CAPÍTULO 04

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Potter se certificou de usar magia para garantir que ninguém ao redor pudesse vê-lo. Usando os feitiços certos, ele conseguiu tornar a casa inteira novamente e sem paredes faltando, o telhado foi consertado, a cozinha reparada com perfeição. Hermione com certeza ficaria orgulhosa. Na parte da limpeza ele decidiu não utilizar magia, fazer algo por si próprio seria algo para distrair sua mente.

Ao contrário do que Louise supôs, a biblioteca estava intacta. Não era algo imenso, afinal a casa não era uma mansão, era um cômodo simples como um quarto com várias prateleiras de livros e uma escrivaninha no centro. A parte mais difícil para ele, foi consertar o encanamento. De tudo que Potter poderia ter decidido não usar magia, ele escolheu logo o mais difícil.

— Uf... — ofegou ao ver que toda a casa estava limpa.

Um sorriso de satisfação surgiu em seu rosto, ele finalmente havia acabado de consertar a casa e agora só restava a decoração.

— Hm... — murmurou tocando o próprio rosto e se sentando no degrau da entrada.

Pedir ajuda a Hermione seria como um pedido de morte. Ron estava alertando há semanas de como a garota estava uma pilha de nervos. Ginny... Bom, digamos que ela não tinha o melhor senso de decoração e eles não estavam se falando muito bem.

"Você poderia pedir ajuda para o Malfoy" — a vozinha irritante em sua mente insistia.

Claro, Malfoy. Com certeza o loiro tinha um senso crítico impecável, mas Harry temia que sua casa se tornasse completamente obscura como era a mansão dos Malfoy.

Mas... Era Draco Malfoy. Um Ex-Comensal da Morte, o babaca Malfoy que passou anos implicando com ele e seus amigos, o imbecil supremacista que chamou Hermione de "sujeitinha de sangue-ruim". Ele continuava sendo o garoto que Harry detestou por seus longos anos de vida escolar.

— Pedir ajuda ao Malfoy? — ironizou se encostando na parede — Até parece.

ϟ

— Preciso da sua ajuda.

Draco lentamente ergueu os olhos do livro que estava em cima do balcão e observou o bruxo parado à sua frente. Harry estava com o cabelo grudado em sua testa, sua roupa estava levemente molhada e ele cheirava a produto de limpeza.

— Ahn... Oi?

— Oi — Harry apoiou as mãos no balcão — Me ajuda.

Os olhos cinzas de Draco encaravam os olhos verdes de Harry com diversão.

— Não...?

— Malfoy, é sério.

— Potter, você simplesmente acabou de surgir na minha loja me pedindo ajuda e nem me explicou sobre o que é. Como espera que eu te ajude? — perguntou — Aliás, por que você pediria a minha ajuda?

— Porque você é rico, mimado e tem um senso crítico muito bom.

— Obrigado?

— De nada. Me ajuda?

Draco fechou os olhos, passando a mão sobre o rosto e respirando fundo, mas se arrependendo em seguida já que Harry parecia ter tomado um banho de produtos químicos; ele espirrou assim que seu nariz inalou o cheiro de cloro.

— No que diabos você se meteu?

— Eu... Comprei uma casa.

— Aham...

— E eu não tenho a mínima ideia de como decorar ela — explicou, se debruçando no balcão. Draco fechou seu livro e se afastou levemente para não inalar o forte cheiro de cloro. — Você é a única pessoa que eu conheço vai saber como decora-la. E eu também quero comprar algumas flores para o jardim.

𝐅𝐋𝐎𝐖𝐄𝐑𝐒 - 𝑫𝒓𝒂𝒓𝒓𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora