Se mudar nunca é fácil principalmente quando se é obrigado.
Entendo que novas mudanças são necessárias desde que a gente escolha tal mudança não ao contrario e quando alguém decide esta mudança por nós e pior ainda porque começar do zero em um lugar novo sem conhecer ninguém ou nem se quer escolher a própria casa que vai morar é um dos piores pesadelos que poderia existir. Estou ouvindo meu chefe falar sobre minha promoção por sorte ou azar tenho agora o cargo dele e ele está um superior a mim ele diz que foi merecido devido eu ter descoberto que reação o novo vírus poderá causar em humanos embora temos falado para todos que o vírus só causa mal aos animais.
— Estarei me mudando para Atlanta, mas sei que deixo vocês em boas mãos a senhorita Stitch poderá cuidar muito bem de cada um de vocês e não se esqueçam que embora estejam em uma cidade pequena vocês podem descobrir uma vacina para muitas doenças. - Diz ele determinado.
Sorri amigavelmente para todos ali, uns sei que gostavam de mim outros nem tanto e tudo bem eu só precisava que eles fizessem seu trabalho com dedicação. Após todo o discurso voltei para meu trabalho atenta a tudo que via e ouvia de cada cientista que trabalhava comigo. Me dava um pouco de medo as descobertas que tínhamos dentro do laboratório mas eu confiava em Deus e eu sabia que nada sairia do controle se não fosse da vontade dele.
— Acho que deveríamos ir no jornal alertar. - Andy veio até a mim.
— Isso não é um apocalipse zumbi Andy só é mais uma doença das mil que existe pelo mundo todo.
— Eu só acho Lilly que as pessoas tem direito de saber que pode ter uma doença três vezes pior que o Covid-19 que caso você não se lembre houve milhões de morte.
— Se as pessoas deixarem os animais em seu habitat natural e não mexer com um infectado nada no mundo vai acontecer novamente e peço por favor, volte ao seu trabalho.
— Gostaria de pedir para sair mais cedo, hoje como você sabe há um novo Xerife na cidade e meu pai está encarregado de recebe-lo.
— E o que você tem haver com isto? - A olhei cética. — Seu cargo e de auxiliar de cientista não de ex. policial sem ofensas ao seu pai.
— Eu não faço isso por ele e sim pelo novo Xerife. - Sorriu - Acho que você deveria ir almoçar com a gente assim você sai um pouco.
— Não to afim.
— Qual é Lilly será bom a você, sem citar que desde que o senhor Peterson te deu o cargo dele você está idêntico a ele. - Me olhou. - Deus não julga seus filhos quando ele decidem ser feliz. - Segurou na minha mão. - É só um almoço com sua melhor amiga.
Acabei me rendendo e fui com ela pelo caminho ela me informou que encontraria o novo Xerife na delegacia e levaria até a casa do seu pai. Essa parte eu relevei até porque tinha pena dele. Trinta minutos depois chegamos na delegacia e havia um homem parado encostado no carro, dava para ele uns vinte e nove anos de idade, seus traços eram sérios e barba por fazer, apesar de que nele havia um pouco de beleza, nada demais para mim outras coisas interessavam além de beleza.
— Xerife novo? - Ouvi ela gritar para ele da janela de seu carro.
— Você é? - A olhou com desdém.
— Filha do homem que cuidou dessa cidade bem até ser substituído por você. - Foi direta.
— Por favor Adelina. - Fiquei sem paciência. - Olá xerife, poderia por favor entrar no carro?
— E você é?
— Ninguém que vale a pena. - Sussurrei.
— Ela é a maior cientista que existe nos Estados Unidos. - Andy o respondeu.
O homem entrou no carro e ficava entediado com tudo que ela falava tudo e mais um pouco do que havia na cidade e eu ficava revirando os olhos e entediada juntamente com ele enquanto eu lia uma matéria no tablet. Quando chegamos na casa dela um almoço que seria somente para a família acabou sendo um churrasco aparentemente com todo distrito policial.
— Festa de boas vindas típico do papai. - Comentou.
— Não gosto de festas e muito menos de ver um monte de gente amontoada, estou chamando um Uber de volta. - Peguei meu celular.
— Não Lilly você precisa ver gente nova.
— Licença. - Falou entediado. - Ontem eu estava saindo de um feminicídio e agora eu vim para uma cidade pequena e sem graça com um ex xerife fazendo churrasco para todos os policiais da cidade e eu estou me questionando desde a hora que entrei nesse carro porque aceitei esta loucura.
Olhei para ele.
— Como se chama?
— Tristan Matias. - Me olhou com olhar curioso.
— Senhor Tristan verá que aqui é uma cidade bem amigável com pessoas bem solicitas deveria agradecer a Deus por eles estarem fazendo churrasco para te receber e não greve, eles gostavam mesmo do antigo xerife.
— Pelo que sei ele não foi substituído e sim foi aposentado. - Me respondeu quase de imediato, como se não levasse desaforo para casa.
— Pior ainda, tenho certeza que meu pai já tinha em vista colocar um dos cara deles como xerife.
— Mas como sempre o governo decidiu pegar um da cidade grande.
— Veja só, vim trabalhar na coitadolandia. - Suspirou irônico. - Quer saber eu aceitei esse cargo porque me convenci que posso voltar para onde vim e ser delegado mas parece que a única coisa que meu superior poderia fazer por mim era me excluir para cá, talvez com medo ou talvez porque ele se ache muito novo para ser aposentado.
— É um daqueles momentos que um desconhecido qualquer desabafa no Uber. - Levantei as sobrancelhas irônicas. - Vou chamar um de volta, não posso dar palco a gente esquisita.
— Gente esquisita? Garota você já se olhou?
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Foi Assim Que Aconteceu - Concluído
Mistério / Suspense↪︎ Atenção, há relatos de abusos sexuais e sequestros. Se você passou por isso ou conhece alguém que passou, por favor ligue para 190 e denuncie. ↩︎ Tristan é um policial dedicado que encontrou na carreira a única forma de lidar com as sombras de s...