— Você vem tomar banho? Douglas pergunta.
— Estou cansado, acho que não consigo ficar em pé.
Ele me pega no colo, estilo noiva, e me leva até o banheiro. Entramos no box, e ele me põe no chão. Ligo o chuveiro e deixo a água cair em cima de mim. Sinto Douglas se aproximar de mim, encostando sua barriga nas minhas costas, e beijar meus ombros.
— Você tá sentindo dor?
— Não, só estou cansado — falei, virando pra ele e sorrindo.
— Vamos terminar logo esse banho pra você poder dormir.
— Não vai dormir comigo?
— Não posso, eu não tava aqui quando seu pai foi dormir; ele vai achar estranho acordar e ver que estou aqui.
— Ele não vai achar estranho!
— Mas é melhor eu ir pra casa.
Amanhã, durmo com você — Tá?Terminamos o banho. Douglas vestiu as roupas dele; eu vesti uma cueca. Então, saímos do quarto e descemos as escadas. Abro a porta, e antes dele sair, me dá um beijo.
— Venho buscar você amanhã, tá bom?
— Certo.
Ele me dá outro beijo e vai embora. Eu fecho a porta, tranco e volto pro meu quarto, caindo na cama que ainda tem o cheiro dele, e pego no sono.
São seis e meia, e estou terminando de me arrumar pro evento que tenho essa noite o jantar/festa da empresa. Não estou muito animado; não sou fã de multidões e nem de lugares cheios. Estou um pouco nervoso.
Olho no espelho; esse terno que comprei é mesmo muito bonito. Termino de ajeitar ele e coloco a correntinha que comprei. Acabo de me arrumar, pego meu celular e desço pra sala pra esperar o Douglas. Sento no sofá e fico esperando.
Uns 10 minutos depois, escuto a campainha tocar. Levanto e vou até a porta, abrindo-a. Olho pra ele, que tá simplesmente o homem mais lindo do mundo, vestindo um terno preto que deve ser sob medida, pois ficou perfeito. Volto os meus olhos para os dele, que tá me analisando de cima abaixo. Abro espaço pra ele entrar, e assim ele faz.
— Oi — falo, já ficando com vergonha da forma que ele tá me olhando.
— Nossa...
— O que foi?
— Você tá muito lindo e muito gostoso usando essa roupa, caramba!
— Obrigado, você também tá muito bonito.
— Não vou poder tirar meus olhos de você pra nenhum filha da puta vir dar em cima do que é meu
Ele fala, passando uma das mãos pela minha cintura e aproximando nossos corpos. Ele me encara por alguns segundos e então me beija. É um beijo rápido, já que temos que ir, porém muito gostoso. Nos separamos e saímos de casa.
Entramos no carro e fomos até a empresa; a festa seria lá, já que eles têm um salão de festas próprio em um dos andares. Quando Douglas entrou na rua onde ficava a empresa, eu vi que na porta do local estava lotado de fotógrafos e jornalistas. Havia um tapete vermelho no meio e duas barras de ferro em cada lado. Os jornalistas e fotógrafos estavam atrás delas, deixando o acesso até a porta livre. Os carros paravam na frente do tapete; os convidados desciam, e logo um manobrista ficava responsável por tirar o veículo dali e estacionar.
Já sabia como tudo isso funcionava; já fui em vários eventos como esse antes da minha mãe morrer, e não estou nem um pouco afim de ter que passar por tudo isso. Como era o Douglas que tava dirigindo, só falei pra ele ir pro estacionamento privado, onde meu pai estaciona seu carro, e assim ele fez. Descemos do carro e seguimos para o elevador, subindo direto pro salão onde ia ser o evento.
As portas do elevador se abrem, saímos dele e andamos um pouco; logo, avisto meu pai e o Rodrigo, pai do Douglas. Não sabia que ele viria, porém é meio óbvio que meu pai chamaria ele. Fomos até onde estavam, quando parei ao lado do meu pai, falei:
— Lá em baixo tá uma loucura.
— Oi, filho! Até que fim chegou? Tava achando que não vinha mais. Você sabe como esses fotógrafos são, só faltam levar a alma da gente.
— Entrei pelo estacionamento privado; não tava muito afim das fotos.
— Você fez bem.
Douglas falou com o pai dele e logo o cumprimentei também. Ficamos jogando conversa fora uns minutos, e então um fotógrafo se aproxima, pedindo pra tirar fotos nossas. Como era só um e não um milhão, não vi problemas. Tiramos as fotos e então voltaram a conversar.
Até tentei entrar no assunto, só que realmente falar de negócios não é minha praia. Eu já tava ficando um pouco entediado; até o Douglas tava entretido no assunto. Como eu era o único que estava sobrando, falei:
— Vou até o bar; pessoal, tô ficando com sede
— Certo, filho.
Fui até o bar e me sentei em um dos bancos que tinham lá. Logo, o barman veio me atender, e pedi um coquetel de morango sem álcool; não tô muito afim de beber hoje. Uns 5 minutos depois, ele coloca a bebida na minha frente, e o agradeço. Bebo um pouco e vejo que tá muito bom. Dou outro gole na bebida e sinto alguém tocar meu ombro. Me viro e vejo que era o Douglas.
— Tudo bem? Você não voltou mais.
— Tô sim, desculpa; é que não é um dos meus assuntos favoritos, falei com um sorriso no rosto.
Ele senta ao meu lado e pede uma água ao barman.
Estava ficando tarde; já era umas nove e meia da noite. Meu pai já tinha feito o discurso de agradecimento aos colaboradores e convidados por ter comparecido. A comida já tinha sido servida, e aos poucos, uns e outros já iam embora. Ainda tava sentado com o Douglas no bar, estávamos conversando alguns assuntos aleatórios, quando vejo um amigo do meu pai se aproximando e logo vem me cumprimentar:
— Oi, Theo! Quanto tempo! Tudo bem?
— Tô bem, sim, e o senhor?
— Tá tudo bem também. Quando soube da morte da sua mãe, fiquei triste. Ela era uma pessoa incrível, e da forma que foi... foi bem inesperado, né? Sinto muito. Foi bom rever você; só passei aqui pra dar meus pesames. Já estou de saída. Até mais.Ele fala e sai.
O que ele disse me pegou de surpresa. Meus pensamentos ficaram acelerados, e voltaram a lembrar da noite do acidente. Era como se eu estivesse lá de novo. Por que ele falou disso agora? Eu não queria falar sobre isso; não quero falar da minha mãe. Sabia que não devia ter vindo pra cá. Sinto minha respiração começar a ficar acelerada e uma vontade de chorar começar a se fazer presente.
Só conseguia rever as lembranças do acidente daquele dia, de novo e de novo. Sinto uma mão na minha perna, me fazendo voltar pra realidade. Olho pra cima e vejo Douglas me olhando com uma expressão preocupada no rosto:
— Theo? Tá tudo bem? Theo, me responde, tá tudo bem?
— Acho que vou ter uma crise de ansiedade, falo olhando pra ele com os olhos cheios de lágrimas.
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Já Posso Falar Que Te Amo?
RomanceÉle não perder tempo e me beija era um beijo devagar só que ao mesmo tempo bem intenso ele explora minha boca com sua língua e faço o mesmo com a dele quando paramos o beijo ele tá com o negócio completamente duro e se já era grande normal imagina d...