24- Lilian

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Acordei no dia seguinte com uma pequena dor na cabeça aproveitei para beber um comprido pra passar a dor e tomar um banho um pouco mais demorado hoje quando saí já arrumada para ir ao bar passei no quarto de Dylan que ainda estava dormindo e deixei um remédio para ele com um bilhete avisando que ele poderia ficar em casa para descansar a ressaca peguei minhas chaves da moto e saí de casa animada para o dia.

(...)

O bar estava movimentado, mas não lotado, o que era bom para uma manhã de domingo. Aurora e Dylan estavam de folga hoje, ambos sofrendo as consequências da festa da noite anterior. Eu não conseguia deixar de sorrir ao lembrar da confissão bêbada de Dylan. Ele tinha finalmente admitido que sentia algo por mim. Meu coração ainda batia acelerado só de pensar nisso, e a esperança que ele gostasse de mim do mesmo jeito me fazia sorrir sem motivo aparente.

Tudo bem que ele estava bêbado, mas dizem que quando estamos bêbados é onde falamos as verdades que não conseguimos falar quando sóbrios.

Eu estava atrás do balcão, servindo alguns clientes, dias de domingo eram bem fraco o movimento por que o pessoal sempre se reúne para ir até o parque de diversão que visita a cidade.

_ Querem mais café?- pergunto para os dois idosos que estavam à minha frente assistindo jornal na TV que coloquei no bar a alguns meses atrás.

_ Por enquanto não Lili.- o baixinho disse e sorri concordando.

Andei para a cozinha do bar para da uma olhada na torta que estava fazendo e a retirei do forno assim que ficou pronta coloquei encima da bancada da cozinha e quando íris começar a decorar foi quando o telefone do bar tocou. Voltei para frente indo pegar o aparelho. Me encostei no balcão.

— Bar da Lilian, bom dia — atendi com a voz calma.

— Você achou que poderia fugir de mim, Lilian? — A voz do outro lado era inconfundível. Meu corpo congelou instantaneamente.

Rafael.

— O que você quer? — minha voz tremeu, apesar de eu tentar parecer firme.

— Você.- A voz suou fria.

_ Rafael por fa...- ele me cortou

_ Você nunca vai escapar de mim. Tenho olhos em todos os lugares. — A voz dele era fria, ameaçadora.

_ Do que.. Do que você está falando?

_ Achou mesmo que iria voltar a viver sua vidinha de merda dando a porra dessa buceta pra qualquer lixo que você encontra na rua e eu não iria saber ?

Ele sabia de Dylan?

Como eu deixei ele me ter nas próprias mãos assim novamente?

O que eu... o que vou fazer?

_ Rafael a polícia, eles... eles falaram que você não pode chegar perto de mim.

_ E quem disse que cheguei ? Não preciso enconstar em você para te destruir.- avisou desligando o celular.

Minha respiração ficou ofegante. O bar ao meu redor parecia sumir, a sensação de pânico me dominando rapidamente. Rafael continuava a me xingar, a prometer que eu nunca estaria a salvo. Meu corpo não aguentou. Caí no chão, minhas pernas incapazes de me sustentar. Lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto, e eu me encolhi, impotente contra o medo.

Um cliente, que estava sentado no balcão, correu até mim, preocupado.

— Lilian, o que aconteceu? — ele perguntou, a voz cheia de preocupação.

Eu não conseguia responder. Minhas mãos tremiam, e meu coração batia tão rápido que parecia que ia explodir. Rafael ainda estava ao telefone, mas eu mal conseguia ouvir suas palavras. Tudo que eu sentia era o terror que ele sempre conseguiu me impor. O cliente pegou o telefone, desligando-o bruscamente antes de se agachar ao meu lado, tentando me acalmar.

— Lilian, respire. Está tudo bem agora. — Ele colocou uma mão no meu ombro, o toque dele trazendo uma sensação de realidade, puxando-me de volta do abismo do medo.

