Após ser injustamente afastado do time de basquete sob acusações de vício em drogas, um jogador talentoso se vê preso em um ciclo de depressão. Convidado por um amigo para escapar da pressão da cidade grande, ele parte para uma pequena cidade, onde...
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E você talvez não saiba Que talvez seja tudo para mimSunday Morning - maroon 5
3 dias depois
As coisas estavam diferentes – um diferente bom, ao meu ver. Conversei com meu advogado, e na próxima semana terei que fazer uma viagem para refazer os exames que comprovam que não usei nenhum tipo de droga. Sempre me mantive longe disso e não seria agora, finalmente sendo o capitão do time que sempre quis, que eu colocaria tudo a perder.
Nas últimas semanas, tenho pensado se o basquete é algo que realmente quero. Sempre fiz isso para meu pai ter orgulho, mas mesmo alcançando o que alcancei, ele continuou sendo quem ele é. As consultas online me ajudaram um pouco, e vir para a cidade do Liam melhorou meu humor. Acabei esquecendo as emoções tristes e me concentrando nas boas, o que significou passar bastante tempo ao lado da Lilian.
Mas ainda sinto medo dessas emoções felizes acabarem e eu voltar para o buraco do qual estou lutando tanto para sair.
Resolvi ter coragem e tentar conversar com ela sobre o que estou sentindo. Na noite em que a Aria veio aqui em casa, aproveitei que ela estava distraída brigando com o Liam e convidei Lilian para um jantar, quando as coisas no bar estiverem calmas. Prometi cozinhar para ela e mostrar que, além do basquete e de ser garçom, eu também sou ótimo na cozinha.
Eu estava devendo esse encontro para ela, então nada melhor do que eu mesmo preparar o jantar. Espero que funcione e que ela sinta o mesmo que eu, mas caso isso não aconteça, continuarei ao lado dela, ajudando sempre que precisar.
— Cara, você tá me escutando? — a voz de Liam entrou pelos meus ouvidos, e o encarei confuso.
— O quê?
— Sério, Dylan? Tô aqui há horas falando todos os motivos para você me defender da Aria e você nem estava escutando. — Ele diz, se jogando na minha cama como um adolescente de 16 anos, e rio ao notar que nos últimos dias temos agido como um.
— Por que eu teria que te defender da Aria? A gente não vai sair hoje?
— Esse é o problema. — Ele suspira. — Hoje de manhã, sem querer, a gente se esbarrou no estacionamento e eu meio que roubei a vaga dela.
— Roubou? Como assim?
— Eu sabia que o carro dela ia estacionar ali e, mesmo assim, dirigi mais rápido só para fazer aquela psicopata ter que procurar outra vaga.
— Você percebe que quem parece o psicopata aqui é você, né? — falo, olhando-o por cima do ombro.
— Olha aqui, ela bem que mereceu. — fala.
— Vou deixar você acreditar nisso. — falo, afastando-me e indo até o meu guarda-roupa para procurar outra camisa.
Tinha que lembrar que, antes de sair, precisava tomar meu remédio para evitar ataques de ansiedade. Nas últimas semanas, eles têm estado sob controle, mas o medo de acontecer algo enquanto estou com eles me deixa nervoso. Não quero preocupar o Liam nem as meninas.
