QUER NAMORAR COMIGO?

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Quando olho pra ele, quase esqueço que estou chateado. O Douglas tava o homem mais lindo do mundo, estava bem arrumado e com seu perfume maravilhoso exalando; dava pra sentir, mesmo não estando tão perto. Por um ou dez segundos, fiquei completamente perdido nele, porém a raiva volta quando lembro que ele sumiu.

— Você sumiu! — falo, fechando a porta do carro e continuo encarando ele, esperando uma resposta ou uma explicação.

— Desculpa, eu não sumi de propósito; ontem eu tava muito ocupado na academia e também teve uma coisa que tive que fazer.

— E não podia ter respondido à mensagem?

— Me desculpa.

— Tá.

— Eu tô perguntando se vc me desculpa, é vc fala "tá"?

— O que você quer que eu faça? Você não me deve explicações; já falei isso pra você.

— E eu já te falei que quero explicar tudo pra você sempre, não fica com raiva de mim.

— Não tô com raiva, só tô cansado e quero ir pra casa. — falo, abrindo a porta do carro.

— Me deixa levar você em um lugar; se você não gostar, te levo pra casa.

Abaixo a cabeça e vejo meu pai sentado no banco do motorista, mexendo no celular; ele nem me olha e só fala:

— Você que sabe, se quiser ir pra casa, eu te levo, mas acho que devia ir com ele. Douglas é um bom rapaz.

Olho pro banco por alguns segundos, fecho a porta do carona e abro a de trás, onde tá minha bolsa; pego meu celular, que tava dentro; fecho a bolsa e dou tchau pro meu pai, e logo em seguida. Ele sai com o carro, nos deixando sozinhos.

— Vc me deixou preocupado; não faz mais isso.

— Prometo pra você que não faço mais. Vem, vamos pro meu carro.

Ele vem até mim e me dá um abraço.

— Jogou muito bem hoje, baixinho!

— Eu sei — falo, tentando manter minha voz de sério. Porém, perco totalmente essa pose de durão quando Douglas se afasta um pouco do abraço e me dá um beijo. Quando ele me beija desse jeito, eu fico todo molinho, e ele sabe disso. Paramos de nos beijar; ele me da um selinho e segura minha mão me levando até o carro dele, que tava perto dali.

Douglas destranca o mesmo, e entramos; ele liga o carro e sai do estacionamento.

— E que outra coisa era essa que vc tava fazendo?

— Você vai saber, já-já!

— Pra onde tá me levando?

— Você vai saber daqui a pouco; relaxa!

Ele fala com um sorriso no rosto. Me acamodo no banco, ficando confortável. Não sei pra onde ele tá me levando; é um lugar meio longe acho que faz uns quarenta minutos que estamos dentro do carro. Estamos passando por vários hotéis enormes e muito bonitos.

— Tá perto? Pergunto ansioso.

— Tá sim, é logo ali na frente.

Depois de uns cinco minutos, ele para na porta de um hotel bem grande; devia ser bem caro. Saímos do carro, e logo veio um cara pegar a chave pra estacionar; agora tenho certeza que é caro.

Passamos pela porta do hotel, e a recepção era enorme e muito bem decorada. Tava olhando a decoração quando escuto Douglas falar:

— Me espera aqui.

Não dá tempo de responder; assim que fala, ele sai e vai até a recepção do hotel; e depois de um minuto, volta com um cartão de quarto de hotel na mão.

— Vem! — Douglas fala, segurando minha mão; então, só faço ir com ele até o elevador. Quando o elevador se abre, entramos; Douglas digita alguma coisa tipo uma senha e aperta o botão do último andar.

— O que tem no último?

— A cobertura.

— É sua?

— O hotel é meu.

Olho pra ele, um pouco surpreso; nunca imaginei que ele fosse dono de um hotel.

— Você tem um hotel e nunca falou nada?

— Não venho muito aqui; é o gerente que toma conta; confio muito nele.

— Entendi... Por que a gente tá aqui?

— É surpresa, Baixinho! Calma, que você vai ver.

A porta se abriu; saímos do elevador. Só havia um apartamento nesse andar, e era o dele. Douglas me deu o cartão de acesso para abrir a porta; então, assim fiz. Passei o cartão no leitor, e ele ficou verde. Coloquei a mão na maçaneta da porta e abri.

Quando abri a porta, vi as luzes já acesas e percebi que o apartamento era enorme, muito grande mesmo. Ele entrou atrás de mim, fechou a porta e colocou as coisas dele na estante ao lado da porta. Fui até lá e fiz o mesmo, deixando a chave do lugar lá e meu celular também.

— Era essa a surpresa? — falei com um sorriso, porque realmente o apartamento dele era muito bonito.

— Não — respondeu.

Ele ficou atrás de mim e falou:

— Tenho que por isso nos seus olhos, e você só pode tirar quando eu disser, tá bom?

Me virei na sua direção, olhei pra venda e depois pra ele:

— Não posso ficar sem? — perguntei, tentando fazer uma cara de inocente.

— Não — ele falou, sorrindo.

— Tá bom, então.

Me virei de volta pra frente; ele colocou a venda nos meus olhos e amarrou atrás da cabeça.

— Vou guiar você até lá — ele disse.

Só fiz concordar com a cabeça. Ele me levou até o lugar que ele falou, e eu não consegui ver absolutamente nada. Me deixou parado em algum lugar e então escutei a sua voz:

— Pode tirar.

Quando desamarrei a venda e tirei dos meus olhos, minha única reação foi abrir a boca em forma de surpresa. Eu estava na área da piscina do apartamento; havia um deque de madeira e estava simplesmente cheio de velas e rosas vermelhas. Havia vasos com buquês de rosas vermelhas por toda parte; pétalas espalhadas pelo chão. Era em toda parte: uns no chão, outros em cima do deque, perto da piscina. A piscina tinha várias pétalas de rosas; era simplesmente a coisa mais linda do mundo, parecia uma floresta inteira de rosas vermelhas, e era tudo pra mim.

Quando eu me virei pra trás pra ver o Douglas, ele estava ajoelhado no chão com uma caixinha de alianças abertas na minha direção. E então ele perguntou:

— Quer namorar comigo?

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⏰ Última atualização: Jan 11 ⏰

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