pescoço.

- Pizza de calabresa não tem. Mas tem uma calabresa aqui prontinha pra você.

Lucas engasgou com a pizza.

- Porque você precisa fazer uma piada de duplo sentido com tudo?

- E que você me deixa assim, louco.

- Devo encarar como um elogio?

-Sim.

Lucas se virou e deu de cara com aqueles olhos lindos que a tempos o fazia se sentir a pessoa mais fraca do mundo. Era como mergulhar em um oceano sem bóia, e sem saber nadar. Diego sorriu.

- Um beijo pelos seus pensamentos.

- Estou me perguntando quando deixei isso acontecer.

- Isso o que?

- Isso que está acontecendo entre nós, e como se eu tivesse perdido o controle da minha vida.

- Se você quer saber, comigo não e diferente.

Diego pegou um pedaço de pizza e foi até o sofá, Téo se aproximou e colocou a cabeça em seu joelho, Lucas sorriu ao ver aquilo, o cachorro estava tão apegado ao jogador quanto ele.

- Téo gosta demais de você. Nunca tinha visto ele assim com outro cara.

- Sério? Também gosto muito desse carinha.

- Uma vez ele mordeu um ficante que eu trouxe aqui, morri de vergonha, nunca mais o cara me ligou.

- Agora eu gosto ainda mais dele.

Diego fez carinho em Téo. Lucas ficou olhando até que Diego percebeu que sua expressão tinha mudado.

- O que foi agora?

- Nada, só estou pensando em como estou feliz, e com medo ao mesmo tempo.

- Medo do que?

- De isso acabar do nada, de você mudar de idéia e descobrir que não me ama, que seja só uma fase.

Diego suspirou, não gostava daquelas conversas. Então se levantou e se ajoelhou em frente a Lucas ao mesmo tempo que tirava algo do pescoço.

- Isso é uma corrente, ganhei do meu pai quando eu tinha 12 anos, ele me disse que era para dar sorte em todos os meus jogos, e na vida também. Eu nunca perdi um jogo quando estava com ela, exceto um,que foi o único que não entrei com ela em campo.

- O que aconteceu?

- Eu tirei pra tomar banho e esqueci de colocar de novo, desde então eu não tiro ela mais, nem para tomar banho. Eu não acreditava muito nisso de amuleto da sorte, mas achei coincidência demais.

Ele se levantou um pouco e colocou a corrente no pescoço de Lucas.

- Ela e sua agora, encare como uma aliança, já que eu não posso usar uma, chamaria atenção demais.

- Eu não posso aceitar. E seu amuleto.

- Não, você e meu amuleto agora. Em todos os meus futuros jogos eu quero que você esteja na arquibancada, quando eu ver você eu vou ter certeza que vou ganhar, e mesmo nos que você não possa estar, eu vou lembrar de você, e ter a certeza que a maior sorte da minha vida e ter você nela.

Lucas já estava chorando.

- Eu também tenho medo Lucas, e eu sei que ainda vou te magoar porque eu sou um idiota como você já disse varias vezes, mas esse idiota aqui e um idiota um pouquinho melhor depois que te conheceu, porque ele nunca imaginou em toda vida que alguém seria capaz de mexer tanto com ele. Então, mesmo que eu não saiba o que faço, mesmo que você tenha medo que isso acabe, você precisa saber que todos os dias da minha vida eu estou levantando da minha cama com um enorme sorriso só por saber que tenho você nela.

Ele segurou a mão de Lucas e apertou com força.

- Eu juro, que depois que a copa do mundo passar, quando eu voltar campeão, eu vou assumir você, e não to nem ai se isso acabar com a minha carreira, se nunca mais eu entrar em campo como jogador, eu só quero você.

Lucas estava seco de tanto que chorou, parecia estar em um sonho.

- Não vai me dizer nada?

- Não sei o que dizer, e demais para mim.

- Olha, então consegui deixar um repórter sem palavras, isso e bom.

- Me beija logo seu idiota.

- Não precisa pedir duas vezes.

Os dois se beijaram com Téo correndo ao lado deles. O medo de Lucas diminui. Não tinha como permanecer igual depois daquela declaração. 

O Jogo Das Nossas Vidas!Onde histórias criam vida. Descubra agora