Fomos bem recebidos já na entrada do asilo, não demorou muito para seu avó aparecer e nos olhar com cara de surpresa e eu confesso que fiquei tímido e com muito medo dele falar alguma coisa que a machucasse embora eu estava somente pedindo a Deus para que eu tivesse sua aprovação.
— Netinha. - Ele abriu seus braços e ela soltou minha mão e foi abraçar ele, e eu fiquei sobrando por alguns segundos e então ele me olhou. - Acho que você é o xerife, pelo menos até onde eu me lembrava. - Me olhou soltando ela.
— Hoje sou somente Tristan. - Estendi minhas mãos para ele, e ele apertou.
— Hum, então sem duvidas voce deve ser o tal de Tris. - Continuou apertando minhas mãos.
— Minha afilhada me apelidou de Tris e ficou. - Dei os ombros. - Carinhosamente, apesar de amar meu nome, eu amo o apelido.
— Vamos tomar um café? - Lilly cortou nossos olhares tímido e fomos sentar na mesa.
— Quanto tempo juntos? - Começou me questionar.
Olhei imediatamente para a Lilly esperando ela falar alguma coisa.
— Oito meses. - Lilly respondeu e eu sorri aliviado.
— Oito meses, mas em minha defesa pedi para ela falar com o senhor desde o inicio.
— Ela não falava diretamente, mas sabia que existia algum sentimento dela por você, só não sabia se era correspondido ou não e fico muito feliz em saber que sim. - Tomou um pouco de café. - Você começa a desconfiar, quando todos os assuntos é o que Tris fez hoje, o que Tris me deu para comer e blá blá blá.
— Se desconfiava, porque não me perguntou?
— Simples, você me disse que quando me apresentaria alguém seria porque iria casar com ele. - Ele me olhou. - Vai casar com ela?
— Vô, por favor não vamos conversar sobre isso. - Lilly a cortou. - Vou no banheiro, e já volto.
— Tudo bem querida. - Ele a respondeu, mas logo voltou a me olhar. - Minha neta foi a única coisa boa que me sobrou quando tudo de ruim na minha vida aconteceu, ela é meu porto seguro, ela é a pessoa que eu mato e sem duvidas eu morro. Eu não quero que a machuque, senhor Matias, eu quero que a ame e cuide dela como eu cuidava, quero que a cuide dela como nem mesmo seu pai ou sua mãe pode cuidar.
— Eu farei isso assim como já estou fazendo porque eu amo a Lilly. - Juntei minhas mãos. - Sabe eu não tive uma vida fácil, não conheci minha mãe ela morreu antes de se quer eu ter memorias. Meu pai, sinceramente nem sei se ainda ele está vivo e infelizmente não duvido que ele tenha tido o mesmo destino que minha mãe. - Respirei fundo. - É o que as drogas fazem, tira tudo de nós, por isso quis ser policial, para ser diferente. Construir algo diferente para a mulher que um dia eu me casaria. Não vou te prometer que eu vou casar com a Lilly o mais rápido que consigo, porque eu quero que ela me conheça eu quero que ela veja todos os meus defeitos, quero que ela veja todos os dias como é meu humor de manhã, quero que ela saiba que amo escutar musicas românticas e pensar nela, quero que ela saiba que eu a amo com tudo que há em mim e que eu prometi para mim mesmo que a ultima mulher que eu namorasse eu queria ter filhos e casar e por Deus eu agradeci muito por ser ela a minha namorada agora, por que sei que é ela que eu vou passar o resto da minha vida.
— Confesso que estou impressionado, você é um homem de coragem Tristan. - Olhou para trás. - Ela anda bem mais sorridente do que antes e por Deus anda mais arrumada eu nunca pensei que ela poderia tanto amar alguém a ponto de se arrumar, não que eu achasse ela feia mas de uma coisa tenho certeza se você amou ela com oculos tampão de garrafa e terninho, parabéns você ama ela de verdade.
Não respondi, apenas ficamos olhando esperando a Lilly voltar.
— Hoje vamos conhecer meus avós em Atlanta é uma viagem longa mas planejamos revezar no volante.
— Ela comentou comigo, que bom que ela veio me ver primeiro.
— Ela me contou que o senhor é dono desse asilo, agora entendo muita coisa.
— Ela é a principal investidora desse lugar, ela paga todos os funcionários, faz compras mensais regulares sempre, sempre o melhor alimento nunca um de segunda mão, as frutas chegam em caixas toda semana. Ela não gosta de falar dela e das coisas que ela faz por todos, mas aqui é só uma pontinha do que aquela mulher extraordinária faz procure saber sobre as casas de adoção em que ela é patrocinadora entre outros trabalhos sociais.
— Eu pensava que ela era apenas uma cientista.
— Ela é filha de um cara muito famoso que morreu cedo, que deixou milhões para ela e recebe todos os dias um pouco mais devido os direitos autorais do seu pai que ainda correm por ai. Ela mora em uma casa humilde que vivemos quase a nossa vida toda, porque lá tem memorias ela é o que ela é e faz tudo com amor.
— Quero te tranquilizar, não estou com ela pelo dinheiro dela muito menos por saber quem é o pai dela ao contrario eu a amo de verdade e se te deixa tranquilo meus avós são milionários e eu sou seu principal herdeiros sem citar que fui o herdeiro da minha mãe. Meus avós são donos de uma rede de banco muito grande e eu não quis seguir os passos de ser bancário e sim ir para rua salvar vidas e isso causou neles desaprovação, mas aprenderam aceitar por me amar.
— Entendo. Bom fico mais tranquilo.
A Lilly veio até nós sorridente, depois sentou na cadeira e ficou conversando assuntos aleatórios e logo nos despedimos e fomos para a Atlanta.
— Meu avô te encheu de pergunta né?
— Sim, mas eu deixei ele bem tranquilo. - Falei a verdade. - Deixei bem claro que não me interesso no seu dinheiro.
— Ele insinuou ?
— Não diretamente, mas veja bem Lilly, eu tenho dinheiro, não tanto quanto você e eu jamais vou querer que gaste seu dinheiro com alguma coisa na nossa casa, quero que deixa eu ser o provedor.
— Jamais pensaria isso. - Confessou.
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Foi Assim Que Aconteceu - Concluído
Mistério / Suspense↪︎ Atenção, há relatos de abusos sexuais e sequestros. Se você passou por isso ou conhece alguém que passou, por favor ligue para 190 e denuncie. ↩︎ Tristan é um policial dedicado que encontrou na carreira a única forma de lidar com as sombras de s...