14- Lilian

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Meu riso é tão feliz contigoOs Tribalistas - Velha Infância

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Meu riso é tão feliz contigo
Os Tribalistas - Velha Infância

Depois de ajudar Dylan a carregar as compras para o carro, segui até minha moto, coloquei o capacete e o segui em direção ao meu bar.

Ao chegarmos, pegamos as sacolas e entramos pela porta dos fundos do bar. Deixei as compras sobre a enorme mesa de sinuca e olhei para Dylan, que já me encarava, senti minhas bochechas corarem.

_ Me ajuda a arrumar a despensa? Depois podemos subir e preparar algo para nós.- sugeri, e ele concordou.

_ Por mim tudo bem.- ele respondeu com um sorriso descontraído.

Caminhamos até a despensa para organizar melhor o espaço das compras e garantir que dessa vez ninguém invadisse o bar novamente e estragar se os alimentos.

_ Vamos pegar as coisas e colocar tudo em ordem.-eu disse.

_ Déixa que eu levo as sacolas.- ele ofereceu, pegando as sacolas da mesa antes mesmo que eu pudesse responder, e se dirigiu à despensa.

(...)

Enquanto organizávamos a despensa, o clima entre nós era descontraído, mas ainda havia uma tensão perceptível no ar. Era estranho como algo tão simples como arrumar os alimentos e bebidas podia ser tão significativo na presença de Dylan.

À medida que empilhávamos latas e pacotes, nossas mãos ocasionalmente se tocavam, enviando pequenos arrepios pela minha pele. Era como se houvesse uma corrente elétrica invisível entre nós, e eu me pegava desejando que esse momento de proximidade nunca acabasse.

Finalmente, depois de organizar tudo, Dylan se virou para mim com um sorriso nos lábios.

Gostava da maneira que ele sempre estava sorrindo para mim.

Gostava de como eu sempre estava corada para ele.

_ Acho que isso deve resolver nossos problemas de invasões por um tempo.- ele comentou, parecendo satisfeito com o resultado do nosso trabalho em equipe.

_ Espero que sim. Não aguento mais ter que lidar com esses problemas.- respondi, sentindo um peso sair dos meus ombros.

Dylan assentiu, parecendo compreender completamente. Tê-lo ali naquele momento era reconfortante.

Era algo indescritível, mas extremamente reconfortante.

_ Rntão, sobre subirmos...-comecei a dizer, mas fui interrompida por um estrondo vindo da parte da frente do bar.

Nós nos entreolhamos, preocupados, antes de correr para ver o que estava acontecendo. Ao chegarmos lá, nos deparamos com uma cena inesperada: a porta estava arrombada e uma pedra grande estava jogada no meio do bar.
Me aproximei, ainda com medo, e me abaixei para ver. Havia uma carta presa na pedra. Olhei para Dylan, que estava com um olhar curioso.

Ele saiu de perto de mim e foi abrir a porta para verificar se havia algo lá fora, enquanto eu me abaixei, peguei a pedra e retirei o papel que estava preso. Deparei-me com uma ameaça e sabia quem estava por trás, com certeza meu ex-namorado estava novamente tentando me assustar.
Porém, não havia provas concretas que pudessem comprová-lo, já que ele parecia estar fazendo isso de maneira meticulosa. Quando notei Dylan voltando, escondi a carta para evitar ter que falar sobre meu ex.

Dylan retornou com uma expressão preocupada, examinando a área ao redor do bar.

_ Não vi ninguém por perto-disse ele, franzindo a testa. -Você está bem? O que estava escrito na carta?

Tentei disfarçar meu nervosismo enquanto guardava a carta no bolso.

_ Era só besteira- murmurei, evitando o olhar penetrante de Dylan.- Provavelmente apenas algum idiota querendo causar problemas.

Ele não parecia convencido, mas optou por não pressionar mais.

_ Talvez devêssemos ligar para a polícia, apenas por precaução.- sugeriu ele, olhando em volta novamente.

Balancei a cabeça, sentindo um nó se formar na garganta.

_ Não, não acho necessário. Vamos apenas consertar a janela e esperar que isso não aconteça de novo.- tentei parecer calma, embora a ameaça escrita na carta ainda ecoasse em minha mente.

Dylan pareceu relutante, mas acabou concordando.

Minha mente ainda estava repleta de pensamentos sobre quem poderia estar por trás daquela ameaça. Será que meu ex estava realmente disposto a ir tão longe para me assustar? E o que mais ele seria capaz de fazer?

Enquanto trabalhávamos juntos para consertar os danos, minha mente não conseguia evitar voltar ao meu ex-namorado e suas ameaças. Eu sabia que precisava lidar com aquilo, mas não tinha ideia de como.

Quando terminamos de recolher todos os vidros que estavam espalhados pelo chão e limpar a bagunça, colocamos panos e caixas na frente da janela quebrada. Notei Dylan me encarando.

_ Você está bem?.-ele perguntou, colocando a mão no meu ombro.

Assenti, forçando um sorriso.

_ Estou bem. Só não esperava por isso.- respondi, tentando mudar de assunto.

Já fazia um tempo desde que recebi uma ameaça dele. Até pensei que ele tinha desistido e finalmente poderia respirar sem me preocupar a cada passo que eu dava, mas parecia que eu estava enganada, o que me deixava extremamente nervosa.

_ Não será bom você ficar aqui sozinha.- disse ele, se aproximando ainda mais de mim.

_ Não posso ir para um hotel, estamos na temporada de verão e eles devem estar lotados.- expliquei.

_ Vamos para a casa do Liam, ele não vai se importar de ajudar você.- disse, dando de ombros.

Eu me sentia dividida.

Por um lado, a ideia de estar em um lugar seguro, longe de qualquer possível ameaça, era reconfortante. Por outro lado, não queria incomodar Liam nem Dylan, especialmente considerando toda a bagunça que estava acontecendo em minha vida.

_ Você tem certeza de que não é exagero?- perguntei, olhando para Dylan com uma mistura de gratidão e incerteza.

Ele assentiu, firmando sua decisão.

_ Não é só por causa da janela. Essas ameaças são sérias, e não podemos subestimar a situação.

Suspirei, cedendo à lógica de suas palavras.

_ Tudo bem, então. Vamos para a casa de Liam.

(...)

Enquanto dirigíamos para o local, o silêncio no carro era ensurdecedor. Eu me perguntava o que Liam pensaria de toda essa confusão, se ele estaria disposto a me acolher em sua casa. O medo e a ansiedade borbulhavam dentro de mim, criando um turbilhão de emoções difíceis de controlar.

 O medo e a ansiedade borbulhavam dentro de mim, criando um turbilhão de emoções difíceis de controlar

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Arremesso do Amor (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora