𝐅𝐋𝐎𝐖𝐄𝐑𝐒 - 𝑫𝒓𝒂𝒓𝒓𝒚

CAPÍTULO 08

Draco se enrolou no cobertor felpudo preto e verde enquanto observava o lado de fora da casa de Potter. Ele até poderia tentar ir embora, mas o dono da casa o impedia sempre que tentava colocar os pés para fora de casa. Soltando um longo suspiro, ele desceu o olhar para seu livro que havia pegado da pequena biblioteca de Harry.

— Sobre o que é esse livro? — Harry perguntou, estendendo a caneca de porcelana preta com uma cobra estampada em sua direção.

— Plantas mágicas extintas — Draco resumiu, olhando para o chocolate quente dentro da caneca e em seguida observou o objeto — Essa caneca não é muito...

— Sonserina? — Harry completou com um riso, mostrando uma caneca branca com um leão estampado nela — Eu sei, comprei ela para você.

Os olhos de Draco observaram o moreno por um bom tempo tentando achar alguma brincadeira do grifinorio, mas não achou. Draco decidiu ficar calado e não comentar nada sobre o fato de Harry Potter estar comprando coisas especialmente para, como se fossem casados.

Harry se sentou ao lado do sonserino no chão e se encostou em seu ombro para poder ver o que ele lia. Ele via imagens de flores estranhas, plantas e raízes que nunca jamais viu nos livros e herbologia em Hogwarts. Quando começou a se sentir entediado, ele escutou um murmúrio animado do loiro ao seu lado e viu ele abrindo uma página específica.

— O que foi? — Harry perguntou.

— Flores da Lua — Draco explicou deslizando os dedos pela imagem de uma planta no livro — São minhas favoritas.

— Mas se estão nesse livro, elas estão extintas, não é?

— Sim — Draco assentiu — Elas eram... — ele se interrompeu — Esquece, vou começar a falar e falar até ficar entediante.

Harry puxou uma almofada do sofá e deixou no colo de Draco, deitando a cabeça no lugar.

— O que está fazendo, Potter?!

— Me conte — pediu olhando nos olhos do rapaz — Me conte sobre elas.

— Tem certeza que aguenta me escutar falando por vários minutos, Potter?

Harry sorriu, estendendo a mão e movendo uma mecha loira do rosto de Draco.

— Claro.

Draco revirou os olhos pelo convencimento de Harry. Ele deixou o livro no chão e levou a mão até a orelha de Harry, acariciando-a em um costume que o moreno percebeu que ele tinha.

— As Flores da Lua nascem da Árvore da Lua — contou — É uma árvore de tronco levemente fino, madeira resiste e longa. As árvores não são necessariamente altas, as folhas costumam ser verdes durante o dia e durante a noite quando tem a luz da lua sobre elas, ficam azuladas e brilhantes. Suas flores nascem em tons prateados e azulados brilhantes, se forem criadas em casa elas nascem no formato das flores favoritas do seu dono ou de quem as cultiva. Mas normalmente possuem o formato de uma rosa, lírio ou algumas flores pequenas e brilhantes com várias pétalas.

Draco abaixou o olhar para ter certeza de que Harry estava ouvindo, vendo os olhos verdes e penetrantes observando-o.

— Elas são uma fonte de magia, eram usadas em poções e remédios curativos para bruxos. Como eu disse, ela era uma fonte de magia e isso causou sua extinção no mundo bruxo. Desmataram dezenas de árvores para extrair suas flores, a madeira era resistente e forte, então era vendida a um preço exorbitante e as folhas eram utilizadas para preparar um elixir. Muitos bruxos comerciantes ficaram ricos com elas e quando entraram em extinção já não faziam tanta falta.

— Mas você disse que são suas favoritas...

Draco deslizou o polegar pela ponta da orelha de Harry e massageou, fazendo ele suspirar baixinho em apreciação.