CAPÍTULO 43

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Algo que Draco achou adorável, é o fascínio de Harry com a fotografia e a estranha obsessão em registrar cada momento entre eles. Haviam se passado apenas alguns meses que a câmera mágica do loiro foi parar nas mãos do marido e eles já tinham três álbuns de fotos repletas de fotografias de momentos que o rapaz achava necessário serem gravados. E agora ele estava usando Draco como seu modelo perfeito para suas fotos, a qualquer movimento ou mudança de ponto turístico eram milhares de fotos sendo tiradas.

Estendendo sua mão, Draco Malfoy tocou o rosto do marido ao notar que seu cabelos cacheados estavam atrapalhando sua visão, ele sorriu enquanto amarrava os cabelos de Harry de uma forma que não deixaria os cachos desmancharem. Aproveitando a distração do moreno, ele roubou um selinho estalado causando um riso no mais novo.

— Como acha que eles estão lidando com as crianças? — Harry perguntou, observando a câmera de fotos em sua mão — Até agora não recebemos nem uma única ligação deles, espero que esteja tudo bem.

O loiro cantarolou baixinho, entrelaçando seu braço ao do marido enquanto caminhavam pelas ruas frias de Granada, na Espanha. Não estava nevando, mas ainda era frio o suficiente para que eles estivessem agasalhados adequadamente. Claro que o Malfoy precisou escolher a roupa de Harry a dedo, evitando que o marido saísse com uma roupa que faria os olhos dos espanhóis sangrarem. Harry estava vestido com calças pretas quentes, um suéter preto de gola alta por baixo de um casaco marrom escuro, um par de coturnos confortáveis e um cachecol vermelho que foi sua única exigência.

— Eles estão bem — Draco tranquilizou enquanto ajustava sua boina preta, impedindo que ela voasse com o vento — As crianças são calmas, não costumam dar trabalho.

Harry olhou para o rapaz ao seu lado, observando suas vestes escuras que eram sempre elegantes e adorando como o preto dava um contraste perfeito com sua pele pálida e olhos cinzas. Draco usava calças pretas com um cinto de fivela de prata em formato de serpente, uma blusa de gola alta preta e um sobretudo também preto cobrindo seu corpo, seu de um cachecol verde esmeralda que sempre estava com ele e coturnos de couro que deixavam ele levemente mais alto. Seu cabelo estava solto, fazendo ele cair em seus ombros em uma altura que lembrava um pouco seu antigo professor de poções, uma boina preta estava em sua cabeça e luvas de couro em sua mão protegendo-as do frio.

Um riso fraco escapou do rapaz ao notar que se Draco deixasse o cabelo crescer mais um pouco e usasse uma bengala com uma serpente na ponta, seria a cópia exata de Lucius Malfoy.

— O que foi?

— Nada.

— Harry...

— É só que você lembra muito o seu pai — contou — Sabe, com essas roupas escuras e o cabelo solto, só falta uma bengala com serpente. Acha que eu devo te dar uma de presente?

— Eu quebraria ela na sua cabeça.

Harry riu, abraçando os ombros do marido enquanto caminhavam em direção ao mercado natalino para comprar os presentes de Natal.

— Bom, não vejo problema em ser parecido com o meu pai fisicamente — Draco encostou sua cabeça no ombro do marido — Ele era bonito, todos os Malfoy são conhecidos por serem bonitos, assim como os Black.

— Deve ser por isso que sua beleza se assemelha a de um ser divino.

Por alguns instantes o rapaz ficou sem fala, ele soltou um riso baixo e deixou que a vermelhidão tomasse seu rosto.

— Ele foi um bom pai para você, não foi?

— Foi sim — Draco assentiu — Durante anos ele foi um ótimo pai, mas depois de Azkaban eu quase não o reconhecia mais. Quando ele morreu, admito que foi bem doloroso e eu não tinha a minha mãe para ficar ao meu lado durante o luto, então eu tive que lidar com aquilo sozinho. Lucius pode ter errado com muitas coisas, mas ele não errou como pai, Harry.

𝐅𝐋𝐎𝐖𝐄𝐑𝐒 - 𝑫𝒓𝒂𝒓𝒓𝒚Onde histórias criam vida. Descubra agora