2- Dylan

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Nunca esquecerei o som daquela noite

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Nunca esquecerei o som daquela noite.

Pearl Jam - Last Kiss


....

Algumas horas depois

Eu me arrastei para fora do trem, sentindo cada sacudida reverberar através do meu corpo tenso. A estação de trem da pequena cidade era um refúgio pacífico, mas minha mente estava em tumulto, com sua arquitetura antiga e os sons distantes dos trens chegando e partindo. A ansiedade pulsava em mim, especialmente porque estava com medo de ser reconhecido e julgado injustamente.

Enquanto aguardava na plataforma, meu celular vibrou, indicando uma chamada de Liam.

_ Ei, tudo bem? - Atendi, esperando ouvir a voz familiar do outro lado.

_ Lamento, cara - disse Liam, sua voz soando um tanto abafada pela conexão. - Estou preso em uma reunião de última hora. Vai demorar um pouco até eu chegar na estação. Que tal nos encontrarmos no bar perto daqui?

_ Aquele onde costumávamos passar horas jogando conversa fora?

_ Não, esse fechou e abriu um novo - comentou Liam do outro lado da linha.

_ Claro, sem problemas - respondi, tentando manter um tom leve. - Qual é o nome do bar? Não venho aqui faz um tempo.

_ Lembra da Taverna do Velho Jack? Fica a poucos quarteirões da estação. Vou te encontrar lá assim que puder. Desculpe pelo transtorno.

_ Sem problemas, Liam. A gente se vê lá. - Desliguei o telefone e olhei ao redor, observando os passageiros indo e vindo. A espera agora seria no aconchego de um bar.

Desliguei o telefone e me forcei a ficar de pé novamente. O bar não estava muito longe, mas cada passo era uma batalha contra a ansiedade que me consumia.

(...)

Entrei no bar com uma mistura de ansiedade e expectativa. Afinal, Liam havia prometido que iria me encontrar ali logo após sua reunião acabar. O ambiente estava movimentado, com pessoas rindo, conversando e, é claro, bebendo.

Avistei uma mesa vazia no canto e me dirigi até lá, tentando passar despercebido e evitando olhares curiosos. Meus pensamentos estavam tumultuados, tentando encontrar alguma solução para minha situação, tentava o máximo passar despercebido e me misturar com a multidão.

Meu coração deu um salto quando senti algo se chocar contra mim.

_ Desculpa aí, não te vi! - uma voz feminina disse, um tanto apressada.

Olhei para baixo e vi uma moça segurando um copo vazio, seu rosto exalando preocupação. No entanto, o conteúdo do copo não estava mais dentro dele, e sim espalhado por toda a minha camisa.

Arremesso do Amor (PAUSADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora