Me chamo Theo. Faz mais ou menos dois meses que minha mãe morreu e, desde então, não tenho sentido vontade de fazer absolutamente nada! De vez em quando saio com alguns amigos, já que eles insistem muito, porque segundo eles não faz bem ficar o dia todo trancado no quarto.Moramos eu e meu pai. Ele é uma pessoa e um pai maravilhoso, que sempre está por perto para saber se estou bem. Sempre fui próximo dos meus pais e quando minha mãe morreu, eu e meu pai acabamos ficando ainda mais. Meu pai toma conta da empresa dele e vai quase todos os dias para o escritório. Às vezes, ele trabalha de casa para poder ficar mais perto de mim e ver se não estou tendo nenhuma crise de ansiedade, que desde o ocorrido com minha mãe ficaram bem recorrentes.
Hoje começam as minhas aulas, graças a Deus último ano do ensino médio. Porém, como hoje é o primeiro dia, pedi para o meu pai para ficar em casa, e no momento estou na minha cama. Acabei acordando cedo, são seis horas da manhã de uma segunda-feira, e eu pretendo passar o dia inteiro deitado na minha cama, pelo menos era o que eu queria até ver meu pai entrando pela porta.
— Bom dia, filhão. Conseguiu dormir?
— Bom dia, pai. Dormi sim.
— Que bom, filho. É... a gente precisa conversar.
— Pai, eu acabei de acordar, tem que ser agora?
— Tem!
— Tá bom — falei me sentando na cama de cara fechada.
— Não faz essa cara.
— É a única que eu tenho.
— Theo, desde que sua mãe morreu você só vive trancado nesse quarto. É muito raro ver você saindo de casa com seus amigos, e eu estou ficando preocupado.
— Pai, eu não quero falar da mamãe agora.
— Tudo bem, não vamos falar dela porque eu sei que não é fácil. Mas você vai para a escola hoje. Pensei melhor e não vai ser bom para você ficar mais um dia nessa cama e trancado nesse quarto.
— Pai, você falou que eu podia ficar em casa hoje!
— É, falei. Mas mudei de ideia. Levanta, toma um banho que você está precisando, se arruma e desce. Tenho uma surpresa para você.
— Olha, primeiro não é meu aniversário, segundo eu não estou fedendo e terceiro, me deixa ficar, por favor. Eu faço o que você pedir, pai — falei quase implorando.
— Filho... eu já tenho tudo o que eu quero. Eu sou milionário — ele falou rindo e levantando da cama, indo para a porta.
— Levanta daí e se arruma — falou saindo do quarto de vez.Quando ele saiu do quarto, me deitei na cama, respirando fundo, sentindo uma vontade enorme de gritar de raiva. Logo em seguida, levantei da cama e fui para o banheiro. Tomei banho, escovei os dentes, me arrumei, peguei minha mochila que já estava até arrumada, o que me fez pensar: meu pai já tinha planejado essa traição há quanto tempo?
Desci para tomar café, e lá estava ele, sentado à mesa, mexendo no seu iPad.
— Viu, está bem melhor agora! Não acha? — ele perguntou, vendo eu me aproximar da mesa.
— Estaria melhor ainda se estivesse na minha cama.
— Para de reclamar e toma seu café.Olhei para ele com a cara fechada e comecei a por comida no prato, até ele me fazer uma pergunta.
— Você pretende continuar jogando este ano?
— Acho que sim. Vou tentar ocupar minha cabeça.
— Que bom, filho.Quando acabei meu café, meu pai começou a me levar para fora de casa para mostrar uma coisa, segundo ele, era uma surpresinha para mim. Eu não estava muito animado com isso, estava até meio entediado, quando meu pai abriu a porta de casa. A tal surpresinha que ele tinha era nada mais, nada menos, que um BMW preto na frente da casa, com um laço enorme vermelho. Eu travei na hora que vi.
— E aí, filho, gostou?
— Se eu gostei? Pai, isso é incrível! Ele é muito lindo, meu Deus, é para mim?
— Claro que é, filhão. Eu estava procurando um que você fosse gostar. Aí... — a fala do meu pai foi interrompida com um abraço muito forte que dei nele. Ele retribuiu o abraço. Depois de um tempo, nos afastamos, então perguntei.
— Eu posso ir com ele hoje para a escola?
— Claro que pode. Ele é seu. E, finalmente, vai poder tirar a poeira da carteira de motorista — ele falou rindo. Eu comecei a rir logo em seguida. Ele me ajudou a tirar o laço, me deu as chaves, dei outro abraço nele, entrei no carro e fui rumo à escola.Cheguei na escola, estacionei o carro e entrei. Fui à diretoria pegar meus horários e, logo em seguida, fui para o meu armário guardar o que não ia usar. Quando estava quase fechando o armário, senti alguém dar dois tapinhas no meu ombro. Quando virei, vi meu melhor amigo, Daniel.
— E aí, cara, beleza?
— Tô de boa. E você?
— Também. Vi você chegando naquele carrão. Você comprou um carro e nem me chamou para dar uma volta? Quando comprei o meu, eu te chamei — ele falou fingindo tristeza.
— Não fui eu que comprei. Meu pai me deu de presente hoje de manhã. Não tinha como te chamar para dar uma volta agora de manhã. A gente faz isso quando estivermos livres, pode ser?Pode, mano, de boa. Ficou sabendo que os treinos começam hoje?
— Não, não sabia.
— Vai jogar este ano? — Ele perguntou com um pouco de receio, já que ele sabe o que se passou comigo nos últimos meses. Conheço ele desde pequeno e minha mãe adorava ele.
— Vou. Estou precisando distrair minha cabeça.
— Beleza então.
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Já Posso Falar Que Te Amo?
RomantizmÉle não perder tempo e me beija era um beijo devagar só que ao mesmo tempo bem intenso ele explora minha boca com sua língua e faço o mesmo com a dele quando paramos o beijo ele tá com o negócio completamente duro e se já era grande normal imagina d...