Após ser injustamente afastado do time de basquete sob acusações de vício em drogas, um jogador talentoso se vê preso em um ciclo de depressão. Convidado por um amigo para escapar da pressão da cidade grande, ele parte para uma pequena cidade, onde...
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Não carregue o mundo nos seus ombros.
The Beatles - Hey Jude
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3semanas depois
Três malditas semanas haviam se passado e eu já estava a ponto de enlouquecer em meu próprio mundo.
Eu não conseguia sair.
Eu não conseguia dormir nem comer.
As pessoas me marcavam sempre em publicações de zoação sobre a minha situação e isso só me destruía mais e mais.
Desde que fui atingido por essas acusações, sinto como se estivesse preso em um ciclo interminável de dor emocional. Antes disso, eu costumava ser tão ativo, sempre envolvido em jogos e cercado por amigos. Mas agora, tudo mudou. As pessoas parecem ter se afastado, como se meus problemas e lutas fossem contagiosas, como se minha tristeza fosse algo que eles não pudessem suportar testemunhar.
É difícil explicar como me sinto. A dor no coração é constante, mas é a solidão que mais pesa sobre mim. É como se estivesse preso em um quarto escuro, sem janelas para deixar entrar a luz do mundo lá fora. Eu me tornei um espectro da pessoa que costumava ser.
A vida perdeu a cor para mim.
Às vezes...na maioria das vezes, me pego pensando se ainda valho alguma coisa para meus fãs e amigos. Se minha presença faz alguma diferença no mundo do basquete. A solidão me consome, me sufoca. E, muitas vezes, me encontro desejando não ter acordado pela manhã.
É um lugar sombrio onde estou agora, um lugar onde a esperança parece uma miragem distante. Cada passo é uma luta, cada sorriso é forçado. Eu me afoguei na escuridão da minha própria mente, e não vejo uma saída à vista.
Me pergunto se algum dia conseguirei encontrar meu caminho de volta para o basquete.
Se conseguirei superar essa dor emocional. Mas por enquanto, estou cansado. Cansado de lutar, cansado de fingir que está tudo bem. Cansado de ser deixado para trás pela vida e pelas pessoas que costumavam estar ao meu lado.
(...)
Eu estava sentado no sofá, afundado em meus próprios pensamentos, quando ouvi a porta do apartamento ser aberta com força. Antes que pudesse me levantar, a figura alta do meu pai apareceu no corredor, com os olhos cheios de fúria.
Merda! Por que o porteiro deixou ele subir?
_ Dylan!- Ele gritou, sua voz ecoando pelas paredes do apartamento. - Onde você está, seu inútil?
Por favor só vá embora...
Eu me encolhi, sabendo que nada de bom viria dessa visita inesperada. Meu pai sempre teve um temperamento explosivo, mas desde a morte da minha mãe, ele havia se tornado insuportável. Ele me culpava por tudo, pela dor, pela perda, pelo vazio que agora preenchia nossas vidas.
