Você nunca?

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Ele parou o carro na frente da minha casa, saiu e abriu a porta pra mim. Eu ainda estava um pouco bêbado, mas já estava andando de boa. Entramos e subimos para o quarto, ele ainda estava meio sério, porém começou a falar:

— Consegue tomar banho sozinho?

— Consigo.

— Já que você está em casa, eu vou indo.

— Mas...

— Mas o quê?

— Você perguntou se eu queria companhia, achei que ia dormir aqui comigo.

— Não sei se é uma boa ideia.

— Olha, eu já pedi desculpas por não ter avisado, e já está tarde para você ir para casa.

Ele pensou um pouco e resolveu aceitar. Fui tomar um banho e depois foi a vez dele, já que tinha saído da academia e foi direto me buscar. Ele saiu do banheiro só com uma cueca preta, secando o cabelo, jogou a toalha em uma cadeira do quarto, pegou o celular e deitou na cama.

— O que você está fazendo?

— Você me chamou para dormir, eu geralmente durmo pelado. Dormir com muita roupa me incomoda, mas se tiver algum problema, eu coloco de volta.

— Não, sem problemas, é que está frio aqui.

— Relaxa, estou de boa.

Apaguei as luzes pelo celular, fiquei de costas para ele e me cobri, e ele fez o mesmo. Eu estava com dificuldade para pegar no sono, já que estava tremendo por causa do frio, até que sinto o Douglas vir e me abraçar por trás, ficando de conchinha comigo.

— Tá fazendo oque?

— Você está tremendo de frio, assim você vai dormir melhor.

Ele passou um braço por cima da minha cintura, me levando para mais perto dele. Como eu era menor, me envolveu por inteiro, e ele estava tão quentinho que não falei mais nada, só fiz relaxar e acabei adormecendo nos braços dele.

Sinto algo incomodando nas minhas costas, mais especificamente na minha bunda. E um peso sobre mim, não era um peso ruim, era bem bom, por sinal. Alcanço meu celular e vejo que são dez da manhã. O Douglas se mexe,     prendendo ainda mais o meu corpo no dele, o que acaba fazendo minha bunda  esfregar no negócio dele. Resolvo sair da cama com calma para não assustar e nem acordá-lo. Tento me soltar dos seus braços, só que são bem fortes e acabo falhando. Então, infelizmente, tenho que fazer o que não queria: acordar ele. Com calma, começo a chamar seu nome.

— Douglas, ei, Douglas.

Escuto ele resmungar.

— Um...

— Tenho que levantar, tá ficando tarde.

— Tá bom, só mais cinco minutos. — Ele me aperta mais ainda sobre ele.

— Não dá e não fica me apertando assim. Seu pau tá duro. Você tem que me soltar.

Você me deixa assim, baixinho, você bem que podia dar uma forcinha, né, pra ajudar a baixar?"

— Idiota, vai me solta, tenho que tomar banho.

Me solto dele e vou para o banheiro. Ligo o chuveiro e a água começa a cair; a temperatura está meio morna, tá perfeita. Entro embaixo e começo a molhar meus cabelos. A água está tão boa que acabo fechando os olhos e relaxando. Só desperto quando sinto duas mãos na minha cintura, me fazendo virar e encarar a pessoa na minha frente.

— O que você tá fazendo? — Falo, morrendo de vergonha. — Você não tá vendo que tô pelado? — Me viro de costas de novo.

— Ué, eu vim tomar banho com você. E o que tem você tá pelado? Você tem a mesma coisa que eu aí, só não é do mesmo tamanho. — Ele fala, a última parte rindo.

— Não cansa de ser imbecil, não?

Falo, me virando de volta para ele. Douglas era bem mais alto que eu, tinha olhos escuros e era bem forte, bem diferente de mim. Fico olhando para ele sem falar absolutamente nada. Ele coloca uma das mãos na parede do meu lado, a outra segura meu queixo e me dá um selinho. Ele para e volta a olhar para mim, como se pedisse permissão para continuar. Eu apenas consentir, com a cabeça.

ele não perder tempo e me beija. Era um beijo devagar, só que ao mesmo tempo bem intenso. Ele explora minha boca com sua língua, e faço o mesmo com a dele. Quando separamos o beijo, ele tá com o negócio completamente duro. E se já era grande normal, imagina desse jeito. Era enorme Com uma cabeça grande e bem vermelha. ele volta a me  beijar só que dessa vez é no pescoço, fica alternando entre mordidas e beijos. Ele sobe até o meu ouvido e fala.

— Eu não aguento mais, ficar me controlando. Eu quero comer você agora.

Eu estava completamente travado, não sabia o que dizer.

— Douglas, eu... é...

— Você nunca...

— Não, nunca.

Baixei a cabeça, fiquei com vergonha de falar isso pra ele. Ele é todo experiente e eu nunca nem fiz nada.

— Ei, fica com vergonha não, tá tudo bem. Só me fala se você quer.

Eu realmente quero. Nunca tive problemas com minha sexualidade, me considerava hétero até ele aparecer. Porém, eu realmente tô gostando dele, então não tenho problema nenhum com isso.

— Eu quero — falei, beijando ele.

Já Posso Falar Que Te Amo?Onde histórias criam vida. Descubra agora