𝐅𝐋𝐎𝐖𝐄𝐑𝐒 - 𝑫𝒓𝒂𝒓𝒓𝒚

CAPÍTULO 44

Finalmente o dia em que eles voltariam para casa chegou e nada poderia deixá-los mais ansiosos. Harry havia dado um jeito de convencer Draco a comprar mais presentes para o Natal no Beco Diagonal, certo, ele estava nervoso demais e queria que tudo fosse perfeito no primeiro feriado que passaria em sua casa.

— O que você está procurando? — perguntou ao ver Draco observando as vitrines das lojas.

O loiro havia entregado várias sacolas para Harry desde que começaram a comprar os presentes para seus filhos, mas estava um pouco frustrado por não achar algo que interessasse um dos seus filhos.

— Procurando o presente para Nathy.

— Que tal a loja dos Weasley?

Draco soltou um suspiro cansado e assentiu. Enquanto caminhavam em direção a loja dos gêmeos Weasley, ele sentia os olhares sobre eles e os sussurros irritantes. Desde que a matéria sobre ele foi lançada, parecia que o mundo bruxo estava o aceitando aos poucos, o que era bom para não só ele era bom para as crianças que não iriam sofrer as consequências dos seus atos.

Não precisou nem mesmo dar três passos dentro da loja para que os gêmeos Weasley gritassem por eles.

— Harry, Draco!

Draco conteu a vontade de bufar e ficou em silêncio ao lado de Harry vendo ele abraçar os gêmeos com um sorriso imenso no rosto. Com um sorriso minúsculo, ele estendeu a mão para cumprimentá-los um por vez e logo voltou a colocá-las atrás das costas.

— Vejo que voltaram da lua de mel bem rápido — Fred comentou — O que você acha, George?

— Eu acho que foi bem agitada, Fred.

O loiro suspirou e saiu de perto deles, começando a procurar algo interessante para Nico. Enquanto ele andava por toda a loja, Harry ficou para trás tendo que aguentar as piadinhas irritantes dos gêmeos.

— Oh, Harry — Molly chamou assim que o viu e o abraçou de maneira exagerada, movendo seu corpo de um lado para o outro — Que saudades!

Draco soltou um grunhido e se escondeu contra a prateleira mais afastada o possível deles para não ter que entrar em contato com a "Família Cabeças de Cenoura" e procurou com mais afinco o que procurava.

"Só pode ser um castigo, meu Merlin!" — pensou.

Harry sorriu ao abraçar a mulher e conversou com ela em um tom animado que denunciava que ele não gostaria de terminar o assunto tão cedo.

— Me desculpe, Molly — Harry pediu após a mulher repreendê-lo por não levar as crianças até ela e por não convidá-la para o casamento dele — Mas é um pouco complicado. Tivemos muitos problemas, nosso casamento foi uma surpresa e não podia ter tantas pessoas, depois teve os Comensais e...

— Entendi — ele acenou com a mão — Mas e quanto as crianças? Poderia ter levado elas para a Toca.

— Lyanna ainda tem alguns traumas, ela raramente gosta de sair de casa e antes era pior, mas ela está se adaptando — explicou — Teddy é o mais complicado, ele odeia com todas as forças sair da sua zona de conforto e quando aos irmãos Müller... — ele apertou os lábios — Eu diria eles são exóticos e complicados.

Enquanto Harry enrolava Molly com sua conversa, Draco escolhia alguns livros e produtos que usaria para montar um kit para Nico, mesmo que estivesse quase se arrependendo de estar fazendo aquilo.

— Mas vocês virão no Natal, está tudo bem! — Molly acenou com a mão.

Harry franziu a testa e esfregou a nuca em confusão.