O porão da casa onde ficava localizado a sala de poções de Draco era extremamente silencioso, para algum barulho interferir ali deveria ser muito alto, então era o melhor lugar para o rapaz ficar quando queria paz ou testar suas novas poções. O som suave da canção que vinha da vitrola ecoava pelo porão, deixando o bruxo relaxado e o fazia se concentrar em fazer sua nova poção.
— Papai...
Se o loiro não tivesse escutado os passos no porão, teria tido um sobressalto, mas ele já sabia que tinha companhia. Havia se passado 3 meses desde que as crianças de Eliza ficaram sob seus cuidados, a mulher havia feito um documento que deixava seus quatro filhos legalmente pelas leis do Ministério da Magia e pelas leis trouxas sob a tutela de Draco Lucius Malfoy, tomando-o o responsável legal por seus filhos em caso de ausência. Para os trouxas, Draco era um primo de segundo grau e para os bruxos o pai adotivo. Desde que isso aconteceu, as crianças começaram a chamá-lo de pai, não deixando Harry de fora, foi algo tão rápido e tão natural que os dois bruxos se surpreenderam.
— Sim, Nora?
A menina segurou na barra de sua calça e o olhou com aqueles olhos azuis escuros lípidos que pareciam ler a alma daqueles que ela olhasse.
— Posso ver?
— Quer me ver fazendo poções?
— Uhum.
Draco sorriu, pegando-na no colo e a colocando em cima da bancada, pedindo para ele segurar o livro em mãos, lendo a receita para ele. Harry descobriu que Nora sabia ler perfeitamente desde os seus quatro anos, ela sabia escrever até mesmo com letra cursiva, o que não era muito comum em crianças. Nathy não ficava atrás, o menino iria completar seis anos e já sabia ler, escrever, fazer cálculos e tinha uma fascinação por astrologia tendo decorado o nome de todos os planetas do sistema solar.
— Vai fazer o quê? — Nora perguntou com a voz baixa, quase inaudível.
— Uma poção regenerativa — Draco respondeu — Uma com potência máxima e simples de preparar.
— Regenerativa...? — perguntou com a voz lenta.
— Uma poção de cura.
— Ah...
Quando a poção finalmente ficou pronta após longos minutos, ele analisou o frasco e sorriu ao notar que estava da forma como desejou. Nora estava lendo a receita que o loiro havia criado com os olhos atentos. Draco percebeu que ela era bem introvertida e silenciosa, ao contrário do irmão mais velho, Nora preferia ficar quietinha em um canto isolado brincando ou sentada no jardim ao lado do loiro, observando as flores e insetos.
— Vamos? — Draco perguntou, pegando ela no colo — Está na hora de você ir para a escola.
Um estrondo alto fez os dois terem um sobressalto. O loiro rapidamente abriu a porta e correu em direção a sala vendo uma grande fumaça ao redor dela. Vindo da lareira para ser mais específico, talvez Harry tivesse explodido algo lá de dentro, mas sua preocupação aumentou assim que se lembrou da muda de flores que plantou em um vaso em cima da lareira, um punhado de flores do mundo bico que Harry havia comprado para ele, eram Rosas Botões de Pérola vindas diretamente da escola de magia francesa, Beauxbatons.
— HARRY JAMES POTTER, AS MINHAS FLORES! — Draco gritou deixando Nora no chão e correndo até a ladeira, espantando a fumaça e pulando o marido que estava encolhido próximo a poltrona — SE AS MINHAS FLORES ESTIVEREM MORTAS, EU TE MATO!
— NÃO FUI EU! — ele berrou em defesa.
Draco analisou as flores com atenção, observando-a minuciosamente para ter certeza de que estavam bem, suspirando com alívio após notar que elas estavam bem. Assim que ele dissipou a fumaça, olhou em direção a lareira vendo que estava toda queimada como se tivessem explodido algo dentro dela.
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𝐅𝐋𝐎𝐖𝐄𝐑𝐒 - 𝑫𝒓𝒂𝒓𝒓𝒚
Fiksi Penggemar𝓕𝓵𝓸𝔀𝓮𝓻𝓼 "- O que...? - Draco olhou para o rapaz completamente ensopado e parado à frente de sua porta com um buquê de flores em sua mão. - O que diabos você está pensando nessa sua cabeça oca para ficar nessa chuva?! - Preciso de você - ele s...