𝒩𝒶𝓂𝑜𝓇𝒶𝒹𝑜

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Eu comecei a namorar e confesso que não sei o que fazer depois daí. Tris foi e é meu primeiro namorado, primeiro homem que de fato tenho contato, e embora muitos conselhos de Andy faz com que eu revire os meus olhos o que mais ouvi é o se arrume mais. Ela me acha corajosa em aceitar namorar com ele depois dele dizer que não se atrai por mim quando estou de óculos, mas isso é uma besteira para mim, amo meus óculos mas eles quebraram então tenho usado bem mais lente que o normal embora eu pesquisei algumas cirurgias de córneas não penso em mudar minha essência e mudar quem eu sou por causa de um homem, eu ainda uso meu terninho no meu trabalho, mas eu amo me arrumar para meu namorado.

— Porque está me olhando assim? - Me perguntou.

— Estou pensando em como falo com meu avo que estou namorando você.

— Em meses você não criou coragem ainda? - Me questionou surpreso. 

— É difícil. - Dei os ombros. - Falou com seus?

— Falei, e eles querem te conhecer como está sua agenda esse final de semana? Pensei em passar um final de semana lá e voltarmos não posso ficar muito longe. 

— Tudo bem, estou livre. - Sorri sem graça. 

— Eles moram em uma fazenda no meio da cidade, você vai gostar. 

— Sei que sim. 

O jantar de aniversario ocorreu melhor impossível, a Andy estava feliz e ficou ainda mais feliz quando ganhou seu misterioso presente que seu pai tanto fizera suspense para ela. No final da noite deixei o Tris na delegacia e vim para casa, acabei tomando um banho e dormindo no sofá e acordei com barulho de carro, olhei no relógio era quatro da manhã olhei pela janela e vi que era o ele  fiz um aceno para ele que veio para minha casa, abri a porta para ele e dei um rápido beijo.

— Foi um intenso plantão. - Sussurrou me abraçando. - Só queria te ver. 

—  O que houve? 

— Uma mulher desapareceu hoje, fizemos longas buscas mas não a encontramos os pais dela ficaram desesperados. Não parei de pensar no que me disse a uns meses sobre a Andy.

— Dorme aqui. - Fechei a porta e ele me olhou. - Vai te fazer bem. 

— Obrigada. 

Fomos até meu quarto e ele tomou um rápido banho, havia algumas roupas do meu avo aqui ainda e por ele ter um estilo roqueiro no fim da madrugada estava meu namorado  dormindo na minha cama com um shorts e uma blusa do Guns N' Roses e eu deitei do seu lado completamente envergonhada, mas logo seus braços passaram pela minha cintura me aproximando para si. Fiquei confortável e dormi instantaneamente acordando horas depois com o celular dele tocando, ele ainda com os olhos fechados atendeu e eu olhando para o teto esperando a alma voltar ao corpo.  

Ficou um tempo no telefone mas logo abriu os olhos e me olhou e logo desligou.

— Bom dia amor. - Beijou minha testa. 

— Bom dia lindo, problemas no trabalho?

— Sim, mais uma mulher foi sequestrada e nada de encontrarmos a outra não sei se tem alguma coisa haver. 

— Nunca ouvi caso semelhante por aqui voce investigou sobre o que eu havia comentado sobre a Andy. - Sentei na cama. - No que eu puder ajudar.

— Só toma cuidado linda, não anda por ai sozinha e eu não dei muita bola para o que Andy disse, só pedi um retrato falado para ficarmos de olho.

— Ta bom.

Depois desse dia mais mulheres desapareceu e as que estavam desaparecidas anteriormente foi aparecendo gradativamente todas mortas jogadas na rua de uma rodovia qualquer mortas com corte de faca no pescoço, peladas e abusadas sexualmente. O Tris  ficou mais preocupado não somente comigo mais com a Cami e outras mulheres que ele conhecia que estava perto dele, ele mal dormia e estava muito difícil descobrir quem era a pessoa por trás de tanto feminicídio.

— Oi amor. - Sorri quando ele abriu a porta da casa dele para mim. 

— Oi linda. - Me deu um rápido selinho. - Precisava mesmo falar com você.

— Sobre o que? - Perguntei olhando uma mensagem da Andy no meu celular rapidamente ela havia feito um grupo com eu, ela e a Cami. - Antes de falar, preciso visitar meu avo, já faz uns dias que não apareço e ele já tem me ligado sem parar.

— Sabe que não é bom andar por ai sozinha com esse doido a solta, pensei em ir esse final de semana para meus avos já que não conseguimos ir quando havíamos combinado, o que acha?

— Só se formos ver o meu avo primeiro, não quero ir sem falar com ele. - Sentei no seu sofá.  - Ele anda preocupado comigo também, estou até saindo no meu horário do meu serviço tudo para não andar pelo estacionamento sozinha. 

— Se acontecer algo com você, não sei o que será de mim.  - Assumiu e eu o olhei surpresa. 

Eu pensava que ele ia continuar a falar algo, mas ao contrario disso ele foi até seu som e colocou uma musica que eu pouco conhecia. 

— Que musica é essa? - Questionei saindo do celular.

— Stand By me. - Veio até a mim e estendeu sua mão e eu segurei.  - A um tempo, tenho ouvido essa musica e não tem como não pensar em nós. Com tudo o que tenho ouvido e vivido, com tantos relatos de pais e maridos desesperados sem saber onde estão suas mulheres, suas filhas eu senti medo me coloquei no lugar de cada uma delas. 

Ele colocou sua mão em minha cintura, e me aproximou de si. 

Um arrepio escoou sobre meu corpo o Tai me fazia flutuar dentro de mim mesmo, era incansável não ligar para as borboletas em meu estomago toda vez que ele me beijava, toda vez que sua língua me fazia para si algo pessoal. Ele é meu primeiro namorado, o primeiro homem que eu beijei, o primeiro homem que eu permiti dormir comigo algumas vezes, o primeiro homem que eu orei pedindo para Deus cuidar e abençoar o primeiro homem que faz com que eu esqueça completamente do meu trabalho e foque somente nele, no sorriso dele, nas noites de filmes, nas risadas, nas piadas fora de hora. 




Foi Assim Que Aconteceu - Concluído Onde histórias criam vida. Descubra agora