Abro os olhos, mas não consigo ver nada. O quarto está completamente escuro e não faço a mínima ideia de que horas são. Minha cabeça está doendo muito, mas, por sorte, não preciso ir à escola hoje. Quando temos um jogo no dia anterior, não é obrigatório ir à aula.
Pego meu celular em cima da mesa ao lado da cama e vejo que são 11:00 da manhã. Coloco-o de volta no mesmo lugar e viro para o outro lado, dando de cara com Douglas dormindo. Ele parece ainda estar em um sono profundo, então levanto da cama e vou tomar um banho e escovar os dentes.
Tomo um banho rápido, só para ver se passa um pouco a dor de cabeça. Escovo os dentes, coloco uma roupa e desço. Quando termino de descer as escadas, dou de cara com o Seu Alberto, que está sentado no sofá mexendo no notebook.
— Bom dia, pai.
— Bom dia, Theo. Dormiu bem? E o Douglas, onde está?
— Dormi sim, só estou com um pouco de dor de cabeça. Acho que exagerei um pouquinho ontem. O Douglas ficou dormindo lá em cima. Vou tomar café e levo para ele depois.
— Vocês dois estão namorando?
Meu pai pergunta olhando para mim, esperando uma resposta, e eu travo sem saber o que falar. Eu ia contar sobre o Douglas, só que não agora. Ele vê que eu não falo nada e então continua:
— Você sabe que eu não teria problema nenhum com isso, né? Só perguntei porque eu quero saber o que se passa na sua vida. Não todos os detalhes, pelo amor de Deus, só o que você quiser contar e que me deixe seguro de que você está bem.
Não que eu esperasse que ele fosse um pai preconceituoso, claro que não. Meu pai é uma das pessoas mais gentis do mundo, ele é incrível. Só fiquei surpreso com a pergunta.
— Não estamos namorando, Seu Alberto. Só estamos ficando e eu ia falar, só não agora, já que é novidade até para mim.
— O importante para mim é que você esteja feliz, filho. Você sabe que eu te amo.
— Valeu, pai. Também te amo.
Ele volta a atenção para o notebook e eu vou até a cozinha, tentando não surtar com essa conversa que veio do nada. Pego um remédio para dor de cabeça e tomo. Peço para a Suzana preparar uma bandeja com itens para o café da manhã do Douglas. Eu pego algumas coisas para mim e coloco em um prato.
Termino o café da manhã, agradeço a ela por ter preparado a bandeja e saio da cozinha segurando a mesma. Passo pela sala e meu pai não está mais lá, deve ter ido para o escritório. Subo as escadas, abro a porta do quarto e entro. Ponho a bandeja em cima da mesa ao lado da cama, abro as cortinas do quarto, deixando a luz entrar, e vou acordar o Douglas.
— Douglas, tá na hora de acordar — falo, e ele só resmunga, virando para o outro lado.
— Douglas, acorda, vai.
— Me deixa dormir só mais um pouquinho, vai — ele fala todo manhoso.
— Você já dormiu muito, agora é hora de acordar.
— Não quero.
— Não quer?
— Não.
— Nem se eu fizer isso? — Falo, deixando um beijo em sua bochecha.
— Ainda não me convenceu.
— E agora? — Dou dois beijos em seu pescoço, fazendo-o abrir os olhos de vez.
— Tá bom, agora me convenceu.
Eu dou um sorriso para ele e o vejo sentar na cama, coçando os olhos.
— Eu trouxe café para você. Não sabia do que você gostava, então pedi para colocar um pouco de tudo: bolo, torrada, pães, morangos, melão, suco e café.
Falo, colocando a bandeja perto dele.
— Obrigado, amor.
Ele pega a bandeja, coloca no colo e começa a comer.
— Meu pai me perguntou se estamos namorando — falo, olhando para ele.
— E o que você falou? — Ele me pergunta de boca cheia, olhando para mim.
— Falei que não, que estamos só ficando.
— Por enquanto — ele me olha com um olhar convencido.
Ele termina de comer, levanta da cama e vai para o banheiro. Deve ter ido tomar um banho. Fico mexendo no celular, sentado na minha cama esperando, até que escuto a porta do banheiro se abrir. Quando levanto o olhar para encará-lo, vejo que ele está pelado e com a toalha pendurada sobre os ombros, segurando-a com as mãos. Ele vem em direção à cama como se nada tivesse acontecendo.
O Douglas é bem musculoso, alto e cheio de tatuagens, o que o deixa ainda mais gostoso do que já é. Ele percebe que estou olhando para ele e fala:
— O que foi? Por que está me olhando assim?
— Porque você sai pelado do banheiro? Devia se enrolar na toalha.
— Ué? Não tem nada aqui que você já não tenha visto. Você estava me chupando ontem, tá com vergonha agora, por quê?
— Fala baixo, não estamos sozinhos, e eu não estou com vergonha, só não estou acostumado.
— Falando em chupar, você não quer dar uma mamada aqui, não?
— Douglas, meu pai tá em casa. Para com isso — falo, olhando de cara feia para ele.
— Desculpa aí, baixinho, não queria te irritar, era brincadeira — ele falou sorrindo.
— Sem graça.
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Já Posso Falar Que Te Amo?
RomanceÉle não perder tempo e me beija era um beijo devagar só que ao mesmo tempo bem intenso ele explora minha boca com sua língua e faço o mesmo com a dele quando paramos o beijo ele tá com o negócio completamente duro e se já era grande normal imagina d...