Respirei fundo, tentando me recompor. As lágrimas continuavam a escorrer, mas a presença do cliente ao meu lado me deu um pouco de força. Eu não podia deixar Rafael vencer. Ele não tinha mais controle sobre minha vida.

— Obrigada — sussurrei, minha voz quase inaudível.

O cliente me ajudou a levantar, e eu limpei as lágrimas do rosto, tentando recuperar minha compostura. O bar ainda estava ali, a vida continuava, e eu tinha que ser forte. Rafael podia tentar me assustar, mas eu não ia deixar ele ganhar.

A presença de Dylan em minha vida, a confissão dele, me dava forças para continuar. Eu não estava sozinha. E, de alguma forma, isso me dava coragem. Eu ergui a cabeça, pronta para enfrentar o que viesse.

Eu teria que conversar com Aria sobre isso mais tarde, porque de alguma forma ela irá saber e não vai ser bom se não for por mim. Limpei o avental que estava usando e andei até a cozinha novamente, tentando me concentrar nos afazeres do bar para não ter que ficar pensando muito sobre as coisas que estão me atormentando.

(...)

Quando os últimos clientes saíram do bar e eu sorri, era uma família de pelo menos cinco membros que estavam comemorando o aniversário da pequena, que fazia 11 anos, e não tinham um lugar luxuoso para ir — ofereci meu bar, e fizemos uma comemoração legal. Sorri ao lembrar, depois de limpar a última mesa, levar as coisas para a cozinha e fechar a dispensa. Eu me dirigi para fora do bar, onde o vento gelado passou pelos meus braços, me deixando arrepiada, mas algo me aqueceu assim que terminei de fechar o bar.

Dylan!

Ele estava parado em frente à minha moto, com um sorriso fofo no rosto e uma sacola na mão.

— Achei que tinha te deixado de folga hoje — comentei, me aproximando dele.

— Agradeço de coração pela folga e prometo nunca mais beber — falou meio envergonhado.

— Tudo bem, foi algo bem engraçado de se ver — ri um pouco. — Sua cabeça está bem?

— Está sim, o remédio que você deixou para mim me ajudou bastante, e dormi um bocado hoje.

— Fico feliz que está bem — falei, sincera.

— Já comeu? — o olhei.

Eu não havia comido nada hoje. Na verdade, sempre que vinha trabalhar sozinha, eu esquecia desse detalhe, porque tentava me concentrar tanto no trabalho que as outras coisas simplesmente evaporavam da minha mente.

— Comi um pouco, mas ainda estou com fome — confessei.

— Vamos até em casa e devoramos essas gostosuras que comprei — falou, levantando a sacola marrom, e eu concordei.

Nas últimas semanas, ensinei Dylan a dirigir minha moto e me surpreendi com o ótimo aluno que ele é. Então, vê-lo andando com ela para cima e para baixo era algo que me deixava feliz e nem um pouco preocupada.

— O Liam veio buscar o carro dele? — perguntei, colocando o capacete e segurando em sua cintura.

— Ah, sim, ele veio já à tardezinha. Falou que não conseguiu te avisar, e por isso eu vim — comenta, ligando a moto.

Me segurei mais firmemente nele e coloquei meu rosto em suas costas. Mesmo com o frio batendo em meus braços nus e em meu rosto, sentir o corpo quente de Dylan e lembrar de sua confissão me deixavam alegre e com um medo enorme dentro de mim.
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Oii, leitores! Infelizmente, preciso dar uma pausa temporária na história Arremesso do Amor. Meu antigo celular quebrou e, embora eu tenha conseguido um novo, ele não está aceitando alguns dos meus arquivos. Vou precisar de um tempo para consertar isso e me reorganizar. Agradeço muito a paciência e compreensão de todos vocês. Prometo que assim que tudo estiver resolvido, volto com tudo para continuar essa história.

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⏰ Última atualização: Jul 31 ⏰

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Arremesso do Amor (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora