CAPÍTULO 31

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Draco jogou mais terra dentro do vaso e cobriu a samambaia com ela, tomando todo cuidado necessário para que a flor não morresse após a transferência. Ele sentia a magia dentro de si fluir melhor e se tornar mais equilibrada perto das flores e aquilo o tranquilizava.

— Draco, estou indo comprar tecidos para fazer os trajes do casamento de Theo — Narcisa avisou — Harry ainda não voltou do passeio com Teddy e Vulpecula?

— Ainda não, mãe — Draco respondeu, arrastando o vaso para longe — Talvez chegue daqui a pouco, se Teddy não implorou por chocolate no caminho.

— Fico impressionada com o quanto ele se parece com o Lupin — ela comentou — Já estou indo, se cuide.

Draco sorriu, fechando seus olhos ao sentir os lábios quentes da mãe em sua testa. Ele observou sua mãe sair da loja e logo se levantou do banco para lavar as mãos no tanque. O som da campainha tocando chamou sua atenção, rapidamente ele secou as mãos e correu para o balcão.

— Olá, em que eu poderia ajudar? — perguntou com um sorriso cordial, mas que logo se fechou ao ver a mulher de longos cabelos escuros se aproximando dele com uma expressão nada agradável — O que você...?

Ela deu uma risadinha, se apoiando na frente do balcão e deixando a marca negra em seu antebraço à mostra. Draco sentiu a sua marca doer com a presença da mulher à frente dele.

— Malfoy, certo? — perguntou — Acho que está a par das notícias — sussurrou — Temos grandes planos e você irá nos ajudar a tra-

— Não tenho interesse — ele cortou a fala da mulher — Esqueçam isso, ele morreu há anos — falou — Eu não quero ter contato com o Lorde das Trevas ou com os Comensais outra vez, me deixem em paz.

— Ora, ora... — ela riu apoiando o rosto na mão — Viver com os trouxas amoleceu seu coração? — perguntou se aproximando mais — Sabe, tem uma pessoa que sente muito sua falta... — fez um biquinho — Ele está ali fora, esperando o momento certo para te fazer se lembrar dos seus deveres.

Draco manteve seu rosto sem expressão, tentando não mostrar seu pânico somente com a menção de Fenrir Grayback estar tão próximo. Quando a mulher estendeu a mão para tocar o rosto de Draco, foi completamente bloqueada por uma barreira que queimou sua mão e seu pulso, um grito alto ecoou da mulher que se afastou dele segurando o braço.

— EU VOU TE MATAR, SEU PIRRALHO MALDITO! — gritou, puxando a varinha e apontando para Draco que nem ao menos se moveu — Eu tentei, tentei te fazer vir para o lado certo, mas já que não quer... — riu apontando a varinha — AVA-

Suas palavras foram cortadas ao ver uma serpente de metal saltar do pescoço do garoto e se enrolar em sua mão, quebrando seu pulso. Outro grito saiu de sua boca, ela caiu ajoelhada no chão quando a cobra deslizou até seu pescoço e o apertou com força. Draco deslizou com graça para fora do balcão, ficando agachado à frente da mulher que ele nem mesmo sabia o nome.

— Achou que eu estaria indefeso? — perguntou observando a mulher — Sabe, essa cobra foi um presente do meu namorado — contou — Que isso sirva como um aviso para você e seus amiguinhos, não venham atrás de mim nunca mais.

Draco estendeu a mão para cobra de prata que deslizou do pescoço da mulher para sua mão e braço. A mulher correu para fora da loja praguejando, mas com um olhar aterrizando. Malfoy suspirou, se encostando no balcão e sentindo a cobra deslizar de volta para o medalhão, ficando minúscula outra vez.

— Que merda! — xingou, quase chorando.

ϟ

Harry entrou em pânico ao escutar o que o namorado lhe contou. Ele verificou cada milímetro do corpo de Draco em busca de um único machucado e só ficou mais calmo quando o loiro beijou seus lábios, assegurando que estava tudo bem.

𝐅𝐋𝐎𝐖𝐄𝐑𝐒 - 𝑫𝒓𝒂𝒓𝒓𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora