CAPÍTULO 47

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ALGUNS ANOS DEPOIS...

04/07/2005
VERÃO
RYE.

Era fascinante a capacidade de Harry Potter em causar picos de estresse no próprio marido sempre que conseguia. O pobre Draco Malfoy sofria um susto a cada ano que se passava graças ao seu excelentíssimo marido. No ano anterior, de alguma forma, Harry conseguiu explodir uma sala exclusiva para DCAT com os alunos da Grifinória e Sonserina, quase matando a diretora e o próprio marido de preocupação.

Desta vez, ele decidiu desaparecer com Ronald Weasley deixando apenas um bilhete que dizia:

"Amor, estou indo em uma missão na Índia.
Volto amanhã,
Com carinho, Harry Malfoy."

Aquela era uma bela tentativa de amansar o marido, sempre que tentava deixar o rapaz mais calmo, utilizava o sobrenome "Malfoy" em algum momento, mas já não funcionava mais.

— Relaxa, papai — Nora bocejou enquanto virava a página de seu livro e espreguiçava as pernas — Ele deve estar bem.

— É, se tivesse acontecido alguma coisa ele já teria surgido aqui do nada todo ferrado — Nathy falou — ele vai aparecer logo.

— Para onde ele foi dessa vez? — Vulpecula perguntou, surgindo da cozinha com uma maçã em uma mão e segurando a mão de Teddy com a outra.

— Índia.

— O que diabos ele foi fazer na Índia? — Lyanna perguntou.

— É isso que eu estou tentando descobrir.

Gemma observou o padrinho andar de um lado para o outro com o telefone no ouvido e virou em direção a Lyanna que deu de ombros, se sentando ao lado da garota para analisar a discussão que viria. Como se já não bastasse o pai em completo desespero, lá estava Blaise Zabini com Rose no colo deixando xingamentos na caixa postal do marido.

— Coloque isso, Teddy — Vulpecula pegou um protetor de ouvido, colocando na cabeça do irmão — barulho, tem muito barulho.

O garotinho sorriu para ela e se sentou no chão à sua frente, ao lado de Nico, que estava entediado demais para tentar fazer alguma bagunça.

— Harry James Potter Malfoy — Draco falou ao ser atendido — Onde caralhos você está?! — ele esperou um pouco até que viesse uma resposta — Não... Harry... Não! Eu não quero saber. Harry, poderia ter sido Marlin te implorando, você não deveria ter ido nessa porcaria de missão! — gritou — Vem para casa agora — ordenou e revirou os olhos ao escutar a resposta do marido.

Lyanna encostou a cabeça no ombro de Nora e leu junto da irmã o capítulo do livro que a mesma estava, não se preocupando muito com a discussão.

— EU QUERO QUE O MINISTÉRIO SE FODA E QUE VOCÊ VENHA PARA CASA IMEDIATAMENTE! — berrou no auto falante do microfone — PODE SER TER SIDO PEDIDO DO MINISTÉRIO, DE MERLIN, DE GANESHA OU ATÉ DO GODRIC GRYFFINDOR, OU VOCÊ APARECE NESSA NESSA CASA IMEDIATAMENTE OU VOCÊ NEM PRECISA MAIS VOLTAR! ESTÁ ME OUVINDO HARRY JAMES POTTER?!

Gemma lixou as unhas soltando pequenos risonhos enquanto via o padrinho berrado no telefone.

Draco jogou o celular no sofá e se sentou em sua poltrona, esfregando a testa ao sentir uma pontada de dor penetrar em sua cabeça, fechando os olhos e respirando fundo ele tentou manter seu corpo em calma, tentando não surtar de preocupação. Segundo Harry, ele e Rony foram convocados para uma missão pelo chefe dos aurores após algum incidente na Índia.

— Noah, meu filho — ele chamou, ainda sem abrir os olhos — não mexa com Severus, sabe que ele não gosta que puxem a calda dele.

Noah obediente se afastou do gatinho preto que dormia confortavelmente em sua almofada e caminhou em direção ao pai, batendo a mão em sua coxa e pedindo colo para ele assim que teve os olhos prateados do mesmo em si. Draco sorriu, pegando o garotinho no colo e deixando se encostar em seu peito. Teddy fez um biquinho enciumado, se levantando de onde estava e se sentando na perna esquerda de Draco, encostando-se nele também, inalando o cheiro doce e cítrico vindo dele.

𝐅𝐋𝐎𝐖𝐄𝐑𝐒 - 𝑫𝒓𝒂𝒓𝒓𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora