Quando Draco despertou minimamente, ele pode escutar o som fraco da chuva do lado de fora da casa. Ele não sentia sua típica dor de cabeça após o ataque de pânico, não sentia seu corpo dolorido e não sentia a maldita marca negra ardendo. Tudo que Draco Malfoy sentia era um calor aconchegante em suas costas e ao seu redor. Os lençóis pareciam mais confortáveis do que nunca, instintivamente ele se envolveu nesse calor ainda mais.
O loiro despertou quase por completo quando percebeu que esse calor estava vindo de alguém agarrado a si e que o cheiro era extremamente conhecido, sendo esse cheiro adorável uma de suas maiores obsessões.
Com cuidado, ele se levantou da cama. Mesmo que Harry estivesse o agarrando como se fosse seu ursinho de pelúcia favorito. Draco deixou o travesseiro entre seus braços, vendo-o se agarrar a ele e se aconchegar na cama. Suas mãos longas e pálidas tocaram os cabelos escuros de Harry, apreciando a imagem tão idealizada por ele em sua frente.
"Lindo..." — pensou.
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O loiro conteve um grito de dor ao derramar gotas do óleo — que ele manteve escondido atrás do espelho em um alojamento que nem mesmo sua — em sua pele, fazendo a marca negra fumegar. Ele respirou fundo e conteve as lágrimas, deixando a marca perder um pouco da cor e logo espalhou uma pasta por cima da marca, enfaixando-a com gaze.
Quando terminou de enfaixar o braço, ele guardou todo o material e saiu do banheiro, notando que Harry ainda dormia profundamente. Mas não poderia culpá-lo, eram 8 horas da manhã em um dia de sábado. Antes de sair de seu quarto, Draco foi até o moreno e cobriu seu corpo que estava exposto pela falta de roupa.
Quando chegou à cozinha, podia ver um bilhete deixado em cima da mesa.
"Bom dia, querido!
Como de costume, deixei o café da manhã pronto e irei passar o dia e tarde com as senhoras Backer e Smith.
Espero que tenham um dia divertido e não se matem."
Felizmente sua mãe era bem sociável, então rapidamente conseguiu fazer amizade com duas das vizinhas e mesmo com os ideais que foram impostos nela desde sua criança, Narcissa mantinha uma amizade respeitosa com as duas mulheres. Em dias de sábado, ela passa o dia inteiro com as senhoras tomando café da manhã em uma lanchonete, almoçando em um restaurante, tomando chá da tarde na casa da Sra. Backer e finalizando o dia em um bar.
Draco se sentia feliz por sua mãe estar tão feliz, mesmo em um local que não a pertencia.
— Bom dia... — Harry entrou na cozinha bocejando e causando um sobressalto no loiro ao encostar a cabeça em suas costas. Potter piscou algumas vezes antes de estender a mão e pegar caneca com café das mãos de Draco. — Você viu meus óculos? — perguntou, apalpando a cadeira e se sentando nela — Não estou enxergando nada...
— Estava em cima do seu colchão, Potter.
— Ah... — ele bocejou novamente — eu não iria ver de qualquer forma — explicou, bebendo o líquido amargo na caneca.
— Eu vou buscar para você.
Harry estava tão sonolento e aéreo que nem percebeu quando o amigo saiu e voltou. Ele somente ergueu o olhar ao sentir os dedos frios de Draco tocando seu queixo e colocando os óculos em seu rosto. E céus, aquela era uma ótima visão para um dia de sábado.
Os cabelos loiros de Draco estavam levemente bagunçados, ele usava um suéter cinza e calças de pijama da mesma cor. Seus olhos estavam opacos como sempre, mas ele tinha um sorriso tão suave e quase imperceptível, mas era lindo.
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𝐅𝐋𝐎𝐖𝐄𝐑𝐒 - 𝑫𝒓𝒂𝒓𝒓𝒚
Fanfiction𝓕𝓵𝓸𝔀𝓮𝓻𝓼 "- O que...? - Draco olhou para o rapaz completamente ensopado e parado à frente de sua porta com um buquê de flores em sua mão. - O que diabos você está pensando nessa sua cabeça oca para ficar nessa chuva?! - Preciso de você - ele s...